Sunday, September 23, 2007

24 horas é pouco

Já não ando tão cansado como estava há uns dias atrás. Desde sexta á noite que não ouço mais nada sem ser Rise Against, é a banda que mais ouço. Não ando com muito para escrever, porque tenho os horários preenchidos, o SOS Activismo por agora anda parado pelo simples facto de ter outro projecto em mãos, que me está a gastar energia e tempo suficiente. Logo se verá o que irá acontecer, ainda é cedo para falar sobre esse outro projecto.
Nos próximos dias aconselho-vos a passearem por os sites que circulam ali pela secção dos links, porque isto anda sem grande actividade, sou humano, mas gostaria que os dias durassem 48 horas, facilitava-me muito mais as coisas.

Wednesday, September 19, 2007

Cansaço mata

A três segundos de um colapso cerebral. Antes que me apague, sim o Sporting foi bastante superior ao Man. UTD tudo o resto são tretas.

Entrada em coma cerebral.....

Thursday, September 13, 2007

Mentiras e os media

Noam Chomsky em inúmeros livros diz que é o dever dos intelectuais de informar o povo sobre a realidade, deverão ser os intelectuais que deverão fazer todos os possíveis para acordarem o povo. Esta é a mais pura das verdades, de facto ninguém tem tanta responsabilidade como os intelectuais para chamar a atenção ao povo. Infelizmente não é isso que se passa hoje em dia, os ditos intelectuais são tão cegos como o próprio povo. De facto, estes não têm qualquer obrigação para com o povo, porque são tão apagados como eles. Estes senhores das palavras que eu cito encontram-se muitas vezes nas colunas dos jornais, de revistas de especialidade ou nem por isso, estes são os nossos intelectuais, aqueles que são políticos e jornalistas, analistas e professores estes são as pessoas mais bem informadas da nossa sociedade. Então se são as pessoas mais bem informadas da sociedade não deveriam de ter uma obrigação para connosco? Ao primeiro relance de vista, sim deveriam de ter, e se perguntar a qualquer um destes sábios eles irão dizer que realmente não haverá ninguém que perceba tantos destes assuntos como eles, porque são eles que ocupam os lugares de destaque, são eles que informam e debatem as politicas, umas importantes, outras nem tanto, mas são eles os senhores da razão, as almas que todos os ouvidos escutam com particular atenção.

A verdade é que não considero nenhum destes senhores como intelectuais, não exige grande esforço a percepção deste facto, basta interrogarmo-nos porquê? Normalmente, quando colocamos esta pergunta a nós próprios surge uma resposta mais ou menos conclusiva. Quando nos perguntarmos porquê podemos ler as tais revistas da especialidade, que já aqui indiquei, alguns destes “intelectuais”, que ainda pondero colocar aqui o seu nome ou não, inflamados no seu discurso politico-partidário não conseguem esclarecer o apático leitor explicitamente, devaneiam, sobre guerras e terrorismo têm a tendência de todos nós, nunca apresentam uma ideia minimamente contrária, ridicularizam muitos ideais, - contudo nunca colocam em causa os seus -, seguem o pragmatismo americano no que se refere a uma data de questões, não dizem grande coisa, porque o seu conhecimento é limitado, circunscreve-se ao básico, ao que qualquer míudo com uns anos de escola secundaria poderia argumentar. Preocupam-se com todo o que não é preocupante, e isto sim é verdadeiramente um alerta, termos indivíduos despreocupantes e desconhecendo grande parte dos problemas do mundo a guiar os restantes.

