Monday, December 15, 2008

A lei

"A lei é um freio e, com um freio, não se pode chegar á liberdade. A lei castra e, com castrados, não podemos aspirar a ser homens. A expropriação faz-se espezinhando a lei, não carregando com ela sob as espáduas"
- Flores Magon

Friday, December 05, 2008

Vivenciando formas de vida

Acordo, acordo mesmo antes do próprio dia começar a fazer contas á vida, se realmente vai nascer aquele dia. Acordo de noite e deito-me de noite. Nesse momento em que o dia ainda pensa na sua vida, numa crise de existência descartiana, caminho, com a brisa gelada a cortar-me a cara. Espero na paragem, espero até não sentir as extremidades das mãos, de não sentir com o frio a cara. Entro, e sentado a cabeça pende-me para o vidro, vou batendo violentamente com a cabeça na realidade exterior, tal é a verdadeira força daquela engrenagem. Lá não faço nada, vou adormecendo estranhamente acordado, observo quem entra, onde se sentam, a que comportamentos é que reagem, leio-lhes a alma, a cara, faço a analise, entretanto perco-os, o seu paradeiro perde-se entre a constante mutação de vidas que se conjugam naquele espaço de 18 metros. Vejo quem entra, entra o mundo, mas não entra ninguém, leio o mundo e não leio ninguém, sentam-se todos ao meu lado, mas ninguém se senta. Todos e ninguém, todos lá estão, mas ninguém é quem quero que lá esteja. Velhos e crianças, doentes e mortos todo no mesmo destino. O cheiro fétido dos corpos, o cheiro que varre o ar do perfume, desse perfurme usado pelas belezas inaproximáveis, tão inantigiveis que são derretidas com um olhar, é assim que são processadas as leis da natureza. Saio, nadando na imensidão de corpos que lutam entre si ao balanço da maré dos motores, dos rotores, das suspensões e dos escapes. Quando saio já o sol bate na copa das árvores, já dobra a cruz no topo da igreja, engraçado como este local aparece de forma tão brutalmente assassinado à minha frente, local de sacrilidade para uns, para mim de sacrilégios, para uns fé, para mim a profetização da desgraça.

Olho à minha volta, as danças harmoniosas dos pombos, dançam a valsa, de Tchaikovsky ou então a polka, é tudo uma questão de perspectiva. Trocam-se olhares, uns casuais, outros nem tanto. Continuo a caminhar, passo por ti, tu de costas olhas para mim, um cigarro numa mão, na outra o aperto imaginário da minha correspondente. És tu a tal, és um sonho, um vulto que se ergeu e se veio encontrar comigo, numa manhã gelada dos primeiros dias de Outubro. Fixas o meu olhar, uns segundos, a eternidade, um momento orgásmico, a promessa de sonhos irrealizáveis contigo ao meu lado, uma vida projectada até desaparecermos da face da terra e vivermos uma vida digna de um filme, só comparável aos contos de fadas, aos melhores, porque até a Cinderela se ia roer de inveja. A promessa de uma vida, em dois segundos, que desapareceu com o meu caminhar até à próxima esquina. Atrevesso até á outra margem, faço as águas do rio pararem com a psicologia básica, não olho para eles, simplesmente agradeço com a mão, esboço um sorriso e salvo percorro as principais manchetes dos jornais diários. Percorro labirinticamente as ruas, com o sol a bater-me na cara, em passo lento, tentando apreciar a beleza grotesca dos prédios cinzentos, mal pintados e com sinais obvios que já assistiram a mais histórias do que áquelas possivelmente suportadas por um livro. Na hora, atrasado, adiantado, chego á nuvem raiada, ao grande palco, onde todos são actores principais das suas vidas e secundários da vida dos outros, onde todos usamos uma máscara para proteger as nossas verdadeiras fragilidades e os nossos segredos mais profundos, aí fingimos e actuamos como brilhantes actores, mereciamos um óscar, pelo papel, pela argumentação criada na hora. Somos entertenimento, somos o entertenimento dos outros e principalmente de nós próprios, somos tudo e somos nada no espectáculo, somos a mentira e a verdade e a aparência e a ilusão. Perecemos todos do sindroma de Estocolmo, apaixonamo-nos pelos nossos raptores diários, que nos tiram a atenção, os olhares, os toques, que nos tiram a vida porque deixamos de conseguir pensar sem pensar neles, o que seriamos nós sem eles. Todos de uma forma damos o nosso espectáculo, para o nosso entretem e deleite dos outros, uns são sucedidos, outros são raptados cobardemente pelo conhecimento dos outros, esses são os actores principais, na sua vida e na dos outros, manipulam, controlam e dominam as vidas, evidenciam-se e destacam-se, deixam de ser marionetas e passam a ser quem comanda os fios. Como conseguem eles isto?, a base é a mesma, o entretenimento, a mentira e a verdade, a falsidade e a força com que alguns encaram a vida. São herois de guerra, que secretamente admiramos, imitamos no nosso intimo e interrogamo-nos como o dia para eles é eterno. Mas no fundo tudo o que somos são caras, nenhum de nós mostra a verdade, porque nenhum consegue suportar uma vida, sem ter que re-criar uma vida paralela, o entertenimento. Para além da mascara, para além da pele, só os ossos da cara, só o que jamais poderemos esconder, poucos terão o privilégio de conhecer a caveira, um grupo restrito e limitado, só os raptores de vidas e sonhos é que o conseguem, esses e uns tantos outros que acabam por estropiar e abalar todo o balanço que o coração nos dá ao bombear a vida. É neste enorme palco, nesta plateia em que nada falta que se desenrola a vida, em que se dizem mentiras e finge-se ser o que não se é, mas enquanto não conseguirmos suportar uma vida como iremos libertarmo-nos, porque quando todos são escravos do guião, todos serão reis, porque a limitação a que estão sujeitos não os deixa ver a realidade. Sobe, desce, as escadas infinitas do pensamento, das emoções pré-progamadas, das expressões que sabes que terás de volta porque tudo não é mais que é uma enorme equação matemática aplicada á vida real, quando a compreenderes, quando a tiveres na cabeça e mal vejas o problema me digas a solução de cabeça, então aí seremos reis, teremos a vida nas nossas mãos e mais ninguém nos impedirá do que seja, portas até aí fechadas irão-se abrir.

