Saturday, December 30, 2006

Último do ano

" Se os factos não se encaixam na teoria, muda os factos" - Albert Einstein


Último texto do ano, deve ser o quinquagésimo e muitos deste blog. 5 meses de actividade, meses em que não me cansei de escrever e que pensei sempre qual seria um bom tema para transpor para texto. Os textos aqui públicados são cinquenta e tais, agora aqueles escritos e que foram apagados são centenas, aqueles que escrevi e já perdi paredeiro deles são verdadeiramente incontáveis. Este foi um ano de escrita, escrevi que me fartei, sempre á procura do caminho que me levasse ao próximo degrau da escrita, de modo a ir melhorando. Durante boa parte pensei que estava no meu pico da escrita, pensava que escrevia com uma qualidade do caraças. Ontem li uma data de textos, aqueles presos no caderno de capa preta, - que já aqui falei -, contudo, agora olho para aqueles textos e consigo ver que eram fracos, fluia-me bem e talvez de mais fácil leitura do que agora, mas os textos não tinham grande estrutura. Era na época das férias, dei por mim a ler Lobo Antunes, e penso que todos nós sabemos quando somos influênciados por um génio e nós não o somos. Vai dar a uns textos sem grande sentido, digamos.

Agora estamos a dois dias de um novo ano, ano novo uma treta! Afinal não é apenas o passar de mais um dia? Pois, bem me parecia que sim. Mas, claro que desde que se faça uma festa, seja feriado mundial, por mim tudo bem. Compra-se mais meia dúzia de bolos, os irmãos que estavam na Suíça aproveitam e passam cá mais uns dias e matam saudades da familia. Os foguetes rebetam quando finalmente o contador mostar o número 0 e todos nós fazemos uma grande festa, porque um ano acabou e outr está prestes a começar. Diz-se que é vida nova, tudo porque passou mais um dia, ou melhor, passaram-se 365 dias. Normalmente a vida muda, não porque se passaram tantos dias, mas muda porque nós algo fizemos para ela mudar. É inevitável a vida ter que mudar, se não mudar é porque somos ermitas e vivemos no nosso mundo em que estamos sozinhos e livres de qualquer contacto humano. Como eu parto do principio que qualquer pessoa que leia isto seja despromovida de qualquer atrofio cerebral, exclúo essa possibilidade.

Então torna-se lógico que a vida vai ter que mudar, a cada dia que passa a vida muda. Damos demasiada importância á mudança de ano, á mudança de vida, sempre na procura inglória de um novo ano cheio de surpresas e felicidades, mas óbvio que não pode assim ser. Não faço previsões para o novo ano, não faço planos e também não serei eu a fazer retroespéctivas do ano que agora acaba. Foi o ano de 2006, nunca mais haverá outro igual, parece-me sensato de dizer.

Wednesday, December 27, 2006

Sonhos de areia


Sonhos construídos em areia. Por mais fortes que estes sonhos sejam, algum gajo mais velho vai pisar-te o sonho e rir, enquanto pede desculpa sarcásticamente. Conclusão: o sonho foi destruído, podes voltar a construí-lo, mas de certo virá uma onda do oceano e irá destruí-lo outra vez. Tu escolhes, podes ir embora ou voltar a construir o sonho, como medida de precaução, escava um fosso á volta do sonho, ainda mais longe construir um pequeno muro que impessa a água de o destruir de novo. Se preferires coloca pedaços de vidro espetados na areia em redor para não vir nenhum bronco esmagar-te o castelo.

Hoje deu-me para isto, o que se há-de fazer, viver numa cidade torna-nos uns seres humanamente estranhos.

Thursday, December 21, 2006

Aqueles que os pensamentos pertencem

Introducção
Ando há vários dias a tentar encontrar dois livros, vou a shoppings e dizem-me que só o mais próximo é que o tem. Dirijo-me a esse outro centro comercial e diz que também não tem, frustrante. Quero ler Aldous Huxley ou George Orwell mas não há em lado nenhum, acho que vou ter que me aguentar com o Humberto Eco, não que não goste dele, mas sempre preferia um dos outros dois. Tento encontrar livros antigos e não arranjo, acontece o mesmo com o cd´s antigos e não há nada para ninguém, é a maior frustração.

Cheguei à estação terminal, Porto São-Bento anúncia a voz metalica e automatizada do comboio, volta a implorar que voltemos sempre e aos empurrões vamos todos saíndo do comboio. A estação continua como sempre, cinzenta, com os mesmos mendigos aos cantos envoltos em cobertures deitados nos seus respectivos bancos. Se não são sempre o mesmo parecem ser, deve ser por não lhes dar grande atenção. Vou caminhando desviando-me das pessoas, levo um ou outro encontos até chegar ao hall principal. Deve de ser o único lugar em condições daquela estação, com os azulejos alusivos á porrada que os Castelhanos levaram em Aljubarrota, há referência de Egas Moniz com a corda ao pescoço pedindo ao rei de Castela para que o enforque. No tecto, a gesso, está escrito DOVRV e BRAGA, ainda continua surpreendentemente branco mesmo devido a toda a poluição que por ali circula.
-Despacha-te que o comboio está a partir. - gritou uma gorda desconhecida para o ar provávelmente para o filho, este apareceu passados instantes a correr feito todo trapalhão. Enfim, as gentes do Porto nunca mais mudam, felizmente.

Desço os dois degraus em pedra da estação, o sol bate-me nos olhos com força, vou desviando o olhar, olho para o chão, também não ia ver nada de muito importante. Passo a correr aqueles paralelos um dia parecidos com pedra e volto a entrar numa estação, agora de metro. Está um frio de rachar na estação, gostava de saber quem foi a ave-rara que se lembrou em fazer tudo em pedra, não tenho que esperar o comboio electrico demora pouco tempo a chegar. Fui automáticamente para o lugar, sentei-me e fui olhando para quem estava á volta, nada de interessante duas mulheres de meia idade e quatro ciganos ao fundo da carruagem, malditos sejam fazem um barulho infernal. O metro começa a subir pelos carris acima, parece-se uma montanha russa em camâra lenta, muito lenta mesmo.

