Tuesday, July 31, 2007

I KE idotAs

Há certos momentos em que penso se este Portugal será uma terra de gente normal. Não é por mal, mas ás vezes parece-me que centenas de portugueses são afectados por um virus epidémico qualquer.
A verdade é que ontem, segunda-feira, para estes lados as temperaturas rondaram os 35 graus, é uma temperatura elevada, sim senhor. Mas daí a mobilizaram-se estupidamente para as portas do IKEA! Haja mesericórdia!
O que se passou é que hoje abriu o maior IKEA da Peninsula Ibérica, uma coisa muito gira portanto, em que já eram esperados os balões e essas tretas todas que se costumam fazer sempre que uma superficie comercial é inaugurada. Mas o imprevisto aconteceu, centenas de pessoas, - ou serão retardados fugidos do Magalhães Lemos? Bem, não importa -, acorreram feitos uns autênticos selvagens dois dias antes da abertura!, sim leram bem 2 dias antes, só para terem um desconto de 100€. Aquela gente, dormiu 2 noites no chão, passaram mais um dia a torrarem ao sol feitos lagartos só para alimentarem a sua alma de consumistas! Absolutamente maravilhoso!
Isto é uma prova de como as coisas em Portugal estão más e sempre estarão, não me ocorre mais nenhuma palavra á cabeça sem ser demência quando re-via as imagens. Os erros? São muitos, mas há um imperdoável!, os 100 ( ou um número parecido ) primeiros individuos que entrassem na loja tinham direito ao descontozinho, mas será que está tudo estupido, porra? Se eu tivesse um desconto de 100€ no IKEA comprava todos os artigos e não era para saír de lá todo contente com uma pernada de cadeiras, que "custavam" 89€ e mais um balancé para o mais pequeno para fazer o total! Porque vejamos, todos os produtos da multi-nacional sueca não valem mais que um punhado de moedas de 50, com esses desconto devia-se levar a loja toda. Mas não! Os imbecis, que provavelmente até tiraram um dia de férias só para aquela xungaria, saíem de lá com as cadeiras-retráteis de plástico e um balancé todos contentes e metem tudo aquilo na mala do carro. O que será que a familia destes senhores lhes faz? Vai-lhes arrear com uma corrente de aço inoxidável pelas costas abaixo?, claro que não!, vão é tirar mais um dia de "baixa médica" para passarem a tarde nas belas cadeiras, enquanto o puto anda no balancé como se não houvesse amanhã.
Santa paciência!

Sunday, July 29, 2007

Quem são os nazis? - Parte 1

Pequena introdução:

O que pretendo com estes textos que irei publicar é mostrar o lado negro da América que nem sempre é conhecido. Este texto aqui a baixo é de longe o que pretendo como o resultado final. De facto, estou a fazer uma introdução a uma introdução, porque este primeiro texto só tem por objectivo deixar as pessoas mais identificadas com a história dos Estados Unidos do século XX. Porque por muito que possamos saber há sempre algo que nos escapa, e nem toda a gente conhece esta história tão bem como isso. Apercebi-me que seria necessário escrever isto antes de avançar para o principal objectivo, porque primeiro seria normal ter megalomanos em furia a atacarem-me por estar a falar do que não sei e segundo vejo agora que este primeiro capitulo é indispensável para a compreensão do resto dos textos. Quando puder logo irei publicar os próximos capitulos.
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Na manhã de 1929 começava a que seria a maior crise económica da história dos Estados Unidos, a "Sexta-feira Negra" como ficou conhecida. A crise de 1929 do crash da bolsa de Wall Street mergulhou a América na maior depressão de sempre na história deste país, tinham passado 11 anos do final da Primeira Grande Guerra e nunca na América se tinha vivido tão bem, o país lucrava dos juros dos empréstimos requisitados pelos países europeus para a reconstrucção. Durate a década de 20 bateu-se outro record, muito devido á riqueza que transbordava deste país, foi o período em que o consumismo se elevou a um novo nível, qualquer Smith teria que ter no seu lar o maior número de electrodomésticos possivel e não lhe poderia faltar o inevitável Ford T. Nunca se tinha produzido tanto e nunca tanto tinha sido consumido, mas já em 1927 o mercado avisava que estaria a chegar ao seu ponto de saturação, as familias americanas já tinham tudo o que se precisavam, apesar de todos os avisos os produtores ávidos de aumentar as suas fortunas recusaram atender o aviso em que se fazia notar que todo este poderio económico americano estava a terminar. Finalmente o fatídico dia surgiu, em 29 de Outubro de 1929 as acções da bolsa de Wall Street bateram no fundo, a grande depressão tinha chegado e os americanos não estavam prontos. As fábricas que empregavam 2000 trabalhadores passaram a necessitar de cada vez menos, pois as vendas começavam a descer a pique. Milhares de trabalhadores por toda a América encontravam-se desempregados, sem dinheiro para alimentarem as familias, muitos tentavam a todo o custo ganhar dinheiro ao vender os seus bens que tinham, sem grandes resultados. Foi o dia da humanidade em que mais suicidios foram registados, outros milhares que ganhavam a vida a comprar e vender acções estavam enterrados em dívidas, não tinham outra solução. Os produtos em excesso eram despejados em massa por não haver compradores, pela primeira vez na história existia uma crise não por falta, mas por excesso, os consumidores já não conseguiam escoar os produtos que se encontravam nas prateleiras.