Deste palco deixamos lá a pele e quando nos afastamos dos holofotes voltamos mais um pouco para a vida real, para a vida que mais ninguém conhece, aqui poucos são aqueles que conseguem caminhar com um sorriso na cara, interroga-te porquê, interroga-te porque é que os medos inerentes não te assustam, depois sussurra.me a resposta. Caminho, pelo mesmo labirinto por que vim, tateio as paredes, descrevo sonhos e mitos ao meio imaginário, pergunto-me quem irei encontrar na próxima rua, observo tudo e nada vejo, observo pessoas e só fantasmas vejo, caminha, entra na floresta de betão, sobrevive ao rio selvagem de metal e de gritos estridentes a alta velocidade, entra no coro encantado em que um mendigo fez de sua casa, duas mantas protegem-no do mundo, de todos os seus problemas, caminho e paro. Á minha frente umas 20 pessoas, todas elas de olhar frigido no vazio, todas elas esperando o seu destino, de vida, de morte, de incertezas e de felicadades que irão acabar por superar todos os outros momentos. Entramos no autocarro da vida, sem ter a certeza se alguma vez regressaremos, mas lá caminhamos, tentando manter o equilibrio, olhamos para o fundo na pesquisa de alguém, não a encontramos, mas uma rapariga loira de 18 anos também serve. Quem será ela?, sentamo-nos ao lado dela, e o que fazemos? Um silêncio, olhares trocados, tenta-se ignorar a companhia do outro, mas ao mesmo tempo fazemos perceber que estamos lá. Mostro-lhe a palma da mão, digo o meu nome, parece surpreendida, retribui, daí até nos estarmos a despir mentalmente são 3 paragens, daí até vivermos numa praia algures no México é o infinito, ela diz que vai sair, fico com ela, mas na memória, desce do sonho, volta á realidade, continua a sorrir. Daí a 18 minutos sou eu que volto á realidade, ganhei o mundo em forma de uma cabeça amarela, nada perdi. Foi um espectaculo grandioso, no pior dos palcos, com a audiencia de um, com zero actores, fiz a performance do ano.

Desço do autocarro, caminho entre arvores que no inicio de Outuno dão os primeiros sinais de morte, as folhas que piso, o sol alto no céu, tudo á minha volta gira freneticamente, tudo se desfaz em mil desejos de promessas partilhadas e desfeitas de uma sociedade vencida pela inércia, em que todos são escravos e logo todos são reis. Eu, pelo contrário nunca sonhei em ser rei, porque nunca gostei de vassalagem, nunca sonhei em ter riquezas ou atenções, vivo a minha vida, caminho com as mãos nos bolsos e sinto-me um principe.

Thursday, November 20, 2008

Jamais a mentira foi tão verdade,
Jamais a verdade foi tão mentira

Thursday, October 16, 2008

Visão impossivel

Conhecem aqueles dias, os dias que passam e nem damos por eles? Em que acordamos e continuamos a dormir, em que não nos lembramos se fechamos a porta de casa ou se deixamos a torradeira ligada? Tudo parece envolto em névoa, como num sonho que se vive acordado. Vive.se assim, queremos que a cidade nos ame, nos envolva nela até acordarmos nos braços acolhedores de uma manhã de sábado radioso com a energia que só conhecemos do nosso tempo de verão. Nós não falamos muito, observamos e vivemos juntos na clausura da imensidão dos dias, em que o sol parece não se cansar de se esconder atrás das nuvens, porque não ilumina ele as almas de tantos outros, que com certeza precisam mais dele do que eu. Como a noite sabe bem, com o cansaço nos olhos, a luz da lâmpada de 50W, a cabeça a pedir a almofada, a música como fundo. Ahh, a música, como uma droga que nos renasce a alma, que nos faz ter os olhos abertos, que nos faz olhar para o relógio e esquecer por uma vez, esta loucura rigida dos horários, das obrigações e manipulações. Vem comigo, vamos esquecer este irracionalismo em que mergulhas.te, vem comigo até ao infinito onde sonho e realidade é o mesmo. Onde nada é mais do que nada e em tudo se baseia a vida, cabe-te a ti e não a mim saber distinguir se te deixas guiar pelo sonho ou se é a tua vida que caminha através do sonho, e aí jamais o saberás distinguir.

Sunday, October 05, 2008

Outono

Estou com sono, o nariz parece um fontanário público e doi-me a garganta. Parece-me que se adivinha uma gripe em principios de Outubro. Agora só falta a dor de cabeça e as dores nos músculos. Bem, mas isso deve de ficar para amanhã quando acordar, espera... a dor de cabeça já chegou.

Thursday, October 02, 2008

Nascer antes de

Sim, amanha antes do sol nascer já este macaco vai estar acordado. Vida(s)

Monday, September 22, 2008

Freedom poem

In search of an answer that gives us what we´re looking for
Nothing more than the denial of unknown thruts
The dust in the air, that dances between you and me
When the sunlight reaches our eyes, we transcend ourselves

With the flag raised high, with the masks covering our faces
We march, we march for the ultimate freedom
We think in everyone, in every place that we had been
And those memories are the ones which make ourselves to walk

The breeze, can you smell it? Can you smell the breeze?
The sweet and tender breeze of gasoline in the mourning
Flaming souls crossing the sky only mean that we are in war
In war, with ourselves

You, my brother my sister, you can´t walk with the fear
Don´t worry, give me your hand and together we are gona live the rest of our lives
In total freedom, in total war, in total happiness
´Cause we only gonna be free when all of us are free, are happy.

That´s way my brother, my sister, we are in war... a war with ourselves.

Monday, September 08, 2008

Tempos mortos

Horas, horas infinitas peridas entre 4 paredes na esperança vã de que alguma alma atenda ao nosso chamento que ecoa no vazio. Os dias a passar, correm, voam e são dificeis de alcançar, é impossivel alcançar.lhes a passada, demasiado rápidos, demasiado frenéticos. Essas horas divididas em minutos, subdivididas em segundos que nos dão vida e que ao mesmo tempo nos matam com crueldade. Onde estamos? sozinhos no escuro, isolados do resto do mundo, trancados e sem vontade de nos libertarmos. Como me podes pedir para falar sobre livros, livros esses que nunca li, porque enclausurado em grades a única verdadeira vontade que tenho é rasgar esses livros que falam sobre maravilhosos mundos novos que nunca vi. Não me tires daqui, porque se o fizeres então terei que viver, e quando morrer alguem se lembrará do que fiz? e do que não fiz? É este medo, o receio natural da vida que tenho, porque desde que nasci os olhos se colaram mágicamente a ecrãs, ecrãs esses que me mostram o mundo, esse mesmo mundo podre, morto e cadavérico, mas que mesmo assim todos idolatram. É este tempo, o tempo que mato que me faz viver em sonhos, que me escapam como areia por entre as mãos, segura-me tu a minha mão imaginário, segura também a minha mão, porque já nem sei se essa também será verdadeiramente real.