Depois do túnel a vista abre-se para o rio Douro, de um lado e do outro podemos ver aquela estrada de água que distância duas cidades, duas bonitas cidades diga-se. O mesmo rio que estava indicado no tecto da estação, DOVRV. O sol espalha-se por aquele espelho de água, ilumina as duas margens e eu em cima daquela estrutura negra ali a meio do rio, onde o carro eléctrico passa no segundo tabuleiro. Um cenário maravilhoso aquele, a água normalmente preta e suja dali de cima parece um espelho em que foi deitado pó de ouro dando-lhe aquela tonalidade dourada e tão mística. Finalmente o metro chega ao outro lado, á minha esquerda um quartel outrora um convento, que ironico pregavam ali a paz, agora incitam a guerra e as armas, tão elequente. Do outro lado do covento/quartel há um parque, tem uma enorme rocha no meio, trabalhada por um escultor qualquer, a relva está repleta de folhas castanhas e amarelas, podiam ter limpo mas eu também gosto muito mais assim. De novo o sol, ilumina as folhas já mortas, ao menos têm um final digno. O sol ilumina o chão do jardim, esquivando-se dos ramos afiados das árvores, ilumina até a última das folhas do chão se degradar e deixar de existir.

Saío na estação terminal de Gaia, atravesso a rua, ainda dei uma volta. Um funeral decorre numa igreja por detrás da grande superficie comercial. Mais uma vez engraçado, centenas de individuos felizes da vida a comprarem as últimas prendas de Natal e mesmo a cem metros, uma familia e mais umas quantas pessoas choram a morte de um ente querido. A vida é assim cheia de ironias, enquanto a vida assim for vou até aquele jardim a pé, vou-me sentar no grande rochedo e pensar. Pensar na vida, no que ela representa. Nas grandes curvas e malabarismos que a vida nos dá.

Chego ao jardim, sigo o ladrilho marcado no chão, aqui é pedra do outro lado é relva mal aparada com folhas secas de Outono. Chego até ao penedo, ali parado no meio, senhor de todos os bancos e folhas ou até de qualquer ser vivo que ouse lá entrar. Olho para ele e começo a subir pelas descrepâncias criadas pelo artista, chego até chegar ao topo, lá sento-me numa superficie plana de pedra, também esculpida cuidadosamente. Olho á minha volta, ninguém deve de ter visto. Volto a olhar, desta vez para o rio que desaguava na Foz, muito lá ao longe, continua perfeito visto daqui. Penso em qual é o sentido da vida, o que fazemos nós e também vejo á minha frente todos os anos da minha vida e penso: "Já se passaram tantos anos, nem dei por eles" e no entanto volta-me a vir á ideia: "Então lembra-te dos muitos mais que vêem de seguida, espero eu". Pergunto-me qual o sentido de tudo, baixo a cabeça e qual será o futuro destinado para mim? Bem que gostava de saber, gostava de saber as felicidades que a vida me proporcionará. E também gostava de saber quais as rasteiras que me vai pregar mesmo por baixo dos meus olhos e nem vou reparar.

Penso nos que cá estão, penso naqueles que já partiram, ouço aqueles que me são importantes, vejo aqueles que nunca saíram da minha cabeça, encontro o inexplicável, atinjo o que não posso atingir e falo com aqueles que quero estajam onde estiverem. Estão aqui, não estão, mas estão comigo esteja onde estiver, para onde eu for aqueles que eu quero acompanham-me e olham por mim, como eu penso neles. E o sol está a fugir por detrás da cortina de água dourada

Tuesday, December 19, 2006

Livro do mês - O Papalagui


Este é o livro do mês, o Papalagui. O quê? Estão á espera que vos faça um resumo do livro? Hoje não, estou cansado e parem de ser preguiçosos e comprem-no e leiam porque é de fácil leitura. Talvez, ainda edite isto e vos diga mesmo do que se trata este livro, com um nome tão esquisito ainda por cima! A sério, hoje não, hoje não me peçam para escrever. Hoje estou de rastos, deixem-me descançar.

Sunday, December 17, 2006

Buy Nothing Day

O International Buy Nothing Day ( INBD ) é um dia de protesto em que milhares de pessoas por todo o mundo marcham pelo mesmo objectivo, parar com o consumismo exercebado que a nossa sociedade é. Normalmente, este protesto decorre em cidades de países como os Estados Unidos e Canadá, mas ultimamente tem começado a ter um grande apoio também de cidades europeias que também protestam contra o materialismo, consumismo, etc. Como é obvio, este dia de protesto decorre uma vez a cada ano, e sempre no dia anterior ao de Acção de Graças ( E.U.A. e Canadá ), já na Europa este protesto é mais evidente nas semanas precedentes ao Natal, época em que o consumismo é levado ao extremo e que tantas vezes é uma ofensa para os países de terceiro mundo. Muitas vezes este dia é apelidado de "Sexta-Feira Negra", devido ao dia de Acção de Graças se celebrar sempre a um Sábado.

O "Buy Nothing Day", em português: "Dia sem compras", foi iniciado pelo artista canadiano, Ted Dave. O objectivo para além da clara negação ao consumismo e materialismo é um objectivo a longo prazo, não consiste em fazer-se uma marcha em protesto um dia por ano e está acabado. O BND é mais que isso, quem se afirma seguidor da ideia anti-consumo de Ted Dave tem por objectivo não comprar absolutamente nada pelo menos um dia por semana, de forma a quebrar aos poucos a corrente consumista em que estamos presos. Várias personalidades fazem referência a este dia, entre elas estão duas bandas punk: Chumbawamba e os Rise Against. Este movimento que eu tenha conhecimento ainda não chegou ás ruas de Portugal, eu mesmo só o conheci a partir do site oficial dos Rise Against, contudo é impossivel negar o impacto que este movimento vai tentando ter e a sua importância, a este movimento estão também ligadas importantes organizações como a Peta e está ligada a alguns membros da organização Greenpeace e Sick Of It All . Conta também com uma forte influencia da corrente artistica, como é o exemplo das duas bandas acima demonstradas, seja de que forma for tem por objectivo dar motivos para as pessoas pararem e pensarem se devem mesmo continuar a viver na "sociedade materialista" que hoje existe . As manifestações foram escolhidas para esta altura do ano, devido a ser a época mais consumista de todo o calendário, também nesta época do ano cresce dentro de nós um hipocrita que tem muita pena e se preocupa com tudo aquilo que está mal na sociedade. As datas não são por acaso.