Tempos dificeis


Toda a década de 30 foi uma altura de grandes sacrifícios para os americanos, grande parte dos habitantes da costa leste, super-povoada, migravam para o oeste á procura de novas opurtunidades tal como os pioneiros alguns séculos antes. Estalava também nesta altura a lei seca, surgiam enormes problemas com a máfia que dominava as ruas, a policia pouca ou nenhuma autoridade tinha perante os mafiosos, visto que os próprios governos locais eram controlados pela máfia. A grande nação americana vivia agora tempos dificeis como nunca antes tinha vivido, nada semelhante ocorria nas suas ruas desde a infame Guerra Cívil. Era um país que vivia em caos constante, um país onde os corruptos controlavam o governo, em que a mafia enriquecia graças ao contrabando de licores e bebidas alcoólicas. Tudo indicava que estavamos perto da ruptura de uma nação.




Figura 1.- O dia do Crash no Wall Street, milhares de pessoas acorreram ás ruas a confirmar a tragédia



A formação de novos governos comunistas pelo mundo abalava a segurança do estado americano. Ceitas como o Ku-Klux-Klan, já formados nos anos 20 ganhavam agora um poder nunca antes visto. O presidente Franklin Roosevelt estava em maus lençois, governava um país que vivia uma crise impar na sua história. Mas a sorte estava a mudar para os lados da terra do Tio Sam. No último ano da década de 30, O recém-eleito presidente alemão, Adolf Hitler põem em prática o seu plano de controlo da raca ariana sobre todas as outras raças inferiores, a 1 de Setembro de 1939 tem inicio a 2ª Guerra Mundial, as tropas nazis invadem a Polónia, Hitler pretende alargar este território de maneira a aproximar-se dos seus rivais soviéticos que seriam um alvo a abater num futuro próximo. Passado dois dias da invasão nazi, surgem os primeiros aliados que estão dispostos a travar a frente de Adolf. Inglaterra, França, Austrália e Nova Zelândia declaram guerra aberta ao estado alemão. Como resposta a esta aliança, o próximo passo segue para ocidente, Bélgica, Holanda e Luxemburgo são tomadas pelas SS. Este é o ínicio do terror despoletado por Hitler contra todos aqueles que ele considera serem seus inferiores.
Enquanto toda esta guerra explodia na Europa e norte de África, Roosevelt continuava embrenhado na sala oval da Casa Branca á procura de uma maneira para tirar a América da crise económica em que se encontrava alheio ao que se passava no resto do mundo. ( Não vos soa familiar?! )