São poucas as pessoas que apresentam uma ideia contrária, porque ainda hoje é um tabu falar-se de possíveis falhas do capitalismo, têm-se os ambientalistas, comunistas, sindicalistas, anarquistas e todo esse rol de revolucionários como um bando de pessoas que nunca ultrapassaram a fase da puberdade que consiste no mundo “incompreendido”. Hoje o que é necessário para se ser um “intelectual”, ou como queiram chamar, é guiar-se pelos caminhos estreitos do sistema. Para se conseguir algum lugar de destaque temos que ser cordeiros em fila, delimitados por barrotes de ambos os lados, vendados e sobre-lotados, caminhando na escuridão. Este é o segredo, só assim podemos ser ouvidos, se discordamos de algo que nem sequer é posto em causa não podemos ser levados muito a sério. É aqui que os meios de comunicação falham, e gravemente! As corporações, que normalmente são as detentoras destes meios de comunicação, limitam o conhecimento do público ao mínimo possível. Poderia citar aqui inúmeros exemplos da falta de conhecimento dos intelectuais e da manipulação do conhecimento público. Primeiramente e a falar só no caso nacional torna-se ridículo o papel destes dois conjuntos, que andam sempre de braço dado. Citando um exemplo recente da manipulação de informação falemos do caso dos transgénicos: primeiramente falou-se logo em eco-terrorismo, nada mais sensacionalista, criaram este tema já para surgirem pensamentos adversos. Nunca ninguém informou as massas o mal que os alimentos geneticamente modificados causam, alguém tem que informar, e nada melhor do que os meios que mais capacidade para tal têm. Em segundo lugar criou-se imediatamente a ideia que os ecologistas eram míudos que gostavam de apanhar umas “pedras”, quando nunca ninguém se interrogou o que se tinha passado. Se perguntarmos ás pessoas se souberam da existência da Ecotopia, 99% destas nunca ouviram falar no termo, muito menos em que é que consiste. Foi noticiado o acto de vandalismo e destruição do ganha-pão do senhor, maior mentira, foi destruído quanto muito 1% da plantação e estes “putos da droga” compraram com o seu dinheiro milho natural e ofereceram ao agricultor.

Obviamente que todos estes factos tornam-se irrelevantes, não são sensacionalistas e logo não irão captar a atenção do espectador. Enquanto toda esta acção apelidada de terrorismo, que chega ao ponto de anedota, centenas de “intelectuais” criticaram fortemente a acção que invadiram propriedade privada, etc; os meios de comunicação não fizeram mais se não atirar mais lenha para a fogueira. Mas como ia a dizer, nunca ninguém põs em questão a destruição da Costa Vicentina e da Península de Tróia pelo grupo SONAE, isto já não é considerado terrorismo, é considerado algo que tem que ser feito, algo que vai ajudar o país. Outra mentira e manipulação; não vai ajudar o país porque tudo está na mão de privados, vamos destruir um dos ecossistemas mais ricos do país com blocos de betão e vidro, criando centros de lazer para as classes abastadas e deixando a grande maioria dos cidadãos de fora. Isto não é lamentável? Como se pode comparar a destruição de uma plantação de milho transgénico (que deveria de ser apelidado de veneno), com sacos de milho natural oferecido ao proprietário, como se compara isto à destruição de um ecossistema inteiro? Sendo Tróia um dos principais refúgios de vida selvagem do país, como é isto autorizado, porque ninguém põe tal facto em questão? Será considerado irrelevante?