Claro que este movimento acima de tudo é um movimento anti-globalização, pois quem lucra com tudo isto são as grandes multi-nacionais que pela calada vão-se apoderando das empresas menores e dando o valor que muito bem lhes apetecer aos produtos. Sem qualquer concorrência!
Mas porque fui eu escrever sobre este movimento? Muito simples, estando nós naquela altura do ano em que o importante é comprar, seja para quem for, torna-se indispensavel algumas mentes continuarem fora desta lavagem cerebral a que somos sujeitos, principalmente nesta altura do ano. Anúncios na televisão, rádio, revistas, internet. Estejamos onde quer que seja somos bombardeados por todos os lados por este consumismo, e claro que nós seres portadores de pouca inteligência mordemos o isco com facilidade. É bom as pessoas raciocionarem, ( sim, porque para a maioria pensar já é dificil, quanto mais raciocinar!!! ), e levantarem-se do seu sofá e protestarem contra o que pensa estar errado na sociedade, seja o que for. Mais passividade do que a que vivemos hoje em dia é impossivel.

O BND é um dos muitos movimentos que existem para nos soltarmos destas prisões consumistas em que vivemos, cá não temos esta manifestação, mas cada um de nós se pelo menos durante um dia da semana não comprar absolutamente nada já está a colaborar nesta grande organização. Temos o objectivo de acabar com a globalização então somos obrigados a agir e lembrem-se que com a globalização os principais lezados serão os pequenos, tal como está a acontecer agora em Portugal. Temos que deixar a passividade de lado, sermos comedidos nas compras que efectuamos e pensarmos bem se a sociedade em que vivemos não será altamente materialista. Materialismo, esse grande flagelo da sociedade, parece uma praga, mas ninguém faz nada para a parar. Por isso digo-vos, procurem esta organização e re-vejam os vossos ideias consumistas.

P.S - Eu tentei fazer o upload de algumas imagens, contudo o servidor do blogger só me permitiu fazer o upload da imagem em exposição. Sendo este um movimento de grande importância é sempre bom terem uma imagem melhor do que este movimento realmente representa. Não se esqueçam, um dia por semana sem compras não é impossivel!

Imagem n.º 1 Imagem n.º 2 Imagem n.º 3 Imagem n.º 4

Sunday, December 10, 2006

Sol, mas muito frio

Está um tempo gélido, as pessoas queixam-se que está mau tempo, eu não concordo. Acordo com frio e acabo por me deitar engilhado e cheio de frio. As mãos estão sempre frias, á frente do ecrã do computador as mãos continuam geladas e parece que não há nada a ser feito, irei mesmo deitar-me cheio de frio. Mas, não sabem a alegria que estes dias me dão, passear pela Foz do Porto, um dos poucos locais que eu ainda gosto desta cidade, com o sol a bater na cara. Mas é um sol que nem aquece, o sol está lá e por fotografias bem podia parecer que era um dia de Verão, não fossem os casacos, cachecóis e toda essa parfenália de roupa que usamos para nos protegermos do frio. Eu gosto destes dias, o sol lá está e os ocúlos de sol são necessários, contudo não existe calor, nem corpos transpirados, bem pelo contrário estamos é todos desejosos de calor e que levem este frio todo embora.

Gosto de passar assim um Domingo e a maior alegria que me podem dar é estar uma tarde numa esplanada com sol, seja Inverno ou Verão, desde que haja sol! Agora no Inverno, é estarmos espreguiçados na cadeira de lona, todos encolhidos com medo que alguma brecha do casaco deixe passar frio, com o sol lá em cima, mas sem calor. É bom trocar a Coca-Cola com dois pedrinhas de gelo e rodela de limão no copo, por um café a escaldar que ainda deita fumo. Não importa com quem estamos, ou até se estivermos sozinhos para mim é bom de qualquer das formas. As folhas já escritas em cima da mesa, também estas resguardadas do frio por uma capa em couro, o café à muito que já lá foi e agora só as borras do respectivo é que ainda lá continuavam. Arranjo o cachecol, já estava a entrar demasiado frio.

As pessoas vão aproveitando estas poucas horas de sol para passearem na avenida, outros levam os seus cães, a maioria deles também friorentos como os donos. Ainda se consegue ver um ou outro turista mais distraido que se enganou na época do ano, provavelmente dois aventureiros a dormirem em pousadas da juventude. Eu ali, parado, quase adormecido por completo, nada me poderia quebrar aquela paz. Como eu gosto do Inverno em dias de sol, com chuva também não me importo, mas aí já as esplanadas estão vazias, já não há cães nem donos cheios de frio, os turistas refugiados ainda na pousada da juventude á espera de um taxi. E, para além do mais, já não há frio. Sim, porque a chuva leva o frio todo embora e o único momento mais agradável é ouvir as gotas de chuva a caírem nas mesas de chapa metalica fazendo aquele barulhinho tão engraçado.

Agora com este frio e por obra de algumas marés já o mar está bravo e sem grandes condições para um mergulho. Para mim nunca esteve de qualquer das formas. Nunca fui dado a estas praias aqui do Norte, em qualquer altura do ano a água está gelada e mal encontra o meus pés uma reacção de tortura é desencadeada. Quanto mais no Inverno, isso é para aqueles putos já filhos da faina que para puro show exibicional, atiram-se do pontão do farol. Tudo isto em troca de uns olhares por parte dos turistas e algum respeito que as míuditas ganham por eles. Agora neste pico gelado do ano já nem os putos exibicionistas estão em cima do pontão a porem a sua testosterona á prova. O único elemento daquele praia que parece inalterável são as quantidades de lixo que o mar trás á costa, só mesmo isso para ser a mesma praia de sempre, quase irreconhecível diria eu.

Já não há testes, sem preocupações vive-se este momento de pleno sossego. Ao que parece já se querem ir embora, há pessoas que não querem, ou não têm o tacto ou o bom senso, de apreciar estes momentos. Muitas tardes como estas que venham, para eu ir continuando aos poucos e poucos a encontrar novos e melhores motivos para escrever, afinal até as gotas da chuva são um bom caminho para se fazer um texto, mas gosto mais das tardes gélidas e solarengas. O Natal a bater aí à porta e dias como este, ainda dizem que o Pai Natal não existe.