Nunca vivi, mas sei que estou no limite, as vertigens e o suor frio que me escorre pelo cabelo, porque estou na iminência de viver, de me libertar dos grilhetes da escravatura. Todos os dias, todas as horas, eu gritei, gritei do mais profundo que me foi possivel, agora cubro os ouvidos com as mãos e abstenho-me do real. Aqui cheguei á procura de respostas e agora estou prestes a sair, sem saber mais do que quando aqui cheguei, continuo de maos vazias. Como será o som de um disparo para o ar?, e de um disparo sobre vidro? E agora que esse disparo, que disparas-te vezes sem conta, está a voltar? Onde te vais esconder, onde te vais refugiar, será nessas quatro paredes despidas? Escondemo-nos do que ri e do que não sabe o que isso é, no armário das nossas vidas, mas mesmo assim a porta não fecha, ainda ves o brilho da lampada. E agora, atrevemo-nos a aceitar aquilo que eles nos dão?, aceitamos caminhar em direcção á luz e viver?

Wednesday, September 03, 2008

Libertatia


"Contigo companheir@,
contigo até ao final.
Armar-nos-emos de desejos,
desejos de liberdade.
As nossas mentes já fazem pontaria,
os nossos corações disparam.
Mais que palavras,
são paixões e são esperanças.
Que nestes instantes
estas letras amigas te abracem.
Que o teu sorriso se una ao meu
para se converter em gargalhada.
E que essas gargalhadas indomáveis
sejam as que voem para longe...
e que longe cheguem, para explodirem
sobre aqueles que quebraram os nossos olhares.
Olhares quebrados por grades.
Mas olhares LIVRES,
com brilho subversivo,
com ideias firmes."

Carolina Forné Roig,
anarquista presa pelo estado espanhol desde 2003

Sunday, August 31, 2008

17/04/08

A sério, que devem de estar a brincar comigo. O mundo está de pernas para o ar, são 11:14, está um vendaval lá fora. As luzes cor-de-laranja dançam ao ritmo rápido do vento, as árvores lutam para se agarrarem ao chão, as persianas estouram contra o vidro tal é a força da chuva e do vento. Estamos em Abril e acabo de vir macadamizado por um teste de Cesário Verde, o homem que escrevia prosas em poemas, era tudo uma guerra entre campos vs cidade para esse senhor, hoje parece que Verde foi esmagado pelo betão. Gostava de parar o tempo, pensar um bocado, não para reparar os erros mas para aprender mais com estes. É estranho acima de tudo, as relações humanas, isso e o tempo, regem-se por uma linha simples e linear, dividem-se numa série de "efeitos de causalidade" e espaços temporais infinitos que se prolongam para além do que a minha imaginação permite.

Friday, August 29, 2008

Maio de 68

"Um homem não é estupido ou inteligente. Ou é livre ou não"

Thursday, August 21, 2008

Cheio de...

Em todo o lado menos aqui. Tudo o que deixei para trás, tudo o que ficou por fazer. A nostalgia que se emancipa do meu ser, as paredes despidas e todo o espaço despromovido de objectos. Este quarto vazio, sem nada. Para lá da porta, memórias empacatodas em caixas de cartão. Dentro, acendo o cigarro, uma nuvem de fumo percorre o ar, desaparece tal como a minha vida se esvaneceu nestes 5 anos. Encosto-me à parede, ponho o cigarro outra vez na boca e fecho os olhos. Se me concedessem um desejo, então gostaria que a vida tivesse banda sonora, tenho a certeza que a esta hora Springfield estaria a tocar a sua guitarra, em acordes toscos e desafinados de "For What´s is worth". Isto porque porque nada valeu a pena, um canudo na mão, esperanças que caíram mal aqui entrei. É a verdade, todos os anos, todos os dias da tua vida te vão fazer promessas de sonhos irrealizaveis, o problema não é estes serem irrealizáveis, é fazerem-te promessas. A verdade não precisa de promessas, a verdade é apenas isso, a verdade, não necessita de suportes para que se possa tornar realidade. Quando te prometem algo, não contes com muito, é inerente á psicologia humana. Tal como quando te sentes desconfortável cruzas os braços á frente do peito, ou quando mentes os teus olhos não pestanejam, pelo motivo de teres medo que a verdade seja descoberta. Nestes 5 anos nunca pedi nada mais senão a verdade, não me dês amor, nem me enchas com o teu ódio, não quero a tua amizade, nem o teu sexo, dá-me a verdade. Em 5 anos foi o que pedi, a verdade, nunca me deram.

Deito o cigarro ao chão, apago-o com a sola das sapatilhas demasiado usadas, pego numa garrafa de cerveja prostrada no chão. Olho para ela e de seguida para a parede. Segundos depois os estilhaços do vidro percorreram o quarto, a parede continua intacta e eu com a respiração ofegante, com a frustração nos meus olhos, giro sobre o eixo imaginário do meu corpo, percorro com os olhos todas as paredes. Tudo vazio, tal como me deixaram. Cuspo no chão, fecho a porta atrás de mim, deixo a caixa de cartão abandonada, - talvez a merda dos diplomas e das menções honrosas dê mais jeito a outra pessoa do que me deu a mim. Desço as escadas. Reparo que ao entrar no hall vários conhecidos, com as suas familias, me cumprimentam com pequenos acenos com a cabeça. Olho. Sorrio. E retribuo o pequeno cumprimento. Atiro as chaves para cima da secretaria. Saío pelas portas principais do dormitório, coloco os óculos de sol, percorro o campus, abro o carro, ligo o motor e... e finalmente estou na estrada. Sem destino, não sei se morro ou se vivo, mas a verdade não me foi dada e por isso, nada disto vale a pena. Liberdade, á distância da verdade. Talvez fosse assim que estava destinado a ser, a verdade não foi dita, porque sem ela a liberdade seria inalcançável!