Continuando e fugindo do tema anterior, hoje está implantado pelo sistema capitalista em que vivemos um profundo horror e ridicularização a tudo o que é activismo. É incrível como certos cronistas escrevem tanto, e por vezes com tanta falta de conhecimento, sobre os grupos acima referidos. Ainda há bem pouco tempo nas vossas publicações, cronistas encontravam-se num estado de gozo profundo pela festa do Avante, estavam incomodados com a festa, viam-na como algo ridículo, sem propósito de existência. Preocupam-se com uma ligeira festa popular, mas nunca ninguém abriu a boca quanto ás suásticas que deambulam pela baixa lisboeta. Isto talvez fosse realmente importante, o crescimento de grupos de extrema-direita no nosso país, mas mais uma vez vemos a extrema direita como algo banal, até são uns indivíduos que têm alguma razão no que dizem. Nunca ninguém fala sobre isto, preferem criticar grupos activistas e ridicularizar acções de carácter interventivo, ou mesmo festas populares.
Estes senhores que parecem tão pasmados com a imensidão dos E.U.A. do seu poderio e da sua espectacular hegemonia pelo mundo quase que veneram este sistema capitalista americano. Numas crónicas á bem pouco tempo, li – já não posso precisar em que revista – que os E.U.A. eram um país formidável, com uma politica externa de encher o olho. Obviamente tudo isto escrito entrelinhas. Veneram este sistema politico, falam da fantástica América e falam da sua politica além-fronteiras. Que a guerra no Iraque sempre foi inevitável, que os árabes são terroristas e são uns monstros, mas ninguém se pergunta o porquê de isto que eles fazem acontecer, mais uma vez a manipulação da imprensa. Ninguém se lembra das invasões americanas á Guatemala e El Salvador que destruí-o dois países, chacinou e torturou milhares, tudo porque os seus governos levavam inclinações esquerdistas. Ninguém se lembra dos ataques deliberados ao Afeganistão, em 1998, em que bombardearam todo o país só porque se insurgiram algumas vozes de protesto. Ninguém sabe quantos morreram nestas e nas guerras do Vietname, Cambodja, Iraque, Afeganistão, porque são baixas que não interessam, nunca foram vistos como humanos, são monstros. Todos se esquecem da invasão da Palestina por Israel apoiada pelos Estados Unidos e dos milhares de mortes que causou. O sistema politico de Cuba e da Coreia do Norte é ridicularizado por serem “comunistas” a prova que este sistema não funciona, está longe da perfeição é verdade, mas ninguém se lembra que tantos estes dois países e juntamente com o Haiti são dos países mais pobres do mundo, não devido aos seus sistemas mas sim devido aos embargos ilegais. Nunca ouvi ninguém opor-se a estes actos de terrorismo. Desde a administração Reagan que o mundo ocidental tem bombardeado, chacinado, violado e torturado milhões de pessoas com as suas politicas do terror. Ninguém fala disto, só do quão errados estes “árabes” estão, sim porque qualquer muçulmano é árabe, que eles são fanáticos e que o seu ódio já é intratável e sem razão de ser.

Este intelectuais que se julgam como tal, tão sabedores ignoram estes factos sistematicamente, vão na treta da demande de liberdade pelo mundo fora. Isto é triste, os únicos que podem ter voz em meios de comunicação são tão ou mais “ignorantes” que os restantes que os lêem e os ouvem. Os meios de comunicação manipulam tudo como vem sendo seu hábito.

Estes não são intelectuais, perguntai a quantos destes já ouviram falar de Noam Chomsky, de quem ele é, do que ele faz, perguntai a quantos quiserem se conhecem os factos das guerrilhas da Colômbia ou se conhecem a verdade por detrás deste repentino ódio do povo iraniano contra o ocidente. Com sorte um afirmará que os iranianos são doentes e que Chomsky é um judeu vítima do holocausto.

Tuesday, September 11, 2007

11/9 não é o pior

Hoje passam-se cerca de 6 anos do ataque ás Torres Gémeas no dia 11 de Setembro de 2001, foi um dia que mudou o mundo, não foi para melhor com certeza. É um dia inesquécivel para a humanidade e mais uma vez pelas piores razões, atingiu o coração da maior nação do mundo, abalou toda a economia mundial, entramos numa nova era segundo os especialistas, - a meu ver pouco mudou. Não ponho em questão a atrocidade que foi, destruí-se um simbolo e quando se destroíem simbolos desta forma é mais do que um prédio a ruír, foi todo o mundo ocidental que desde os atendatos de Munique se via como intransponivel e ninguém equacionava a possibilidade de um ataque nesta parte do hemisfério. Tanto assim foi que em 95 quando um extremista islâmico tentou um ataque ás Torres passou completamente ao lado da população, o governo americano tinha conhecimento destes ataques mas nada fez para o travar, porque era impensável serem atacados no seu próprio território.