Wednesday, December 06, 2006

Memorável


Isto é uma parte dos 22 mil portugueses que estiveram presentes no Smackdown live tour!, em dois dias no Pavilhão Atlântico. Já vos conto a história toda, mas primeiro há algo que deve de ser escrito, Portugal esteve em alta, penso que muito dificilmente estes wrestlers podiam ser melhores recebidos. Fomos gigantes, ouvindo-se "Let´s go, Benoit!", ou ainda "Ninguém para o Batista!", o público português mostrou estar á altura do espectáculo e hoje consigo compreender o que faz a WWE ser tão popular. quando se está ao vivo nestes espectáculos o que interessa é o divertimento, nem damos se é um grande combate ou não. ´

Foi um dia memorável, desde quase ter que ingulir as palavras por estar preso numa fila da 2ª Circular, até ao extase completo por estar a ver o Benoit com os meus próprios olhos. Estes foram dois dos que percorreram 300 km para verem tudo isto, diga-se 300 km mais infracções rodóviarias extremamente graves e histórias dos tempos da tropa para se partir a rir. Estas duas últimas realizadas pelo meu pai, aqueles duas figuras sou eu e o meu primo á entrada do Pav. Atlântico. Créditos da foto já se sabe para quem é.

Os combates em si não foram nada de especial, mas não sendo eu um espectador das emissões da Radical e já nem os resultados consulto foi-me transcendente ter começado a gritar, a aplaudir, a disparar fotos que nem um doido a partir do momento em que a música de entrada começou a tocar pelo pavilhão. Agora entendo o porquê de todo o sucesso que a WWE tem, os combates são uma valente bosta, mas o show que os próprios intervenientes têm, o euforismo do público e a ligação entre wrestlers-público é sem dúvida alguma algo surreal. Torna-nos em verdadeiros seres colectivos, naqueles momentos não sou o João, naqueles momentos sou um cidadão anónimo no meio de uma massa sequiosa de entretenimento. Isso é a magia destes espectáculos, todos gritamos por um e queremos que o bom ganhe ao mau, é simples mas mesmo assim ainda funciona.

E nada mais tenho a escrever, que é inesquécivel para quem faz parte de um espectáculo destes, é! Adorei todos os: "BATISTA! BATISTA! BATISTA!" ; "YOU SUCK!"; "POWER RANGER is the MVP", foi tudo completamente do melhor. Em Junho estou lá de novo e a propósito:

"I require silence!!! MIIIIIIIIIIIIIISTER KENNEDY...KENNEDY!"

Thursday, November 30, 2006

Ups, blog errado

Olá! Tudo bem contigo? Desculpa, como te chamas, é mesmo Xon!t@h? Ok, és uma pita, enganaste-te na página foi? Ahh, bem me parecia, mas já agora não queres ler estas linhas abaixo, são capazes de te ajudar. Ainda bem que vais ler, Xon!t@H, vais ver como vais saír daqui uma pessoa nova. Já agora aprende a escrever português, se fazes o favor,

Em que é nós nos tornamos? Somos umas fotocópias uns dos outros, tu és igual ao resto das pessoas que conheces e estas são iguais a ti. Vestem-se da mesma forma, ( não ) pensam da mesma forma, são ignorantes de modo muito semelhante e agem de forma igual. São felizes assim, pois muito bem, ninguém tem nada haver com isso, sê assim feliz, não passas é de uma pita. Sim, eu sei que tu sabes que o és, mas quando te chamei pita foi mesmo no mau sentido da palavra, experimenta trocar o "i" por um "u". Deu resultado não deu? Ás vezes consigo fazer magia.

E tu agora perguntas: mas para que me vou dar ao trabalho de ler isto? Tu és livre de fazeres o que quiseres e vindo de uma pessoa como tu, até acho ser bastante normal e até uma pergunta pertinente. Tu és uma pita e como qualquer pessoa "normal" tu não gostas de pensar, que seca ter que pensar, só nos faz perder tempo. Para além do mais também não deves de gostar de ler, porque ler faz pensar, quando se pensa a tua cabecinha muito pequenina começa a doer não é? Compreensivel. - Mas com que direito tu me ofendes assim?, Perguntas tu. Eu digo o que me apetecer e se começas com muitas perguntas dessas eu dou-te umas respostas que vais ficar com enxaquecas durante uma semana, depois já nem podes ver Morangos com Açucar. Tu és assim, uma pêga em ponto pequena, uma menina que já pensa ser senhora e eu ao final rio-me perdidamente com as figuras tão tristes que vocês fazem.

Porque te chamei pêga? Oh pah, porque tenho todas as razões para isso. Metade de vocês deseja ser comida por qualquer labrego com roupa de marca e não importa se ele gosta de vocês ou não. São todas iguais umas ás outras, tal como os azeiteiros são todos iguais até chegarem ao ponto de não se reconhecerem. São iguais porque tiveram que comprar o casaco que a vossa amiga comprou, afinal de contas se o pai dela teve dinheiro os vossos pais também têm a obrigação de deitarem ao lixo cem mocas num casaco para a menina. Claro que não sois oferecidas, tenho pena é dos vossos pais, que vos deixam ás portas das discotecas cientes que a sua menina se irá portar muito bem e nem imaginam eles por quantas mãos de gajos as tuas mamas irão passar. Sois o verdadeiro terror é o que são.

Esta sociedade está generalizada, comemos todos da mesma tijela da cultura de casa de banho e iremos continuar a comer até estarmos obesos e nem conseguirmos pensar. Só vamos parar de comer esta cultura quando já nada mais houver suficientemente mau no nossos cérebro, somos uma sociedade obesa neste estilo de cultura. Assim somos, porque se qualquer palhaço lança um livro sobre o amor da sua vida é logo uma prioridade para todos, mas se alguém falar em ler já fazem caretas e dizem: "Nã gosto de ler!". Claro que não, tu não lês porque não queres, claro e eu iludido que não lês por seres um(a) porco(a) que até para pensar tem preguiça.

Claro que eu queria ser como vocês, só digo isto porque tenho uma grande inveja do vosso modo de ser. Sempre quis ser um azeiteiro como tantos outros para poder compreender a vossa linguagem de pita, mas nunca consegui. Eu bem tento, mas gosto de escrever, devoro livros, tenho opinião própria e quando vejo no centro comercial uma Bertrand não resisto e tenho que entrar. Está provado nunca poderei ser uma pessoa otária como tu e os teus amigos, eu bem tento mas não consigo. Cérebros atrofiados por esta cultura de casa de banho, egoismo exercebado sem olhar a outros, sois assim. Sempre com as vossas frases clichés de sempre, sempre com a vossa arrogância e estupidez altiva, vocês sois o futuro dos empregados de balcão dos Lidl´s e MiniPreços espalhados um pouco por todo o lado. Ahhh, tu tens boas notas? Valente merda, vais ter tanta sorte com as tuas amigas, só que recebes mais uns trocados, afinal o dinheiro é tudo e todas aquelas horas de decoração de livros na escola sempre valeram a pena, visto que tu não sabes mais nada se não o que decoras-te.

