Friday, June 20, 2008

Falta um

Um exame já foi, não correu mal, podia ter corrido melhor contudo. Agora falta mais um, mais um fim.de.semana a estudar. Se não fossem os 3 meses que aí vêem.

Saturday, June 14, 2008

o Não!

O Não ganhou na Irlanda, foi um momento decisivo para os milhões de europeus, contudo foram poucos os que se aperceberam disso. Apesar de os irlandeses se terem guiados por motivos contrários aos que defendo, acabaram por ter um papel de extrema importância, para começar expressaram o que milhares de Europeus não puderam fazer. Este Tratado de Lisboa é um ultraje, penso que a U.E. deveria sentir vergonha pela forma como tratou a sua população no que toca ao tratado. Poucos europeus sabem o que o Tratado Lisboa é, ou o efeito que poderia ter tido nas suas vidas, e é exactamente isso que os senhores de Bruxelas querem, que fiquemos na ignorância, que deixemos as nossas vidas serem guiadas por eles, que percamos o pouco controlo que ja temos sobre a nossa vida.

Em todos os meios de comunicação social podemos ler e ver que o povo da irlanda foi tratado como ingénuo por ter ido na treta do Sein Fenn, por ter destruido o sonho de milhares de europeus, por ter estragado um novo amanhã. E ainda bem que o fizeram. Os meios de comunicação social estão ao serviço dos lobbys que controlam todas as principais aréas da vida e diga-se, que não lhes dava jeito nenhum dizer que a Irlanda fez o correcto que foi não-ratificar o Tratado de Lisboa. Um documento bom para as minorias que controlam os países, um autêntico pesadelo para 90% da população europeia.

O Tratado de Lisboa era o auge da burguesia neo-liberal da Europa e a consagração dos senhores de Bruxelas, bem se foderam. A burguesia neo-liberal esfregou as mãos quando o Tratado foi ratificado por todos os países, tiveram que ser os irlandeses a deterem esta frente. Em traços gerais, o pretendido pelo Tratado era transformar a Europa num continente federalista, se um país inicia-se uma guerra contra o país X, todos os outros países da Europa teriam que ir, mesmo que isso não faça parte das contas do seu rosário. O pretendido era a construcção de um continente dos privados, em que o ensino, a saúde e obras públicas fossem vendidas a privados, de forma a que o Estado não tivesse que pagar contas a ninguém. Se havia algum problema isso não era da sua responsabilidade, mas sim dos privados, que contudo mais não são que cargos a serem ocupados futuramente pelos ministros de agora. Eles não querem é prestar contas a ninguém. É melhor demolir 5 hospitais públicos e construír um privado, e então as pessoas que não têm recursos para ir a este hospital, que cobra preços ao seu prazer, e o que vão estas pessoas fazer? Vão morrer?, vão-se transformar em dados nos números de óbitos? Que lhes interessa se é um dos melhores hospitais da Europa, se não têm possibilidades para pagar os serviços prestados. O mesmo acontece com as escolas.

O Tratado promoveria um continente mais corrupto, com maior tráfico de influências, com os ricos a serem cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. É isto que eles querem, foi por isto que a burguesia neo-liberal esfregou as mãos, eles poderiam abusar das horas extraordinárias como bens lhes apetecesse, podiam baixar os salários e podiam aplicar o tão famoso simplex. Foi uma bofetada de luva branca nesses empresários/industriais gananciosos desta Europa, que a querem aproximar mais aos irmãos americanos, foi uma bofetada nos senhores da linda gravata de Bruxelas que perceberam que não podem fazer aquilo que querem. Já se fala que o Durão está a tentar convencer o presidente irlandês a ratificar o protocolo e a ignorar a voz dos cidadãos, apesar de ser inconstitucional É esta a vossa Europa, felizmente não deixaremos que esta corja tome conta das nossas vidas, não deixaremos que os efeitos preversos da globalização lancem para a miséria milhares de trabalhadores, ao serem explorados, que não recebem o suficiente para puderem serem atendidos nos centros médicos de 5*, queriam formar duas Europas, a dos ricos e a dos pobres, das elites e do povo. Bem se foderam, nunca duvidem da força do povo, porque vocês precisam de nós para viver, nós não precisamos de vocês para vivermos as nossas vidas.

Obrigado Irlanda!