Desde este dia que se tem feito uma caça a todo o idealista islâmico, equaciona-se agora que na Alemanha qualquer muçulmano possa ser observado e escutado livremente, abringido pela lei. O problema nestas situações é que temos o hábito de recordar um lado das trincheiras, sabem-se quandos soldados americanos morreram na guerra do Vietnam, mas não se sabe quantos soldados vietnamitas morreram nesta guerra devido ás atrocidades americanas. Ninguém sabe o número de quantos homens estão em Guantanamo á espera de julgamento e este simplesmente acontece porque não existe nada que seja consistente o suficiente para os julgar. Ignora-se por completo não só os números de mortos, mas as guerras travadas pelos E.U.A. que dizimaram países pelo mundo fora: Guatemala, Nicáragua, El Salvador, Colômbia; ignora-se também os sistemáticos embargos americanos aqueles países que representam a pedra no sapato do Tio Sam como é o caso de Cuba, Coreia do Norte, Haiti, etc.

Tudo o que referi acima são actos ilegais, são actos que deveriam de ter ido a Tribunal de Guerra e serem julgados pela ONU, mas nunca aconteceu. Esta guerra contra o terrorismo é nada mais que uma farsa, pelo que se possa dizer a guerra no Iraque está mais que ganha do ponto de vista economico, do ponto de vista humano tem sido catastrófica. Os capitais privados já dominam mais de metade da industria petrolifera iraquiana, por esta perspectiva a guerra está mais que ganha. Vejam, esta guerra contra o terrorismo é uma farsa tão grande que os E.U.A. são o único país do mundo que se opõem e leis anti-terroristas pela parte da ONU, sempre que algo vai para cima da mesa os Estados Unidos vetam. Isto é fácil de compreender: este país durante anos a fio tem feito terrorismo pelos países do Médio Oriente, Ásia e América Central. Pior, os E.U.A. têm feito sistematicamente um regime de agressão directa a países um pouco por todo o mundo.

Não sei quem é mais mártire, não sei qual dos actos é mais horrivel: a invasão armada a países em que se destroí a sua economia, colocam-se embargos, treinam-se milicias armadas que espalham o terror por aqueles países ou um ataque singular dentro do país mais terrorista do mundo. Mas sei quem é mais mártire, aqueles que iam na sua vida dentro do avião ou nos prédios e que fatalmente morreram, ou aqueles em que um país estrangeiro os invade, destroi todas as suas propriedades e mata, tortura e mutila milhares de civis? Isto não pode ser sequer comparado, obviamente que o 11 de Setembro foi um acto horrível, altamente repugnável, mas é bastante pior os milhões de pessoas que já morreram ás mãos dos para-militares treinados pelos E.U.A., esses que não são recordados, nem ouvidos, são apenas números, tal como as cabeças de gado, estes são os mesmo. Nunca foram pessoas, são números por quem nunca ninguém se interessou.

Sunday, September 09, 2007

Fim de semana

Fim de semana por: Mafra, Lisboa, Sintra, Carcavelos, Caiscais. Gostei bastante
Perdi um concerto dos Blasted Mechanism
A prova que a nossa selecção é ridicula está comprovada
Os McCan foram para Inglaterra, longe de me tirar o sono
O filho do outro, Mickael Carreira vai actuar cá em Ermesinde, isto sim era capaz de me tirar o sono se fosse ver; prefiro escrever aqui o resumo da sintese do pequeno texto do meu fim-de-semana.

Thursday, September 06, 2007

Ali vs Ali

Este será provavelmente um dos melhores anúncios passados na televisão desde sempre, aqui fica:

Tuesday, September 04, 2007

Á parte da blogoesfera

Como muitos leitores podem confirmar este blog é um blog que se põem um bocado ao largo da blogoesfera, a lista de endereços de outros blogues é reduzida, com as óbvias excepções. Afastei-me de circulo blogosférico porque passado pouco tempo de nele entrar torna-se cansativo e tediante. A blogoesfera é tantas vezes usada para os fracos se esconderem por detrás da máscara de Zorro e passarem a serem os gajos mais importantes e com o ego mais inchado do mundo. Eu sei o que isto é, já fui vítima disso mesmo; não se trata de um desacordo de opiniões que pode provocar todo o alvoroço, normalmente quando tentava fazer alguma critica constructiva num blog "vizinho" era usual retribuirem da mesma moeda, porque nunca a credibilidade do nosso blog pode ser posta em causa. Leitores com visões contrárias aceito bem, a esses individuos que faziam o jogo de guerra, também muito usado nas escolas primárias, normalmente acabava por acabar por apagar o seu comentário sem grande problema, sem levantar muito pó, porque nunca gostei de confusões.
Estes são muitas vezes aqueles que vão ao blog x ou y dar palmadinhas nas costas, louvar o seu trabalho e o quão adeptos do seu trabalho são. Normalmente os autores destes blogs tão conhecidos são figuras que aparecem na televisão, só isto tira-lhes de cima todo aquele status quo que os regulares escritores de blogs têm. Estas palmadinhas nas costas são dadas para tirarem algum proveito próprio, porque fica sempre bem dizermos que somos amigos do politico X, ou que falamos assiduamente com o apresentador de televisão Y, noutros casos podemos até ser convidados a fazer parte do projecto, coisas que ficam sempre muito bem para quem nos vê de fora. Isto é uma hipocrisia pegada, a trocar de galhardetes é muitas das vezes uma das palmadinhas nas costas. Um desses casos dignos de registo é o do Pacheco Pereira ( o quê vai-me processar também? ) em que mal apareça qualquer criatura a falar mal do seu tão adorado Abrupto vem logo a sua corja de lacaios morder-nos os tornozelos e que nós somos isto e aquilo e o dono do blog é um semi-deus para eles, mais ou menos como aquele cabeça rapada é para os restantes idiotas do PNR.

A blogoesfera passa-se assim, os grande atacam qualquer criatura que erga a sua voz contra e os cães de guarda logo aparecem em sua defesa. Bem e que dizer dos outros famosos?, daqueles que apresentam programas de televisão? Bom, 90% dos blogs têm o seu galhardete pendurado na zona dos amigalhaços só para lhe dar um ar cool. Numa perspectiva muito pessoal mais de metade do que escrevem é treta, lixo, não tem conteudo e os textos bastante fracos, cingim-se a reportar o que já passou nas noticias. Contudo o seu contador bate nos milhões, isto só acontece porque são minimamente conhecidos e logo têm também a sua guarda pronta a batalhar por eles.

Por este motivo afastei-me da blogoesfera, com sorte visito mais dois ou três blogs para além do meu, não dou palmadinhas porque não faz o meu género. Também não troco endereços por afinidades não existentes, a blogoesfera transformou-se na sua roda alta num amontoado de cocó sem qualquer espécie de interesse, ainda existem bons blogs? Obviamente que sim, mas são menos conhecidos que esses senhores.
Enquanto nada mais acontece espero o processo em tribunal por difamação do P.P. ou de qualquer outro que se identifique com o que acabei de escrever.

Sunday, September 02, 2007

Red Bull Air Races ´07

Bem, eu como mais 599.000 mil estive presente nas corridas da Red Bull, ao que parece entrei para a história ao estar presente no evento desportivo com mais espectadores de sempre em Portugal, é um feito bonito. Mas também gostava de saber como raio é que eles contam quantas pessoas lá estão, mas assim seja.

Houve quem não gosta-se, eu não me importei de lá ter estado todo aquele tempo. Sim, saí de casa ás 8 e cheguei de novo eram 9. Foram mais de três horas e meia á espera de ver aquilo começar, foram mais umas 5 horas a ver as corridas e mais três á espera de comboio.

Como cheguei lá ainda bastante cedo eram 9 horas de manhã prontamente comprei uma daquelas cadeirinhas vendidas por 2,5 €, uma verdadeira pechincha diga-se. Daí até o show começar foram lidos dois jornais e revistas, passado pelos ouvidos grande parte das musicas que se passeiam pelo mp3, e a verdade é que ainda nem o espectaculo tinha começado e já tinha perdido toda a sensibilidade que se pode ter na perna direita. Isto sim era verdadeiramente aborrecido, porque estarmos sentados e termos a perna em tal dormência que já não a conseguimos controlar torna-se bastante incomódo. Com o tempo a passar foram comidas algumas sandes e sempre se deu umas de letra com o senhor que estava sentado ao lado, parecia perceber tanto daquilo como eu, mas fingia-se um grande conhecedor do currículo dos pilotos.