Isto é o século XXI, a primeira década: década das pitas, e um bem haja ao ano 2011 para nos tirar desta encrenca. Que alguma divindade protectora nos ajude a todos nós fieis seguidores do espirito verdadeiramente humano e são desta sociedade.
Só umas pequenas achegas, a todos aqueles azeiteiros, mas que têm a mania que são muito inteligentes e que sabem escrever muito bem aqui fica: Morangos com Açucar é a pior merda da televisão! Sim, vocês vêem e consideram-se pessoas inteligentes, cómicos sois o que sois. MTV é igualmente mau e é um canal de televisão virado para os fracos em espirito, talvez tu meu grande intelectual se deixasses de ver MTV pudesses ser mais sériamente considerado por todos aqueles que tendas agradar e mostrar o teu superiorismo.

Para finalizar um grande xi-coração e beijinhos muito grandes a todos os amigos azeiteiros e amigas pitas que eu tenho! No fundo é o mesmo que: Ide-vos foder, geração rasca!

Wednesday, November 29, 2006

Regresso

Antes de mais nada, peço desculpa a todos que visitaram o blog nos últimos 15 dias. Acreditem que se podesse ter actualizado isto mais cedo o teria feito, mas na vida nem tudo anda ao nosso mando, infelizmente diga-se. Por motivos pessoais mantive-me fora deste mundo durante uns quantos dias, mais tarde foi a falta de tempo e o excesso de cansaço. Mas como queria dizer, acontecem certas coisas na nossa vida, que podiam ser fácilmente evitadas, outras nem tanto. Contudo a vida tem um processo natural, mas poucos somos os que aceitam o seu fim, isto mexe com as pessoas, durante uns dias tira-lhes toda a vontade que tinham em fazer qualquer coisa, neste engloba-se actualizar este blog.

Eu bem sei, que este texto está confuso e muito subjectivo, mas também a vida assim o é. Ás vezes gostavamos que acontecimentos fizessem sentido, contudo toda a percepção de realidade que temos é afastada por isto, ou por aquilo. Assim a vida é, cheia de coisas e acontecimentos, cheia de isto, aquilo, outras, quereres, quaisqueres. Por vezes temos que esperar até a vida volte a fazer sentido, algumas vezes demora muito tempo, noutras demora pouco. No meu caso durou pouco...

Tempos complicados estes, nada mais se não paciência.

Friday, November 17, 2006

Ficções do Alabama


"Louis Armstrong, "What an Wonderful World", não passava das duas e meia da tarde e fora destas paredes de vidro uma chuvada sequênciada caía lá fora. Reparei que entre os blocos de pedra já gasta pelo tempo, umas quantas ervas verdes cresciam. Muito provávelmente deviam de renascer com a água caída dos céus, tinham recuperado a cor verde, que agora contrastava com o amarelo pálido dos blocos de pedra.

Lá dentro nenhum de nós falava, enquanto aqueles dois acabavam meio á pressa um trabalho para entreguar nessa mesma tarde, eu permanecia no meu discreto silêncio a ouvir a balada de jazz e observando as gotas cristalinas que lá foram caíam. A chuva era interrupta, em alguns momentos batia nas pedras com verdadeira violência, tendo em conta o minúsculo tamanha que possuíam. Algumas poças surgiam nas depressões do chão, de vez em quando alguma criança menos dotada de inteligência teimava em espetar o pé na poça de água ficando consequentemente molhada até aos joelhos.

-Fodasse, acabem lá essa merda!
Também eu aos soluços ia praguejando algumas barbáries para aqueles dois. Todo aquele cenário começava a tornar-se extremamente monotono, mas também a visão do regresso ás aulas não era propriamente apelativa. Ao contrário das duas figuras ressequidas pelo esforço, eu já tinha acabado á muito aquele trabalho e as minhas preocupações eram quase nulas. Quase! No entanto um impulso dentro de mim crescia, de modo a que todo aquele espectáculo estupendamente aborrecido não se esfuma-se da minha memória.

No momento em que Armstrong, a chuva, as ervas verdes a quebrarem aquele padrão de amarelo no chão um fluxo me invadiu.

-Venham-se embora minhas bestas! - rosnei eu -
Nunca mais acabavam de fazer a merda do trabalho e eu que gramasse com todo aquele aborrecimento, e para mais, travando uma luta pessoal para que não se perde-se para sempre aquela ideia. Raios partam.
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A chuva agora parou e apenas umas gotas escorrem pela janela. As luzes de fraca intensidade iluminam a escura sala, criando um jogo de sombras no papel do caderno. Enquanto escrevo, algumas ovelhas seguem o caminho traçado pelo carrasco, rumo ao matadouro. Uma ou outra escapam do rebanho e divertem-se a comer as pastagens de mundos paralelos. Lá alimentavam-se dos risos, dos imaginários, da simples provocação ao carrasco e toda uma infinidade de outros imaginários que não me são possiveis criar aqui.

As paredes da sala mais parecem que foram barradas com gordura, tendo ficado esta entranhada no cimento pintado e não pintado. Nunca se deve ter visto nada tão sujo em todas as nossas existências. De repente uma sirene de qualquer organização de boa vontade contra-fogos começa a gritar. Fodasse também para a sirene, já me fez ter que riscar uma linha. Criaturas carênciadas de inteligências estas, a esforçarem os pobres cérebros quando só divagações merdosas lá existe. Eu rio-me, nem daqui a três semanas consegues descobrir que essa merda tão difícil para ti não é mais que uma oração coordenada consecutiva. Tem que ser três semanas, mas três semanas a carborar bem, porque se não passam a ser três meses, para não dizer anos.

A chuva voltou a caír ritmicamente.
-E eu vou pensar por ti queres ver? - respondo eu a um narigudo que a vida dele se tornou demasiado aborrecida e agora gosta de meter o bedelho onde não é chamado.
Onde ia eu? Ah, sim. A chuva tinha voltado a caír, as luzes continuam a mesma, quase em fase terminal todas elas. Estes badamerdas continuam a seguir o carrasco e eu escrevo. Enfim, eu escrevo para me salvar deste mundo tantas vezes aborrecido e monotono. Nove minutos para o final do teste, afinal sempre acabei a tempo"

Monday, November 13, 2006

Um texto que vale por todos


Não se trata de wrestling, vou re-lembrar o triste dia que foi 13 de Novembro de 2005 para milhares de pessoas. Eu bem sei que artigos de wrestling normalmente são considerados infundados pela maioria das pessoas, convém é explicar que este blog não foi feito para ter milhares de visitas, apesar de lá subir devagarinho. Hoje trata-se de re-lembrar a vida de Eduardo Gory Guerrero, wrestler profissional, que faleceu de paragem cardiaca e deixou todo o mundo do wrestling com o coração nas mãos.

