Saturday, February 21, 2009

Evangelho segundo: a imortalidade

Tu. Tu pensas que sabes, mas na triste realidade que é a nossa existência, nada sabes. Acordas, acordas numa bela manhã, ou então numa feia manhã, na verdade nada disso interessa, e podias fazer uma simples pergunta a ti mesmo, mas é mais que óbvio que não o fazes. Levantas-te. Não porque queres, mas apenas porque o despertador te disse que eram horas de te levantares. Aquilo que tu tens acaba por te controlar da forma mais cruel que possas imaginar. Podias assim acordar, e perguntar-te "O que quero eu hoje fazer para que me possa lembrar deste dia como fantástico?", aplica isto a todos os dias, multiplica-o e torna-te uma pessoa. Qual é o teu propósito na vida? O teu objectivo, será que o tens, mas com certeza que o deverias de ter. Uma mulher/homem? Filhos? Um emprego estável? Uma casa de férias noutro país? Um carro desportivo? E em tudo isto, onde estás tu? Não estás, retiras-te da equação. Pensas que a tua realidade é a realidade colectiva, pensas que o mundo gira à volta do sol. Na verdade, é muito triste, és um ignorante. Aliás, fizeram de ti um ignorante. A realidade pertence-te, tal como tu te pertences a ti mesmo e a nada mais. O mundo, pelo menos aquele que conheces gira à tua volta e não há volta de qualquer astro. Tu és o astro, tudo o resto são cometas, estrelas ou planetas. A realidade não pertence a mais ninguém, é tua. Do mesmo modo que aquilo que tens te controla, também tu és dono legitimo daquilo que vives. Senão o és, é porque simplesmente não o queres ser. Preferes ser um vegetal. Tudo bem, as alfaces também são necessárias, apesar de pouco importantes, é preciso lembrar é que para crescerem estão 3/4 da sua "vida" rodeadas de estrume.

És aquilo que queres ser? Não? Então muda de rumo, porque não estás no certo. Estás a viver os teus sonhos? - Isto é, se os tiveres- Não, então é bom que trates de os realizar, se não os realizares nesta vida, não vai ser quando tiveres com sete palmos de terra em cima que o vais fazer. Porque é que gostavas de ser lembrado? É desse modo que as pessoas se lembram de ti? Não? Então pensa bem no legado que gostavas de deixar quando morreres. Não precisas de viver para sempre, és imortal a partir do momento que alguém se lembra de ti, ou te admira, ou de qualquer outra forma deixas-te a tua marca na realidade dessa pessoa.

Uma coisa te garanto, não vai ser a ler estas palavras que vais mudar algo na tua vida, isso tens que ser tu a faze-lo.