Passavam poucos minutos da uma da tarde quando finalmente o espectaculo começou, a grande maioria cantou o típico "3!,2!,1!....0!!!!", escusado será dizer que mais de metade nem sequer se aparecebeu que logo a seguir ao 0!! passou um video de introdução que por algum motivo foi ignorado. Mas bom lá começaram a aparecer os aviões aos poucos, esta foi a parte em que algumas pessoas discordam: uns gostaram - como eu - outros acharam que eles "faziam sempre a mesma coisa". Ok, lá isso é verdade mas temos que ter em consideração a velocidade verdadeiramente prodigiosa de 400 km/h a que estes aviões se manobravam, mas para a grande maioria esse facto era ultrapassado porque afinal "faziam sempre o mesmo", até mesmo o facto dos pilotos atingirem a espantosa marca dos 9G enquanto faziam o looping era algo banal "porque faziam sempre o mesmo"

Eu gostei bastante, adorei o facto de se manobrarem a tanta velocidade em tão pouco tempo e com um percurso bastante apertado. O factor de competição passou-me um pouco ao lado mas não deixou de ser algum fantástico termos aviões de 600 kilos a 400 km/h!!

Um pequeno á parte este sim um show dentro de outro show, estou a falar das acrobacias de caças protagonizados por uma equipa francesa, esta ao que parece foi a parte mais adorada por todo o público e realmente tratou-se de algo de muito bonito de se ver, chegamos ao ponto de soltar uns " uhhhs e sss!" quando quase vemos dois aviões a escaparem no último instante a uma colisão de frente.



O vencedor das Red Bull Air Race foi o inglês Steve, da "Team Matador", o senhor que comentava ficou muito surpreso e portanto este não devia de ser um candidato.


Seria umas 5 horas quando o show acaba e o que podemos constatar? Uma enorme quantidade de lixo pelo chão, parecia que por momentos tinha passado por ali algum furacão, era verdadeiramente indiscritivel o amontoado de sacos e latas que deambulavam pelas ruas de Gaia. Agora falemos do absolutamente vergonhoso:

Quem queria fazer o percurso Gaia-Porto só tinha uma opção a Ponte D. Luís e que se passava? Meia dúzia de policias cheios de uma superioridade já conhecida só deixavam passar em grupos de 50 pessoas, mas essas passavam fechevam o seu portão posto lá para o efeito. Isto foi absolutamente ridiculo, mais umas vezes as forças policiais estavam a fazer o que não havia qualquer necessidade de fazer. Agora sei como as ovelhas se sentem quando o seu rebanho é levado para o matadouro. Eu não entendo, teriam eles que a ponte caí-se com o peso de todas aquelas pessoas, não teriam eles confundido a ponte com a treme-treme da Ponte d. Maria? Estariam eles á espera que se comete-se alí um suícidio em massa? Não percebo e foi ridiculo, uma tristeza.

Esta é mais um daquelas partes que me faz rir devido á estupidez da situação, bem como alguns podem saber a Estação de S. Bento não é propriamente GRANDE, portanto lá estava concentrada uma multidão de pessoas á espera dos comboios ditos especiais, que na verdade eram só dois ou três. Para quem não esteve lá é dificil explicar, digamos todos amontoados e aos empurrões uns aos outros, para melhorar a situação anunciavam a linha dois minutos antes do comboio partir, brilhante sem dúvida. Acabei por desistir, peguei lá nas cadeirinhas e alapei-me no meio da estação, esperei duas horas por um comboio, imaginem se não houvessem comboios especiais. Aqui mais uma vez a policia passeava-se a fumar e a falar uns com os outros, onde eram precisos não estavam, tão familiar.