Em 1943 a pedido de ajuda do seu homologo britânico Winston Churchill, o senado americano vê a opurtunidade perfeita para saír do marasmo económico em que se encontra, ao estilo do que se passou na 1ª Grande Guerra os E.U. apoiam os aliados com empréstimos bancários, que mais tarde dariam juros enormes. Estando nesta altura as tropas de Hitler ás portas de Berlim, é reunido o triângulo da aliança, Estaline, Roosevelt e Churchill reunem-se pedindo que a América ajude incondicionalmente, com homens no terreno, as tropas aliadas. Mas ao mesmo tempo que decorria esta cimeira, também a Alemanha e o Japão tinham conhecimento dos cheques passados por baixo da mesa dos Estados Unidos, os ecos de protesto logo se fizeram sentir e não muito mais tarde em 11 de Dezembro de 1941 a toda-poderosa Alemanha declara guerra aos Estados Unidos.

Daqui até 1945 é bem conhecida a história: foram 4 anos da guerra mais violenta que há, com espionagem de ambos os lados, americanos envolvidos na guerra na Europa mas apenas a meio-gás, isto porquê? Muito simplesmente, porque a América considerava que estava segura ao ser senhora soberana num continente isolado e bastante distânciado da guerra que eclodia na Europa. O primeiro momento em que a América é posta em alerta trata-se, obviamente, do fatídico dia em que os aviões-bombardeiros destruiram toda a frota naval americana estacionada no pacífico. Agora toda a América esta alerta e pronta para a guerra, em 22 de Junho de 1945 os Americanos invadem Okinawa. Neste momento já as tropas nazis estavam derrotadas, de Hitler desconhecia-se o paradeiro e já não restava esperança no povo alemão. Os aliados tinham ganho a guerra mais mortifera que a humanidade conheceu, agora não Roosevelt, que já descançava na sua campa, mas sim Henry S. Truman congratulava-se do sucesso e os Estados Unidos viviam agora de novo como a sociedade mais livre e mais próspera do mundo, retirando os dividendos da guerra travada á distância.





Fig 2 - Hiroshima depois de bombardeada pelo avião da força aérea norte-america "Enola Gay", toda a cidade foi arrasada.

Contudo todo o período prodigioso que poderia ter surgido após a II Guerra Mundial não foi mais que um futuro aparente. Pouco tempo depois do fim da guerra o verniz começava a estalar ao pouco entre soviéticos e americanos. Obviamente que a ajuda de Estaline na II Guerra foi apenas para proveito próprio, o chefe do Kremlin só se envolveu na guerra quando as tropas comandadas de Berlim invadiram os territórios da Ucrânia, toda a URSS ficou álerta, porque se Kiev tinha sido capturada pelos nazis era obvio que Moscovo seria a próxima capital europeia a caír. Como podem ver, Estaline nunca foi mais do que uma raposa astuciosa que apenas serviu os outros países para proveito próprio, porque um facto algo desconhecido é que Estaline aquando o declinio do Império germânico viu a opurtunidade perfeita para se apoderar de grande parte da Europa de Leste. E assim foi, com o final da guerra Estaline recusou a dar a independência aos estados recém re-capturados, grandes partes do território Polaco, a própria Checoslováquia e todos os países dos Carpatos. Obviamente que todo este alienamento de terras provocou a ira dos seus "aliados" Inglaterra e Estados Unidos não reagiram muito bem. Truman exigia que Estaline entrega-se a soberiania a todos estes estados, visto que nenhum país teria o poder de se apoderar de outro, ( hm hm, penso que G. W. Bush se esqueceu deste parâmetro de Truman ). Como tal Estaline deu a soberania a estes estados, mas a verdade é que nem tudo correu como planeado, em todos estes países rapidamente subiram ao poder lideres que partilhavam a mesma ideologia de Estaline e tornaram os seus países não mais que "satélites" a orbitar á volta de Moscovo. Um dos dados mais ou menos omitidos dos livros de história que convém acrescentar é que neste momento grande parte dos países do mundo caíam na mão de ditaduras, quer de comunistas ou de fascistas. Estes países também imperialistas estendiam rápidamente o seu poder através das colónias que possuíam. Os E.U.A. era neste momento um país democrático a lutar contra a emergente força ditatorial que se fazia sentir. - A história da Guerra Fria já aqui foi narrada e como tal deixarei aqui apenas um texto já anteriormente utilizado, até porque relatar o que já é sabido sobre a guerra no Vietnam e todos os pontos de conflito interno e externo que surgiram iria tornar-se obsoleto visto que é do conhecimento geral, espero eu.