Eu próprio não consigo entender certas coisas nesta vida, não entendo a morte, não entendo o final tão pouco digno com que uma pessoa acaba. Naquele tempo ainda acompanhava as transmissões na SIC Radical, hoje não. Provavelmente por isso mesmo senti a morte de Eddie Guerrero muito mais do que iria sentir agora. Não me esqueço do dia em que abri a página de vários blogs da especialidade portugueses e me deparei com a triste noticia, não acreditei e corri até á página oficial da WWE, afinal era verdade Eduardo Guerrero tinha morrido na manhã do dia em que se iria tornar segunda vez campeão mundial. A vida tem destas coisas, as pessoas que nos são chegadas aos poucos e poucos vão desaparecendo e um dia pensamos na lista daqueles que ja partiram.

Enquanto vivo Eddie Guerrero nunca foi dos meus wrestlers preferidos, mas depois da sua morte passei a ter um profundo respeito pela vida deste homem. Comecei a ler todos os artigos que consegui encontrar sobre a vida dele e só assim consegui dar crédito a uma das melhores carreiras que passou pelo mundo do wrestling.


A comunidade internauta de wrestling em Portugal tem sida bastante criticada e normalmente sem sentido, mas hoje senti-me envergonhado por fazer ( mesmo que em part-time ) parte desta comunidade. Contudo passado um ano do falecimento da morte de Eddie, poucos são aqueles que tiveram o bom-senso de prestar uma - pequena - homenagem a Eddie. A passagem por este mundo muito das vezes é efémera, poucos são os recordados a longo prazo. Hoje passado um ano já ninguém se lembra de Eddie Guerrero.

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Hoje apercebi-me que a maioria das pessoas muito pouco alcança durante o tempo em que viveram. Sinto-me fodido com a vida, por tantas vezes ela ser madrasta para aqueles que foram os seus filhos mais leais. Sinto-me completamente ofendido por certas bestas que nada fazem para conseguir atingir alguns objectivos e congratulam-se por serem uns filhos da puta. Sinto-me ofendido pelo tão grande falta de respeito que a morte tem pela vida. Sinto-me fodido pelas situações em que a vida não faz sequer sentido, em alguns momentos podemos dizer que faz todo o sentido a vida ser como é, noutras ocasiões nem tanto.

Hoje tive exemplos que cada vez mais somos uns fantasmas a pairar sobre este mundo olhando para o nosso próprio umbigo e não querendo saber de problemas de outras pessoas, porquê? Porque me hei-de dar ao trabalho de me preocupar com a vida de outro gajo se eu estou bem. E não passamos disto, vivemos para nós dentro da nossa bolha actimel e quando essa bolha rebenta não sabemos o que fazer da vida e entra-se em pânico. Todos nós temos á medida do tempo os nossos protectores, um dia eles falham-nos e nós caímos, temos os nossos herois e queremos ser como eles mas subitamente estão demasiado longe para os conseguirmos alcançar.

Não foi ontem? Há-de ser hoje, ou então passará para amanhã. São assim os nossos medos, um dia vêm á superficie e temos que aprender a ultrapassa-los. Todos aqueles que foram têm os seus ensinamentos de que podemos tirar umas lições para melhor viver neste mundo, enquanto que alguns que vivem neste mundo normalmente pouca são as lições que nos podem dar.

Sinceramente sinto-me um bocado farto do que a vida hoje em dia representa, as mesmas rotinas de sempre e normalmente quando essas rotinas são quebradas são para pior, raramente é ao contrário. Para ultrapassar estas barreiras, estes medos que aparecem pela nossa existência temos que arranjar uma escapatória rumo á sanidade, eu tenho a escrita, a capoeira, os sonhos ireealistas mas que mesmo assim me alimentam a cada dia. Não são reais, mas preservam a ( pouca ) sanidade que tenho. São estes mesmos sonhos que ma fazem escrever, que me fazem exigir mais de mim, que me mantêm em pé, são estes sonhos que me fazem respirar. Um dia eles acabam e não sei o que será de mim.

Por essa mesma razão é que sou como sou, não tolero algumas criaturas pouco racionais com que tenho que viver. Não têm razão de viver, porque nada fazem para viver, logo nada aqui fazem se não atormentar a vida aos que cá andam. Ao que muitos dizem: Deus não existe! No seu ponto de vista não e logo deixa de existir, para mim que acredito na sua existência passou a existir. Bastante subjectiva a vida não é? Hoje consigo perceber o porquê dos idosos não sorrirem, nem serem pessoas divertidas, pouco ou nada ainda têm do que um dia já tiveram e a assustadora realidade da morte é demasiado próxima.

Eu nada percebo da vida, eu não sei nada, eu sou apenas um míudo que gosta de falar sobre coisas de adultos e que nada mais faz se não sonhar. Eu rendo-me á obscuridade que é a vida, eu aceito o destino evitável que nos persegue a todos, eu tento-me convencer de que nada de mais irei fazer durante a minha vida, mais um entre os milhões. Mas acima de todo mete-me nojo aqueles que gozam com a tristeza real dos outros, cuspo na cara daqueles que cospem na minha, sou antipático para aqueles que não respeitam a vida dos outros porque da vida deles bem se podem foder á vontade, não aceito aqueles que vivem para si e tenho um ódio profundo por aqueles que fazem com que a vida de outros seja pior por puro divertimento. A todos vocês tiveram lugar ao ponto alto da vossa vida ao referenciar-vos neste blog.

A Eduardo Gory Guerrero, a Owen Hart, a P.A.S., a Dave-Boy Smith, a todos esses que me fazem falta e que tornavam o mundo melhor, estão dentro de mim e que nunca serão esquecidos.

