Saturday, March 29, 2008

O Principe Anarquista

Piotr Kropotkine, também conhecido ent como o "Principe Anarquista", no seu livro "A moral anarquista" faz um estudo profundo sobre a moralidade humana, o que nos move, o que faz ser aquilo que somos no que toca a relacionamentos com a sociedade. Falando em palavras como solidariedade, ideais por um mundo melhor, a procura de prazer próprio, o bem e o mal como produtos da natureza, Kroptkine apresenta uma obra prima.

É um livro escrito por um anarquista para o mundo, abre a quem quer que seja, - desde que esteja disposto a tal -, novas visões sobre a sociedade e o modo como nos tratamos. Tendo como capa de fundo de todo o livro a igualidade apresenta um estudo fascinante, que nos move e toca nos nossos sentimentos mais profundos. Graças a este livro percebo agora, tal como Theodore Kaczinsky já o tinha escrito no seu manifesto que o maior erro que se pode cometer é culpar a sociedade seja pelo que for, a sociedade não pode ser culpada visto que não é mais do que o aglomerado de todos nós. É a nossa imagem, se a vemos como injusta, é porque somos injustos uns para com os outros. É deste modo que nos são abertas as portas á percepção da realidade, de uma vida que deveria de ser vivida baseada na solidariadade mútua, mas que infelizmente não o é, talvez seja por esse mesmo motivo que somos a única espécie que se auto-destroi.

Wednesday, March 26, 2008

Ensaio, parte 1

Acordei hoje a prescrutar os cantos da janela grelhada pelo ferro, meio sonâmbulo, ainda adormecido, em estado de semi-consciência. Sentia o corpo entorpecido pelo despertar matutino, como gostaria de ter sentido o raiar do solo a bater no rosto. Á medida que despertava começava a ganhar o sentido de onde estava, porém continuava a não saber como lá tinha chegado na noite anterior. Ainda sentia as nauseas, detectava-se facilmente o hálito a alcool e aquele sofá, naquele momento dava-me todo o conforto que poderia pedir.

Uma beata de cigarro estava num dos cantos do cinzeiro, pedia que fosse novamente acesa de forma a ser consumida até á restia do filtro. A lareira permanecia acessa, - deveria de ter dormido pouco, umas duas horas, - o televisor emitia um daqueles programas publicitários próprios de horários tardios. Estava gordo, conseguia sentir o peso da barriga sobre a coluna, camisa de fora das calças, com algumas manchas de comida, as calças emarrutadas e com a fivela do cinto solta, a gravata tentava-se desprender do colarinho amarelo da camisa. A cara feia, com barba por fazer, o cabelo seboso a pender-lhe para os lados da cabeça, podia ser facilmente confundido com qualquer outro rosto da multidão, - a verdade é que o mundo dos sebosos está em crescente. A casa reflectia a sua imagem, as paredes, outrora de tinta branca eram agora algo amareladas, os moveis cheios de livros que ele nunca leu estavam carregados de pó, a banca da cozinha era um lugar propicio para se ser contaminado com qualquer doença infecciosa. Resumindo de forma sucinta, todo o apartamento era um lugar propicio para se apanhar alguma doença infecciosa.

Saturday, March 22, 2008

Sonâmbulo

Depois de uma viagem de 17 horas, de ter dormido umas 12 horas ainda me parece que estou a dormir á dois dias seguidos, viagens de camioneta que durem mais de 4 horas, nunca mais!