Fig 3 - Estaline, Roosevelt e W. Churchill. Os homens mais poderosos do pós 2ª Guerra Mundial.



"A Guerra Fria foi uma disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e URSS após a II Guerra Mundial. É uma intensa guerra económica, diplomática e tecnológica pela conquista de zonas de influência. Ela divide o mundo em dois blocos, com sistemas económicos e políticos opostos: o chamado mundo capitalista, liderado pelos EUA, e o mundo comunista, encabeçado pela URSS. Provoca uma corrida ao armamento que se estende por 40 anos e coloca o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear. Após a II Guerra Mundial, os soviéticos controlam os países do Leste Europeu e os norte-americanos tentam manter o resto da Europa sob sua influência. Apoiado na Doutrina Truman – segundo a qual cabe aos EUA a defesa do mundo capitalista diante do avanço do comunismo –, o governo norte-americano presta ajuda militar e económica aos países que se opõem à expansão comunista e auxilia a instalação de ditaduras militares na América Latina. O Plano Marshall, por exemplo, resulta na injeção de US$ 13 bilhões na Europa. A URSS adota uma política isolacionista, a chamada Cortina de Ferro.Ajudada pelo Exército Vermelho, transforma os governos do Leste Europeu em satélites de Moscovo. Nos anos 50 e 60, a política norte-americana de contenção da expansão comunista leva à participação da nação na Guerra da Coreia e na Guerra do Vietname. A Guerra Fria teve repercussões na própria política interna dos EUA, com o chamado macarthismo (politica seguido pelo presidente Jimmy Carter), que desencadeia no país uma onda de perseguição a supostos simpatizantes comunistas. "

Saturday, July 28, 2007

1 ano perdido entre os ases

Há um ano atrás já estava escrito o primeiro post deste blog, a caixa de comentários ia enchendo e sem dúvida foi um inicio fulgurante. Agora, os comentários já não são tantos, ocorrem esporádicamente, mas lá vão aparecendo, os textos também cá estão com a regularidade que me é possivel. São no total 132 posts, uns melhores outros piores, uns que não valem um chavo com mais comentários do que os melhores. Esses mereciam muitos comentários na minha opinião pessoal, mas com certeza que vocês têm uma visão deste blog diferente da minha, é complicado para mim avaliar os textos, sei que alguns são maus, outros só têm palha e outros têm realmente valor. Com todos esses textos fui construindo este blog, nuns dias com mais vontade de escrever, noutro com pouca vontade, mas é exactamente como os dias, uns piores e outros melhores e obviamente que isso se revela nos textos.

Para vocês obviamente que este é um espaço onde vêm ver o que se tem para aqui escrito, para outros é um lugar de leitura, - desde que os textos não sejam muito grandes, claro está carissimo leitor -, mas para mim este blog representa mais do que isso. Apesar de já ter tentado escrever diários nunca consegui, porque simplesmente não consigo escrever unicamente sobre a minha vida. Aqui é um misto das minhas opiniões e das minhas vivências, como tal este blog tornou-se em algo importante da minha vida, porque verdade seja dita, durante esta ultima semana em que não me foi permitido actualizar muitas foram as vezes que senti falta em ter o blog arranjadinho e com os textos em condições. Tornou-se algo de importante, pelo facto dos textos reflectirem a minha vida, as fases mais boas e as menos boas.