13/11/05

.../10/05

23/05/99

18/05/02

22/11/05

13/11/06

.../06/05

( um caléndário a recordar, com mais tristezas que outra coisa )

Friday, November 10, 2006

Imagem e Frase do dia 10 de Novembro



Quando tudo está contra ti, isso significa que estás completamente errado, ou absolutamente certo - Albert Guinon

Diário de um inicio de dia

Começo de um dia diferente:

7:30 Acordo, por sinal bem disposto porque um dia sem escola pairava á distância

7:55 Chego á escola, os portões encontram-se fechados. Vejo um amigo, falamos com os continos e ao que tudo indica a escola irá estar fechada o dia todo. Aguardam-se ordens do Concelho Executivo

8:15 Penso sériamente em voltar para casa, finalmente decido-me. Cumprimento uma aqui, um "olá" aquele, um sorriso bem disposto a uma amiga e ponho-me em marcha

8:39 Chego a casa, o frio que está ao caminhar cortava-me a cara. Demorei quase uns vinte minutos, chego e lembro-me que me esqueci das chaves de casa. Bato á porta, felizmente a minha mãe ainda está em casa

8:50 Ligo o televisor e a respectiva máquina de jogos. Nada melhor do que logo de manhã ganharmos o Rally de Capri pela octagésima nona vez

9:42 Começo a escrever este texto, na esperança em que este pode ser um dos melhores dias desde que as aulas começaram

9:49 Acabo de escrever o texto, espero que algumas coisas melhorem. O dia começou bem, vamos ver como irá ser o resto.

10:02 Acabo de passar em revista os principais jornais online do país, visito alguns blogs. Começo a jogar o velhinho CM 01/02 com a minha super-equipa

11:32 Acidentalmente esqueço-me que deixei o MSN ligado, resultado: uma data de pessoas sequiosas de conversa ( ou não ) entopem o MSN. Acabo de fazer a cama e tenho que arrumar o quarto

12:14 Devoro um pacote de bolachas, vou ficar sem apetite para o almoço -> 12:42 Começo a almoçar, sem grande fome mas lá tem que ser. Todo este festim de comida acompanhado por Jon Stewart and Daily Show.

15:04 Faço uma visita fugaz a casa dos meus avós. Dirijo-me até ao ginásio, pelo caminho perguntei-me o que deu na cabeça de metade das pessoas de Ermesinde para terem que lavar os respectivos passeios? Já não se pode ter um dia de calor que tem que se regar o cimento é?

17:15 Duas horas de ginásio, mais um suplemento de um quarto de hora de capoeira

15:50 Volto a casa, vim o caminho todo a rir-me e a falar sozinho, devo de ter algum problema. Pego num pacote de bolachas e num yogurte da mimosa que serve de lanche

19:15 Canso-me das técnologias e pego no meu livro do Aldous Huxley e leio algumas páginas, sendo sincero a vontade não é muita. Muito também não deve de ser o tempo até jantar.

Prevejo que seguidamente janto, conversa-se com a familia, volto para o pc e por volta da meia noite me deito, a ver vamos...

Monday, November 06, 2006

Publicar postagem ou salvar como rascunho?

Este é um país que anda sempre ao contrário. No Verão temos o problema dos incêndios, no Outono por uma chuveiro de nada já metade de Portugal se encontra debaixo de água. Pensa-se e espera-se mas não se consegue encontrar esse maravilhoso dia em que o governo português comece a ser prático. Espera-se o dia em que autarquias e arquitectos deixem de chupar o dinheiro do estado e façam obras que passem do papel sem gastar tantos milhões.

Todos os anos é o mesmo sermão e para o ano é que vai deixar de haver incêncios, porque finalmente as florestas vão ser limpas. Este ano é que vai ser: as contrucções irão ser edificadas em locais previamente correctos para o efeito. Este ano é que se vai começar a construir o aeroporto da OTA e o TGV. Não, afinal para o ano é que florestas vão ser limpas, para o ano é que vai deixar de haver inundações e começar-se-á a construir visando as grandes intempéries em Portugal, afinal só para o ano é que a OTA e TGV vão ser construídos.

Mais florestas vão arder, vão existir inundações por causa de aguaceiros, vamos continuar a andar em comboios, vamos continuar a ter aeroportos sobre-lotados. Claro, o défice! Se não for gasto tanto dinheiro em papelada, nem em borucracias talvez este país fosse assim um bocadinho de nada mais feliz.

Já agora o EURO 2004 não vos serviu de exemplo em como as grandes obras, normalmente geram ainda mais receitas?! Só mesmo nós para aindar darmos ouvidos a sr. doutores, a politicos de bancada, a contestações infundamentadas, a descontentes com tudo e com todos. A todos estes pseudo-qualquer-coisa só uma pequena achega: Querem desenvolver o país, mas também querem prender o país ao passado cortando obras como grandes hospitais, aeroportos modernos ou meios de transporte altamente rápidos. Parecendo que não dificulta.

Só de pensar que em 2011 o dinheiro da segurança social acaba só penso numa palavra: MEDO!

Sunday, November 05, 2006

Os Ases Perdidos V.3

Chegou a terceira versão do Ases Perdidos e sinceramente a melhor. Com um pano de fundo renovado, com um aspecto mais profissional e bem mais alegre chegou durante o dia de hoje via download até ás minhas mãos. Claro que não fui eu a fazê-lo, pois é sabido que a minha falta de geito em códigos é enorme. Por detrás deste mundo animado de cores, de desenhos e letras pretas em fundo branco estão escondido milhares - e porque não dezenas de milhares - de códigos em html. Como pode ser visto por esta optica, todas as páginas que vocês consultam diáriamente estão carregadas de códigos á primeira vista completamente impercéptiveis.

Mas uma pergunta que já deve de ter sido levantada: " Mas então se não foste tu que fizeste, como o tens?". Bem as minhas tentativas de melhoramento de templates sempre deram para o torto, o que acabou por ficarem ainda piores do que o que já estavam. Desta vez foi o Nuno que me fez o grande favor de me arranjar um template em condições e de alegrar parte do meu espirito. Foi um grande trabalho que fez, supra-guru em códigos, fez com que os Ases Perdidos possam ser explorados na sua total extensão, pois o antigo template era uma verruga muito muito feia numa cara não muito horrivel.

Sinceramente esperei por este dia para voltar a escrever, actualizado como já se encontra só faltam uns pequenos retoques para ficar a 100%. A minha falta vontade de actualizar o blog era notória, pois a minha cara quando se deparava com um template tão defeciente o animo de escrever era mesmo muito pouco.

Em breve mais actualizações, já agora não deixem de visitar o Terceiro Olho, blog do arquitecto de toda esta estrutura brilhante que é a nova cara dos Ases Perdidos.