Monday, August 11, 2008

A perfeição

E se nos fossemos embora? Poderiamos deixar tudo isto para trás, todas estas mentiras, que um dia foram verdades encurraladas nas escabrosas paredes de betão que nos rodeiam por todos os lados. E se fossemos livres para voar, para planar na altitute tal como as gaivotas que pairam diante de mim, voariamos? Ou continuariamos a viver que nem os pombos que se passeiam pelo chão, sem rumo, desorganizados, caoticamente desorganizados, mentalmente mortos e há muito sem vida. Sim, sem vida, totalmente despromovidos de vida, termos o céu a abatar.se sobre a nossa cabeça e não podermos voar quando temos asas é patético, tal como as nossas vidas. Do mesmo modo, também nós. Só porque respiras não significa que estejas a viver, muito provavelmente estás morto, és apenas um cadaver que respira. A sério, vamo-nos embora?

Não te faço esta pergunta, porque sei que nunca terias a força necessária para agir pelos teus próprios instintos, já os perdes-tes e duvido que algum dia os voltes a recuperar. Estás morta na tua imbecibilidade, adormecida pelo desmaio temporário que a televisão te dá, reduzida pelo tabaco que consomes, corroída pela vida fantasiosa que vives. Dizes-te superior, com uma forte personalidade, mas a verdade é que com simples palavras te arrebatei, reduzi-te a nada, faço de ti o que quiser, obedeces e deixo-te ter as tuas pequenas liberdades, de forma a te controlar sem dares por isso. Onde está a tua altivez?, furei o teu balão com um alfinete e ele explodiu, caíu, perdeu-se. Mas isso eu não te consigo fazer, não te consigo fazer agir pelos instintos, seres outra vez tu, descobrires o lado mais selvagem e loucamente irracional que há em ti. Não consigo, porque morres.te para a vida e isso nem eu te consigo fazer ressuscitar. Só tu te podes salvar, eu sou impotente neste aspecto.

As nuvens pairam altas no céu, gigantesco, na sua imensidão parece que se abate sobre as nossas cabeças, sentimo-nos esmagados. Por fim, parto e deixo-te para trás, porque quando eu voar tu estarás a passear imbecilmente pelo chão, eu serei livre e tu estarás absorta nessa droga doentia em que se tornou a tua vida. Só porque respiras não significa que estejas viva.

Saturday, August 02, 2008

Pensamentos

Não ando definitivamente nos meus dias. Aprendi com uma frase escrita num muro de Paris em 68, "Sê realista, exige o impossivel", e é isso que exigo a mim próprio todos os dias. O impossivel.
Necessito de algum livro que me acalente o espirito, tem sido dificil encontra.lo nestes últimos tempos, a falta de perguntas preocupa-me mais do que a falta evidente de respostas.
As vidas de plástico que vivemos é demasiado visivel, os sorrisos, as casas, os objectos, tudo de plástico, tudo verdadeiro, tudo falso.
Como podemos nós estarmos zangados com a sociedade, se não estivermos zangados connosco, nós somos a sociedade. O mal que existe não é fruto da sociedade, mas sim fruto das nossas consciências apodrecidas.
O ódio é um privilégio. Movidos pelo ódio conseguimos fazer aquilo que nunca pensamos ser capazes de ter coragem de fazer, o ódio não é mau, é um dom. Toda a pessoa priviligiada é corrompida e acaba por se auto-destruir.
A verdadeira felicidade de viver não vem das relações com outras pessoas, vem sim da procura e da descoberta da aventura que a vida é, na qual se englobam essas relações. Seria muito limitativo atribuir toda a felicidade ás relações que temos com outros, seria uma visão deturpada.

Wednesday, July 16, 2008

Monday, July 07, 2008

Coisas de Verão (normalidade)

Metade do meu mundo está a explodir de felicidade, a outra metade está a morrer lentamente. Nada a que não esteja habituado.

p.s.- tirei 20 no exame nacional de geografia, a put@ da stora deu-me 14 no final do ano. Merecia que lhe riscasse o carro com um enorme 20.

Friday, July 04, 2008

Sentidos imorais

Deixas-me absorto, perdido num lugar mental distante, momentaneamente não sei onde estou. Entorpecido, os pensamentos passam devagar um a um, consigo visiona.los á minha frente. Os obejctos deformam-se, o corpo fica parado e morto, não consigo falar, sou controlado por impulsos, estimulos que me deixam fora de mim. Perco a noção da realidade, esta distorce-se e por fim liberto-me, deixo de ser um escravo como todos á minha volta que apesar de estarem na sua consciência estão mais absortos do que alguma vez fiquei com isto. Estendido no chão fixo o tecto, as imagens são projectadas do cortex cerebral directamente para a tela gigante que me esmaga mesmo por cima do meu corpo. São escravos, do tempo, do dinheiro, das obrigações, da filha da puta da moralidade que é o maior entrave ao livre espirito da liberdade. Conseguem ser ridiculos, estão mais abortos e adormecidos que eu e estão sóbrios. Deêm-lhe dois relógios e já nem sabem que horas são, diz que enquanto o ponteiro pequeno não avançar mais cinco números não recebem dinheiro. E a moralidade, falsos!, falam de moralidade essas criaturas. Quando nem se aparcebem que tudo o que fazemos é baseado na procura de prazer, diz a um desses moralistas para fazer algo moral que não envolva a procura de prazer e verás a resposta dele.

O copo caí, o alcool escorre pelo chão, espalha-se e provoca uma poça que macabramente se assemelha a uma poça de sangue. Será este um presságio?, que diferença faria se apontasse uma pistola á cabeça e deixasse que o chumbo quente me percorre.se toda a massa cinzenta. Que diferença faria? Nem nisso iriam reparar se fosse á sua frente, quanto mais um estrondo distante que provem de um quarto. A janela aberta deixa entrar o som de chuva que caí do céu, consigo ouvir as businas dos carros, as businas de todos esses idiotas que perdem tempo de vida fechados em latrinas, seguindo todos o mesmo caminho, que nem carneiros. A chuva lá fora mistura-se com as imagens de memórias não vividas projectadas, não me consigo mexer, o corpo está sem forças, assemelho-me a um cadaver não fosse as expressões faciais que ainda conseguia irradiar, se não fosse o cigarro que ia queimando todo o tabaco até ao filtro que se pendurava entre os meus dedos. A diferença enter a insanidade e a genialidade é separada por uma linha muito ténue. Todos os outros lá fora são demasiado formatados, demasiados distraidos com os seus desportos, com as suas rotinas, já nem no futuro aquelas tristes criaturas acreditam. São incapazes de pensar, e nem se interrogam o porquê de não conseguirem pensar, idiotas, escravos. Sim escravos, a única diferença que é o chicote dos nossos dias é mortal, ataca todos os dias, todos os segundos a partir do momento que acordas e nem te apercebes.