Não sendo eu nenhum mestre em cativar visitantes, mas de algo estou certo, é assim que se constroí um blog. É o espelho que reflecte a nossa vida e o nosso modo de ver o mundo, quando se começa um blog as visitas e comentários tornam-se sempre importantes, mas se com o tempo estes não aparecem habituamo-nos e se formos espertos o suficiente percebemos que somos nós que estamos certos. Acima de tudo o blog só é nosso quando escrevemos o que queremos, sem possiveis preocupações se irão gostar ou não, se irá ter 6 ou nenhum comentário. O blog só é nosso desta maneira e como tudo na vida muitos não gostarão, mas devemos continuar sempre a escrever aquilo que gostamos, só a partir daí podemos avaliar o nosso trabalho. Se estou contente com o meu trabalho aqui desenvolvido?! Obviamente que sim, caso contrário não escrevia aqui tantas vezes. Este que nem é um texto grande, não terão problemas em ler até ao fim, digo eu. :D

Friday, July 27, 2007

A 4ª metamorfose

Como podem ter reparado, e para os que não repararam já lavei a cara a este menino, não está tão bonito como estava o outro, mas enfim não se pode ter tudo. Com sorte poderei fazer uma alteração aqui e outra ali, mas a verdade é que a quarta metamorfose dos "Ases Perdidos" está quase completa. Penso que este é uma prenda justa para um blog que faz um ano, mas pode ser que surjam mais surpresas! ;)

Monday, July 23, 2007

Insolência do blog

Fodasse! Há coisas que não se fazem e isto que o meu blog me fez, sim a MIM, seu criador e o paizinho que lhe dá vida e o põem com que as pessoas gostam dele faz-me uma merda destas. É pah é que ainda por cima eu não sou exactamente o pai deste gajo, eu sou mais um pai adoptivo, porque não fui eu que o criei nem que o germinei da raiz, porque seja dita a verdade eu não entendo nada de códigos de programação para blogs. O que eu faço é simples, costumo pedir a alguém que me tenha o filho, quando ele estiver todo bonito e arranjadinho pego nelo e começo a passear-me pavoneantemente com ele á medida que lhe meto na cabeça as minhas lições. Ainda nem um ano tem e já tem esta insolência!

Precisamente!, quando o blog está preste a completar um ano o parvalhão resolve desconfigurar-se sozinho, a principio ainda pensei que tivesse sido apenas uma birra de criança com falta de sono. Deixei-o descançar durante a noite, quando volto a acordá-lo não é que o gajo continua-me todo estropiado, parece que de repente passou por aqui algum Jack, o estripador e meu deu cabo do pequeno. Os textos estão desorganizados; os links, contadores e todas as coisas girinhas que tinha resolveram escoderem-se nas profundezas. Fodasse, anda um gajo a criar um filho para quando está prestes a fazer anos resolve deformar-se todo! Isto assim não dá, muita paciência um gajo tem que ter, ainda por cima nesta altura estou com uns 3 ou 4 textos para os lançar directamente e acontece isto, ´dasse.

Agora tenho que andar á procura de uma alma caridosa que saiba como arranjar este coitado para que fique bem compostinho outra vez, espero bem é que alguém apareça rapidamente porque postar assim não dá, não dá mesmo.

Sunday, July 22, 2007

Agora, vi de tudo

É pah, é o que eu digo, á dias em que pouco ou nada acontece e se acontece não é nada de bom. Quando me preparava para postar mais um artigo dou com o blog neste lindo estado:
Não tivesse sido a carinha da menina tinha ficado em estado de choque

Os domingos deviam ser banidos

O problema dos domingos é precisamente ser domingo, quando se acorda num dia de Verão ainda para mais sendo domingo as expectativas elevam-se de forma assustadora. É esse o problema, este ano ainda não conheci o Verão e os domingos, bem como se explica, espera-se sempre algo de fenomenal mas acabei por ser um dia tão igual a todos os outros. Nada se passa aos domingos, devia de ser banido dos calendários e assim teriamos dois sábados numa só semana.

Friday, July 20, 2007

Bela e o monstro

fotografo: Zuan; modelo: infelizmente desconhecido



Sem sombra de dúvida peculiar ;)

Tuesday, July 17, 2007

Em mudanças

( Pede-se a quem souber da existência de um bom tradutor para sites grátis que deixe contacto )

Voltei de férias, estive uma semana fora e já deu para carregar as baterias. Nos próximos tempos espero trazer-vos material mais diversificado e algumas dessas ideias já estão em mente. Contudo, de entre todas as votações que criei aqui nos Ases Perdidos existiu um erro imperdoável, de tantas perguntas faltou-me a de todas a mais importante e como agora este blog está prestes a celebrar um ano de idade faço-vos a seguinte pergunta:

- O que gostariam de ver nos Ases Perdidos que não vêem? Em que pontos é que consideram que esteja a conduzir pelo pior caminho? Agora que os "Ases Perdidos" faz(em) um ano façam com que a vossa voz seja ouvida e respondam-me. ;)

P.S. - não deixem de reparar no texto anterior, um dos meus preferidos.

Sunday, July 15, 2007

A percepção

Por vezes sente-se uma forte necessidade de escrever, sem saber muito bem aquilo que se quer escrever. Agora que a ponta da esferográfica é substituida pelo teclado negro, em que o escorrer da tinta pelo papel branco transforma-se numa bater sonoro dos dedos no teclado, já não existe mais o escritor de papel. Esse escritor que escrevia debaixo da luz ténue do candeeiro é agora não mais que um imbecil que vai retalhando não só a língua de Camões mas também a de Decartes, de Shakespeare e de Cervantes, hoje em dia mata-se a língua com indocrassias pouco claras, como livros criados a troco de fama e de mais algum objecto que seria necessário, não se escreve por gosto porque já há muito que morremos para a vida, vivemos adormecidos e matamos e estropiamos a língua sem saber o que dizer, quando dizer.

Os génios desaparecidos de há 100 anos atrás chorariam as lágrimas que ainda lhes resta se regressassem a este mundo, porque um mundo de opurtunidades deixou de ser aquele proclamado durante a Revolução Francesa de 1745. Em tempos idos tinha-se o prazer de ler as prosas de Sá Carneiro e de Pessoa, hoje entre imundices conhece-se Sparks e imagens que nos dão aquilo que procuramos. Vamos assim retalhando a cultura que tinhamos, porque o que a vaca dá deixou de ser o principal, o quão bonita que ela é é que pode fazer uma bife apetecivel, entre a imagem e outro qualquer meio de maior importância escolhe-se a imagem, a fama. Inumeros batalhadores rasgam caminhos sozinhos, na escuridão com uma candeia como fundo, tentando alcançar algo que possa ser plausivelmente concreto para ser aceite. Cultiva-se a cultura que não se quer colher, todos querem ser os senhores da razão sem sequer fazerem algo para o mudar. Não se pode mudar sem acção, não basta olharmos e gritarmos o quão alto podermos, porque algo terá que ser feito e por palavras não se alcança.

As revoluções idas foram já esquecidas e somos agora filhos da prostituta gorda que alimenta os alternos do povo. Brincam com os heruditos idiotas do povo, não só com a caneta e o papel os tempos mudaram, hoje pouca importância a tinta e os borrões têm, campanhas de propaganda vendem o que se pretende e enterras-te na lama sem solução. Estrangulam os teus gritos para não serem ouvidos porque desde a secretária ao revolucionário todos foram esquecidos e abafados pela bela ilusão da liberdade. Tenha alguém Orwell e Huxley no seu altar, rezando preces de mudança e tomadas de acção. Manipulados como marionetas de desenhos animados é o que somos sujeitos diáriamente, nas nossas rotinas repetitivas somos mastigados pela máquina imperialista. Os cifrões ditam agora o futuro e entre nevoeiro vai o tempo em que eramos verdadeiramente livres em escolhas.