And They Obey

Smash down the cities.
Knock the walls to pieces.
Break the factories and cathedrals, warehouses
and homes
Into loose piles of stone and lumber and black
burnt wood:
You are the soldiers and we command you.

Build up the cities.
Set up the walls again.
Put together once more the factories and cathedrals,
warehouses and homes
Into buildings for life and labor:
You are workmen and citizens all: We
command you.

Friday, June 20, 2008

Falta um

Um exame já foi, não correu mal, podia ter corrido melhor contudo. Agora falta mais um, mais um fim.de.semana a estudar. Se não fossem os 3 meses que aí vêem.

Saturday, June 14, 2008

o Não!

O Não ganhou na Irlanda, foi um momento decisivo para os milhões de europeus, contudo foram poucos os que se aperceberam disso. Apesar de os irlandeses se terem guiados por motivos contrários aos que defendo, acabaram por ter um papel de extrema importância, para começar expressaram o que milhares de Europeus não puderam fazer. Este Tratado de Lisboa é um ultraje, penso que a U.E. deveria sentir vergonha pela forma como tratou a sua população no que toca ao tratado. Poucos europeus sabem o que o Tratado Lisboa é, ou o efeito que poderia ter tido nas suas vidas, e é exactamente isso que os senhores de Bruxelas querem, que fiquemos na ignorância, que deixemos as nossas vidas serem guiadas por eles, que percamos o pouco controlo que ja temos sobre a nossa vida.

Em todos os meios de comunicação social podemos ler e ver que o povo da irlanda foi tratado como ingénuo por ter ido na treta do Sein Fenn, por ter destruido o sonho de milhares de europeus, por ter estragado um novo amanhã. E ainda bem que o fizeram. Os meios de comunicação social estão ao serviço dos lobbys que controlam todas as principais aréas da vida e diga-se, que não lhes dava jeito nenhum dizer que a Irlanda fez o correcto que foi não-ratificar o Tratado de Lisboa. Um documento bom para as minorias que controlam os países, um autêntico pesadelo para 90% da população europeia.

O Tratado de Lisboa era o auge da burguesia neo-liberal da Europa e a consagração dos senhores de Bruxelas, bem se foderam. A burguesia neo-liberal esfregou as mãos quando o Tratado foi ratificado por todos os países, tiveram que ser os irlandeses a deterem esta frente. Em traços gerais, o pretendido pelo Tratado era transformar a Europa num continente federalista, se um país inicia-se uma guerra contra o país X, todos os outros países da Europa teriam que ir, mesmo que isso não faça parte das contas do seu rosário. O pretendido era a construcção de um continente dos privados, em que o ensino, a saúde e obras públicas fossem vendidas a privados, de forma a que o Estado não tivesse que pagar contas a ninguém. Se havia algum problema isso não era da sua responsabilidade, mas sim dos privados, que contudo mais não são que cargos a serem ocupados futuramente pelos ministros de agora. Eles não querem é prestar contas a ninguém. É melhor demolir 5 hospitais públicos e construír um privado, e então as pessoas que não têm recursos para ir a este hospital, que cobra preços ao seu prazer, e o que vão estas pessoas fazer? Vão morrer?, vão-se transformar em dados nos números de óbitos? Que lhes interessa se é um dos melhores hospitais da Europa, se não têm possibilidades para pagar os serviços prestados. O mesmo acontece com as escolas.

O Tratado promoveria um continente mais corrupto, com maior tráfico de influências, com os ricos a serem cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. É isto que eles querem, foi por isto que a burguesia neo-liberal esfregou as mãos, eles poderiam abusar das horas extraordinárias como bens lhes apetecesse, podiam baixar os salários e podiam aplicar o tão famoso simplex. Foi uma bofetada de luva branca nesses empresários/industriais gananciosos desta Europa, que a querem aproximar mais aos irmãos americanos, foi uma bofetada nos senhores da linda gravata de Bruxelas que perceberam que não podem fazer aquilo que querem. Já se fala que o Durão está a tentar convencer o presidente irlandês a ratificar o protocolo e a ignorar a voz dos cidadãos, apesar de ser inconstitucional É esta a vossa Europa, felizmente não deixaremos que esta corja tome conta das nossas vidas, não deixaremos que os efeitos preversos da globalização lancem para a miséria milhares de trabalhadores, ao serem explorados, que não recebem o suficiente para puderem serem atendidos nos centros médicos de 5*, queriam formar duas Europas, a dos ricos e a dos pobres, das elites e do povo. Bem se foderam, nunca duvidem da força do povo, porque vocês precisam de nós para viver, nós não precisamos de vocês para vivermos as nossas vidas.

Obrigado Irlanda!

Sunday, May 25, 2008

Realidades


Be realistic - demand the impossible"- artista desconhecido, pintado nas ruas de Paris, durante o Maio de 68

Friday, May 23, 2008

Update

Ando-me a matar aos bocados, deitei-me eram 4.30 da manhã, adormeci passado meia hora e acordei as 8. Resultado, dormi umas três horas, se isso. São 11 e um quarto, ainda estou a respirar o que é bom.

Leio de semana a semana a auto-biografia do Marthin Luther King, era uma figura interessante, apesar do seu catolicismo me enervar um bocado, era demasiado fervoroso nos ideais. Faltam 3 semanas para acabarem as aulas, desculpem o facto de não ter paciência para escrever algo mais interessante, mas não dá. Continuo vidrado na vida de Chris MacCandless, se for assim que se escreve. Excelente filme que retrata uma vida fantástica.

Wednesday, May 21, 2008

Into the wild

Pequena homenagem a um dos filmes que mais me marcaram. Into the Wild conta com a participação de Eddie Vadder na banda sonora, melhor trabalho não podia ter feito. Prometo contar mais, quando for mais o tempo, até lá aconselho vivamente a verem o filme.