A miséria é real no mundo, mais do que a riqueza ostentada por tão poucos e tanta importância têm. As vozes deixaram de ser erguidas, porque quando podem preferem o pão nosso de cada dia á mudança que poderia ser operada. Santificado seja o vosso nome ó Deus tão poderoso que tanta miséria trazes e tanto mal ergues no mundo, ó Senhor que Deus és Tu que não acordas, lidera a frente inalvorada que tantos esperam, o terço vai dando as voltas mas porque não te ergues tu do teu caixão de pedra ó senhor do tempo? Não acreditaremos mais nesse Deus tão misericordioso, porque tantas rezas chegam e tão poucas são atentidas. Não, isto não é real porque onde está a justiça no mundo? aqueles que a tentam alcançar não se podem erguer porque logo seremos sacrificados na cruz invertida daquele que vocês alegam ter salvo o mundo. Não, esta não é a realidade que Moore recitava na sua Utopia, este é mais o inferno descrito por João no seu Apocalipse. Não, este mundo precisa de um novo messias renascido dos mortos pelos cifrões. Oh dia esse que não chega, onde castelos impenetráveis serão queimados, dia em que a torre branca de Babel caíra por terra ao som da madeira crepitante pelo fogo que nasceu do ódio dos sofucados. Canções de fraternidade erguersiam até aos céus, irmãos e pais de mãos dadas criarão a corrente do amor pela humanidade que nos irá unir. O dia em que a Anarquia deixará de ser apenas um sonho, Marx, Trotsky e todos os dissidentes do velho mundo; Moore, Huxley e Orwell dançaram nas suas campas e irão nos olhar com o sorriso do fatidico dia. O apocalipse não é mais do que o dia em que a revulação da liberdade chegará, porque esse dia chegará nesta vida ou na próxima, as cidades queimadas serão o simbolo em que finalmente nos libertamos da mão asfixiante do poder.

Santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso, seja feita a vossa vontade ó Deus misericordioso que não acordas.

Thursday, July 05, 2007

Férias, propriamente ditas

Bem, Sábado vou-me por a andar, durante uma semana vou desaparecer. Irão ser as férias das férias, propriamente ditas. Um bom resto de semana.

Cumprimentos

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P.S. - sempre podem aproveitar para ir lendo os textos que não vos despertou maior interesse. Façam lá o favor, para quando chegar ter o contador de visitas a bater nas 5000. ;)

Sunday, July 01, 2007

Gabriel Garcia Marquez - "Olhos de cão azul"


Tenhamos em consideração uma pergunta hipotética que gostaria que me perguntassem.


- João, se pudesses escolher o estilo de escrita que mais gostaria de ter qual seria?

- O de Gabriel Garcia Marquez, minha senhora.

- E já agora porquê o estilo do escritor colombiano de 81 anos?

- Porque ele tem tudo aquilo que admiro num escritor, é das melhores formas de escrever que conheço.


Seria desta forma que responderia não só á senhora, mas a qualquer pessoa que me fize-se a mesma pergunta. Gabriel Garcia Marquez é absolutamente fantástico na maneira de escrever. Obviamente que não é de fácil leitura, e não são raras as vezes em que somos obrigados a começar a ler de novo a história pelo motivo de já não sabermos sequer aquilo que estamos a ler. Mas apesar de tudo, G.G.M. é um excelente escritor, com uma capacidade de escrita monumental. Lobo Antunes e Marquez são algo parecidos na maneira de escrever, - retirando claro as excentricidades de Lobo Antunes na forma de construcção de frases, bem mais simples com Marquez. O que torna a leitura deste escritor tão boa é a forma como a história se desenrola, muitas vezes em ambientes algo confusos de imaginar e algumas situações em que não somos frequentemente postos a pensar. É acima de tudo uma escrita dificil de imaginar, de visualizar aquilo que o escritor nos dá.


Foi a primeira vez que li um livro dele, e não foi com particular estranheza que recebi o primeiro conto do livro "Olhos de Cão Azul". A medida que vamos lendo os contos começam a tornar-se mais fáceis. É um livro com pouco mais que uma dezena de histórias dominadas principalmente pelo tema da morte. Em quase todas, excluindo uma ou duas, a morte é o tema central. Escrito entre o periodo de 1948 e 1950 estes contos foram dos primeiros trabalhos do escritor sul-americano. E, sem dúvida que grande trabalho que foi feito!, pois não sei quem é o índividuo com 20 e poucos anos que escreve desta forma tão genial. É um percurso de mais de 40 anos de livros editados e é um escritor adorado ou odiado um pouco por todo o mundo, muito graças há sua forma original e não muito simples de escrever. Um excelente livro em todas as medidas, mas demasiado pouco para poder comentar visto que o trabalho deste autor ainda me é muito desconhecido.

Algures entre a felicidade passada


"A felicidade é algo temporário e é por esses momentos que a vida deve de ser vivida" - João Fernandes