Friday, May 02, 2008

ah? oi?

trBem, se a minha frustração era muita no Domingo, hoje triplicou ao quadrado. Se há coisa mais gira na vida para além da escola, eu neste momento não consigo encontrar. Hoje o dia foi especialmente espectacular, ontem deitei-me era perto da 1 a estudar matemática, acordo ás 8, para quê? Ora para estudar matemática, pois claro. A piece de resistance de tudo isto, o teste foi adiado para terça. Se vou gostar de tanto de trabalhar, como tenho apreciado o trabalho meritório que é estudar, então mal posso esperar por me empregar no mundo do trabalho.

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Tenho dois testes, 4 trabalhos para fazer numa semana. Querem ter uma vida mais interessante, que a minha? Temo que seja impossivel....

Sunday, April 27, 2008

Motivação

Este ano vou ter exames, tenho uma vontade de merda de os fazer. Esta semana tenho dois testes, não tenho vontade de estudar. Não tenho vontade de ir para aquela merda todos os dias durante 10 meses da minha vida. Há coisas bem mais importantes que a escola e os estudos, existem activismo, consciência própria e conhecimento pessoal, isto não se aprende na escola. O que me dá cabo da cabeça é que apesar de ter uma média boa o curso que quero tem a fantástica quantidade de 40 vagas/ano, o que não deixa de ser merdoso, visto que não me apetece ficar um ano a pastar. Isto de tanta frustração é o resultado de quê?, de ter ficado acordado até há uma da manhã a estudar Descartes e o outro inglês, um tal de Hume, e depois a stora me dizer que tirei a bela nota que tirei, nem ponho em questão os criterios de correcção, por falta de estudo, ahh fodasse...

Sunday, April 06, 2008

10+8= 18, acho eu

Boas noites, sou o escritor deste blog também conhecido no meio da sociedade por João Fernandes. Parto da lógica que 16+1 sejam 17 e portanto hoje parto dessa mesma lógica para chegar á brilhante conclusão que hoje vão 18. Número grande para muita gente, não para mim, diz-me tanto como qualquer outro aniversário, que acreditem, me diz bastante. É bom, sentimo-nos bem, felizmente não sinto o peso dos anos, mas sinto os dias a passarem por mim. A vida de um individuo de 18 anos poderia ser sempre mais interessante, mas como é óbvio também poderia ser sempre pior. Felizmente, não tenho que me queixar.

Saturday, March 29, 2008

O Principe Anarquista

Piotr Kropotkine, também conhecido ent como o "Principe Anarquista", no seu livro "A moral anarquista" faz um estudo profundo sobre a moralidade humana, o que nos move, o que faz ser aquilo que somos no que toca a relacionamentos com a sociedade. Falando em palavras como solidariedade, ideais por um mundo melhor, a procura de prazer próprio, o bem e o mal como produtos da natureza, Kroptkine apresenta uma obra prima.

É um livro escrito por um anarquista para o mundo, abre a quem quer que seja, - desde que esteja disposto a tal -, novas visões sobre a sociedade e o modo como nos tratamos. Tendo como capa de fundo de todo o livro a igualidade apresenta um estudo fascinante, que nos move e toca nos nossos sentimentos mais profundos. Graças a este livro percebo agora, tal como Theodore Kaczinsky já o tinha escrito no seu manifesto que o maior erro que se pode cometer é culpar a sociedade seja pelo que for, a sociedade não pode ser culpada visto que não é mais do que o aglomerado de todos nós. É a nossa imagem, se a vemos como injusta, é porque somos injustos uns para com os outros. É deste modo que nos são abertas as portas á percepção da realidade, de uma vida que deveria de ser vivida baseada na solidariadade mútua, mas que infelizmente não o é, talvez seja por esse mesmo motivo que somos a única espécie que se auto-destroi.

Wednesday, March 26, 2008

Ensaio, parte 1

Acordei hoje a prescrutar os cantos da janela grelhada pelo ferro, meio sonâmbulo, ainda adormecido, em estado de semi-consciência. Sentia o corpo entorpecido pelo despertar matutino, como gostaria de ter sentido o raiar do solo a bater no rosto. Á medida que despertava começava a ganhar o sentido de onde estava, porém continuava a não saber como lá tinha chegado na noite anterior. Ainda sentia as nauseas, detectava-se facilmente o hálito a alcool e aquele sofá, naquele momento dava-me todo o conforto que poderia pedir.

Uma beata de cigarro estava num dos cantos do cinzeiro, pedia que fosse novamente acesa de forma a ser consumida até á restia do filtro. A lareira permanecia acessa, - deveria de ter dormido pouco, umas duas horas, - o televisor emitia um daqueles programas publicitários próprios de horários tardios. Estava gordo, conseguia sentir o peso da barriga sobre a coluna, camisa de fora das calças, com algumas manchas de comida, as calças emarrutadas e com a fivela do cinto solta, a gravata tentava-se desprender do colarinho amarelo da camisa. A cara feia, com barba por fazer, o cabelo seboso a pender-lhe para os lados da cabeça, podia ser facilmente confundido com qualquer outro rosto da multidão, - a verdade é que o mundo dos sebosos está em crescente. A casa reflectia a sua imagem, as paredes, outrora de tinta branca eram agora algo amareladas, os moveis cheios de livros que ele nunca leu estavam carregados de pó, a banca da cozinha era um lugar propicio para se ser contaminado com qualquer doença infecciosa. Resumindo de forma sucinta, todo o apartamento era um lugar propicio para se apanhar alguma doença infecciosa.

Saturday, March 22, 2008

Sonâmbulo

Depois de uma viagem de 17 horas, de ter dormido umas 12 horas ainda me parece que estou a dormir á dois dias seguidos, viagens de camioneta que durem mais de 4 horas, nunca mais!

Sunday, February 17, 2008

Hipocrisia assassina


Hoje, por volta das 3 horas da tarde foi declarada a independência do Kosovo, num acto que consistiu numa das maiores farsas e hipocrisias dos últimos anos de história. O Kosovo foi declarado um estado unilateralmente, os Sérvios juntamente com Moscovo tentam fazer algo para que a situação possa mudar, mas o cinismo e a hipocrisia da ONU, UE e dos próprios Estados Unidos impede. O Kosovo só se declarou independente, porque tem nas costas a administração norte-americana e este facto não passou de mais um, dos muitos, actos que visam a destituição da nação sérvia, antiga aliada da gigantesca URSS. É mais um rude golpe de desrespeito por um país pela parte americana, tudo isto não foi mais que uma tentativa de destabilização da zona mais vulnerável na Europa de forma a abalar a estabilidade politico-económica da região.


Apesar disso este foi a chama no rastilho que poderá estar prestes a rebentar, País Bascos, Flandres, Servos-bósnios, turcos-cipriotas e a Corsegá poderão ser os próximos povos/regiões da Europa a proclamarem uma via unilateral de independência. É uma prova que a UE acaba por se enterrar cada vez que alinha com o seu irmão atlântico e não se apercebe das suas jogadas.


Os sérvios são neste momento um povo que está a ser vitima dos erros infortunios do passado, o que era outrora um país imperealistas, hoje não é mais senão um punhado de estados párias, divididos e impossiveis de se auto-sustentarem, - excepção para o caso Croata -. Defendo a independência e liberdade de povos que foram realmente vítimas das atrocidades de Milosevic, como a Croácia, Bósnia e Montenegro. O caso do Kosovo é totalmente diferente. A guerra servo-kosovar não começou pelo lado servio, por volta de 1995 a administração Clinton enviou para o Kosovo membros do Hezzbolah para combater os sérvios, ao movimento independentista kosovar, o PKL foram-lhes fornecidas armas e dadas ordens para começarem uma intifada contra os servos. Obviamente que isto agradou ao povo kosovar, a partir daqui a história já é conhecida, o kosovo foi devastado pelo exercito sérvio, tal como já tinha sido a Bósnia.


E é também neste mesmo ponto que reside a história não contada: a ONU reuniu de emergência, os E.U.A. fizeram questão de serem eles a liderar a ofensiva "humanitária" contra a Sérvia. Este´país foi arrasado, bombardeado e houve mais um daqueles genocidios que não são contados por ninguém. O número de civis servos mortos é desconhecido, o país é um enorme amontoado de ruinas e finalmente a intervenção humanitária, que pôs fim a mais de um milhão de vitimas de origem servia. Este é um caso de agressão pura, que deveria de ter sido condenado pelo tribunal de Haia e Bil Clinton deveria ter-se sentado ao lado de Milosevic, mas assim não aconteceu, porque matar um milhão de servos e matar um milhão de kosovares/bósnios/croatas é totalmente diferente. Falsos truísmos.


Os E.U.A. poderiam ter optado pela intervenção diplomática, a ONU enviar para o território forças de manutenção de paz durante o conflito e não passados alguns anos. Hoje a Servia é a vitima de um abuso, de um verdadeiro desmembramento unilateral. Não condeno o Kosovo por esta atitude, o Kosovo é uma marioneta na esfera de influência americana, a hipocrisia americana falou mais alto e saíu impune, o verdadeiro motivo que era abalar a estabilidade económica da Europa não é reconhecida pelos circulos intelectuais, foi uma cuspidela na cara da Rússia e foi mais uma demonstração da hipocrisia assassina da UE/USA.

Saturday, February 16, 2008

Ironias

Tenho uma cama nova, de casal. Um dos momentos mais irónicos da minha vida.
Tenho uma nova estante para por todo o amontoado do livros que tinha espalhados pelo quarto, quando os pus na nova estante vi que não tinha assim tantos livros.

Sunday, February 03, 2008

Capitulo 0

Steve Harris; Tim McIlrath; Zach de la Rocha; Carlo Giuliani; "Mumia" Abdul Jammar; Ernesto "Che" Guevara; Mestre Bimba; George Orwell; Aldus Huxley; Dr. Martin Luther King; Malcom X; Noam Chomsky e "The Unabomber" Dr. Theodore Kaczynski, todas estas figuras são pessoas que eu admiro de uma ou de outra , mais especial ou menos, mais todas merecem um certo respeito no meu coração ou pelos actos que fizeram, ou pelas injustiças que sofreram, mas a verdade é que as admiro a todas. Assim os próximos textos irão ser dedicados a estas figuras...

Sunday, January 20, 2008

Conhecimento

"Não respondas a um tolo consoante a sua tolice, para que não sejas como ele. Responde a um tole consoante a sua tolice, para que se considere um sábio" - George Orwell

Wednesday, January 16, 2008

Ponto final, parágrafo

Eu ainda me pergunto se alguém tem sanidade mental, eu a pensar que a minha estava presa apenas por um fio muito fino, afinal sou bem mais são que muita gente. Eu durante dois dias desisti de comentar, porque isto não ia levar a lado nenhum, qual é a minha surpresa que quando me retiro de cena ainda entram mais actores e esta comédia atinge proporções absolutamente insanas. Isto começou não por culpa minha e portanto eu não tenho poder para terminar, quem o começou que o termine. Tinha uma solução lógica, apagar os comentários todos, mas a verdade é que ter umas 100 visitas a cada dia até se torna engraçado. Contudo, o que é demais cansa e eu já estou farto de ver isto a andar numa discussãozinha de putos.

Eu que nada quero com atenções e holofotes apontados á minha cabeça, correram ao meu encontro certas criaturas que queriam qualquer coisa, talvez atenção da minha parte, ou qualquer coisa parecida. A verdade é que realmente eu não sou nenhum génio, mas quando se pergunta se alguém sabe inglês e ninguém responde torna-se lógico que tive que levantar o braço. O Joana, começas-te com esta guerrinha não sei porquê, se fosses tão adulta como dizes que és, ignoravas-me, tal como eu faço a qualquer critica da vossa parte e não vinhas para aqui ofender-me. Parece que o facto de não saber o nome de uma cidade te magoa muito, azar, mete-te na tua vidinha e que eu cá continuo a dizer mal o nome do raio da cidade.

No meio de tantos homens e mulheres, assim se dizem, a verdade sou eu o único que já tive o descernimento para vir aqui falar abertamente com o nome exposto e não por detrás de nicks de merda. Eu não sei o que procuras, querias os teus dez minutos de fama? Já os tives-te. Não percebo essa cambada que vem para aqui com retóricas, têm a mania que são intelectuais, que leram muitos livros, o que eu acredito, mas isso não vos dá o direito de tomarem os outros como sendo menos importantes, porque não estão no vosso pedestral, estão ao mesmo nível que os outros, portanto essa arrogância barata que demonstram mais vos vale livrarem-se dela que não vos leva a lado nenhum. Porque a inteligência de uma pessoa não se vê pelas notas, ou pela quantidade astronómica de livros que já leram, trata-se sim dos ideais de vida, das experiências de vida que os livros, por si só, não vos vão dar.

Isto é uma falsa questão de pseudo-intelectuais, e de chicos-espertos que se acham melhor que os outros, que vêm para aqui picar para terem as atenções viradas para as suas pequeninas cabecinhas. Porque se eu escrevo tão mal e sois tão grandes, porque insistem em vir sempre até cá? "Pela boca morreu o peixe", disse um dia alguém mais sábio do que qualquer um de nós, e têm caído sistemáticamente nesse erro. Porque se pensas agir muito dignamente, não o ages, estás ao nivel daqueles que caíem em cima de ti, porque não resistes a mostrar mais um pouco da tua sabedoria, ou lá o que é.

É a falsa questão de dizeres que eu gozo com as pessoas e tu vens atacar atrás de um ecrã, se tens tanto contra a minha forma de ser e queres ganhar alguma razão diz-me isso na cara, porque atrás deste escudo todos somos uns grandes heroís. Eu por outro lado não tenho nada para te dizer na cara, porque quanto mais tempo aqui estiveres e te ocupares com o meu trabalho, sei que terei visitas, invariavelmente o blog irá ser conhecido e tua acabas por não ganhar nada com isso, apenas mostrares que dás importância a quem dizes não dar.

Eu até posso ser arrogante, ou convencido, ou a merda que vos apetecer chamar, a verdade é que, ao contrário de ti, não quero saber, não dou importância e desculpem o termo, estou a cagar para o que pensam ou dizem, porque não esperem uma outra resposta dessa envergadura, porque tou farto de pseudo-intelectuais, com uma arrogância ao estilo americano descaido da realidade, que pensam ser superior aos outros por terem lido uns 100 livros ou por terem tirado melhores notas a isto ou áquilo. , criancinhas de colo que pensam ser gente a minha paciência esgotou-se

Friday, January 11, 2008

Sem deuses, sem amos, livres...



The first revolt is against the supreme tyranny of theology, of the phantom of God. As long as we have a master in heaven, we will be slaves on earth. by: Mikhail Bakunin

Thursday, January 10, 2008

Obrigado, fizes-te renascer o blog

Ultimamente invadiram-me o blog, caiem em cima de mim como chacais á procura de algum osso onde possam rilhar e ter mais um pouco de carne. Mas a verdade é que não vão encontrar nada, não sei quem são tais criaturas, nem quero saber, porque sinceramente não me interessam. Acho irónico criticarem-me, quando nem sequer me conhecem, sou criticado por ser anarquista, por escrever da forma que escrevo, gostam de me criticar, escondidos por detrás de um nick ranhoso como achando que têm piada. Se sou assim tamanha besta, ainda não percebi porque dispensas o teu tempo comigo, afinal não sou assim tão grande besta.

Outra coisa, eu acho que quando não se está por dentro dos casos e se não se conhecem os factos não se deve falar, mas tu continuas a faze-lo e cais constantemente no mesmo erro. Antes de mais tu nem me conheces para vires para aqui com essa retórica barata. Apago-te os posts porque quem aqui vem não tem que levar com a tua retórica, não chores pelos posts que te apaguei e não te faças de vitima, coisa que pareces fazer muito bem.

O melhor, caís-te num erro primário, amigo quando aqui me vens ofender, não me prejudicas em nada, apenas dás mais visitas e mais exposição ao blog e desde já te agradeço por fazeres promoção ao meu produto, ( isto pareceu demasiado capitalista? provavelmente sim... ) Claro está, tu vês aquilo que queres, o bom não vês porque não te agrada, ou simplesmente não te convêm. Meu caro amigo ao que tu dizes faço eu ouvidos de mercador e sigo a minha vidinha, ao contrário de ti, porque se eu fosse ao teu blog e se te insulta-se tu provavelmente desancavas em mim o mais vasto rol de palavrões de que dispões. Não sejamos unilaterais e vejamos as coisas dos dois lados.

Tu, sejas lá quem fores, dizes que eu não sou ninguém para ofender o Eça, nem o Camões, nem muito menos uma professora de dizeres fascistas. Tal como dizes que eu sou um parvalhão e por ai fora, eu respeito-te tens a tua opinião, portanto se és tão grande admirador desses escritores e provavelmente de máquinas de controlo mental, que te bloqueiam a mente a cada hora que passas enfiado numa sala de aula, chamados stores, aceita a critica tal como o faço.

Um bem haja a tua felicidade, que nos últimos tempos parece ter sido afectada pela minha pessoa e mais uma vez peço-te desculpa por escrever ( uma ideia se não gostas do que escrevo, porque continuas a vir até cá? ). Identifica-te sê um homenzinho, respeita-me tal como te respeito a ti e tal vez possa voltar a falar contigo, até lá toma isto como um ponto final.

Wednesday, January 09, 2008

Que paciência...

LOOOOL! disse...
LOOOOL!"Palavra do dia: Fodasse!"Isto é
deveras engraçado. Para além de usar mais calão que um bronco nortenho (sem
ofensa para aqueles que o são), ainda o escreve com erros ortográficos. Fodasse
não existe, quando muito fodesse; mas o que creio que queres dizer é FODA-SE!
Pronto lá está: "Quem não sabe é como quem não vê!"
1/09/2008 12:18 PM

Antes demais peço desculpa a quem for o Loool, nome tão original miudo. Pah está claro que se não és Deus muito provavelmente és o seu filho, a ti eu te venero Jesus da eterna razao e que tudo sabe. Sim porque criticar um gajo com criticas destructivas é sempre o máximo, especialmente no blog dele, grande vergonha que deve ter passado. Pah se queres saber cago de alto para ti,- lá estou eu com o meu calão de um bronco nortenho, sou mesmo assim -, porque criticar alguém quando não se tem nada mais interessante para se fazer na vida do que corrigir um palavrão torna-se triste, não que o sejas, longe disso.

Apenas te acho engraçado de uma forma patética, agora fico á espera que leias este texto e fiques á espera de encontrar mais um erro para me enxovalhares publicamente, vou passar uma vergonha!Se fosse conhecido dizia que eras o Pacheco Pereira. Quando a puberdade passar, vais ver que isso tem cura...