Tuesday, October 31, 2006

A normal anormalidade

Não se torna dificil de recordar acontecimentos ocorridos á um ano atrás, principalmente se a memória for boa, salvo a modéstia. A nivel individual torna-se uma prerrogativa que as pessoas tenham mudado, de melhor para pior ou vice-versa, mas com certeza que mudaram. A nível social é que não me asseguro que tenha sido mudado tantas coisas como isso. Os sinais de crise vão longe, mas bem pelo contrário os riscos de uma guerra nuclear iminente e bem mais próxima de cada um de nós do que possamos imaginar tornaram-se mais real. Não que isso tenha um interesse especial para quem quer que seja, pois nós só damos conta do mal, se dermos, quando este está em cima de nós e pouco ou nada podemos fazer para mudar este mal.

Enquanto cerca de 1200 pessoas morrem todos os dias na Republica Democrática do Congo pode parecer e de facto é verdade que nós ocidentais temos uma vida previligiada comparativamente a estes individuos que vivem, re-escrevo: sobrevivem, em condições claramente sub-humanas. Não que a minha intenção seja alertar para tais problemas internacionais, pois estou certo que tais problemáticas como a guerra travada entre os sudaneses e os guerrilheiros de Darfur são vividas na terceira pessoa, por cada um de nós. Podemos sentirmo-nos previligiados, porque de facto muito egoistas teriamos que ser para não nos vermos numa situação quase paradisiaca comparativamente.

Mas, claro que para além dos problemas globais vividos á distância, - mas mesmo assim bem mais próximos do que imaginamos -, temos os nossos pequenos problemas citadinos. Podemos não estar contentes com o governo se de facto não existem razões para tal, podemos não aceitar certas regras escolares se pelo nosso ponto de vista forem altamente irrisórias para o cidadão comum. O que me preocupa hoje em dia, fora a globalidade crescente de forma assustadora, é a passividade com que se aceitam tantas medidas. Vivemos numa sociedade pouco democrática, pois os deveres que nos são auferidos são muitos e aqueles direitos que nos pertencem por direito são bastante poucos.

A sociedade, pelo menos a ocidental e alguns países orientais sob forte americanização, sofre deste sindrome de que nada se pode fazer para mudar. Não seremos nós apenas uns vegetais que habitam este planeta com o mesmo direito e deveres que uma planta?! De facto poucas diferenças existem, qual o resultado de uma manifestação contra certa medida governamental? Obviamente que será a repressão de forma mais ou menos violenta. A verdade é que este medo imposto pelas sociedades ditas "democráticas", já provem dos anais da oligarquia. No estado ateniense, sendo a primeira democracia conhecida o principal método para combater os opositores da democracia terratenense era o ostracismo. Hoje em dia, novas medidas foram adoptada, mas em muito pouco diferem da origem que se centra no controlo a partir do medo.

Eu pergunto-me porque terá medo o funcionário de se opor ás ideias do patronato? Porque terá receio o aluno que não concorda com medidas impostas dos professores?! - Quanto a estes senhores doutores ainda hei-de escrever um bom texto para re-pensarem todo aquele rei na barriga que ostentam. - Porque será necessário ter medo da vida em sociedade e não nos afirmarmos como cidadãos individuais sem medo?!

Wednesday, October 25, 2006

....

Será que existe alguma razão especial pelas tardes de quarta e sexta serem sempre deprimentes?

Fiquem com uma das melhores músicas do Rise Against: Swing Life Away

Sunday, October 22, 2006

Breve passagem num dia chuvoso


Depois de " A Leste do Paraíso" de John Steinbeck já lido, volto-me de novo para os livros da editora "Livros do Brasil. Que por acaso é das melhores editoras em território português. Como ia a dizer depois de "A Leste do Paraíso", comprei ontem no estaminé do Maiashopping da Bertrand um livro de Aldous Huxley.

Um futurista, "Regresso ao Admirável Mundo Novo" não é um tipico livro de ficção, é mais um documentário sobre as filosofias do mesmo. Quando acabar de ler este seguem-se os outros dois de A.H.. Até á data um livro que proporciona uma agradável leitura.

Agora vou-me equipar com o meu cachecol e camisola do Sporting, para o derby. Espero bem que ganhem...

Thursday, October 19, 2006

Um dia de cada vez

Cada dia é uma aventura, acordamos e não sabemos o que nos espera. Por vezes encontramos surpresas agradaveis, em outras ocasiões não acontece nada de significativo, nas piores das ocasiões surgem surpresas desagradáveis. Mas que paciência tem que ter o ser humano se não levantar-se cada dia, ir para o trabalho, chegar a casa e voltar a dormir. Não temos tempos para os outros e por vezes nem para nós próprios temos tempo. Os sonhos são construídos em areia e normalmente o castelo que tentavamos construir ruí a nossos pés, sem que muito possamos fazer. A menos que estejamos dispostos a ter a certa paciência para o re-construír de novo.

As opurtunidades hoje em dia não são muitas, quase que á nascença ficamos egoístas e normalmente acontece não existir perdão para os erros. Diga-se também que poucos são aqueles com a coragem devidamente doseada para fazerem um pedido de desculpas. As recordações pouco ou de nada servem e as dividas por pagar ficam. Esquece-se tudo e a iminência de viver o presente é tão grande que até nos esquecemos de pensar, a vida decorre a ritmos frenéticos que cada um de nós tem que ocupar o seu lugar na cadeia alimentar da sociedade. Quem não lutar por ele arrisca-se a ser predado e ter que correr para sobriviver numa sociedade repleta de carnivoros e predadores que procuram as fraquezas dos outros.

Cada um de nós tem uma janela, ou deveria de ter, para se lançar o nosso avião de papel, previamente construído. Enquanto o atiramos temos e acreditamos que pouco ou nada é impossivel, com o passar dos segundos o avião pode começar a ter um percurso descendente e começar a rodopiar frenéticamente até se estatelar no chão para servir de local de cuspo para outros. Alguns aviões conseguem ter uma viagem considerável se forem lançados á altura certa, o vento também ajuda e por vezes o avião de papel volta a ter a sua merecida ascenção, depois de tanto tempo utilizado na sua própria dobragem e quem sabe colagem.

Talvez quando se morrer alguns que até á data não foram apreciados o passem a ser, pode ser que um dia nos recordemos daquilo que queriamos fazer. Acabamos de o fazer, porque sempre pensamos que tinhamos toda a nossa vida á frente. Quando se adia as datas chega-se a um ponto em que já não se consegue avançar, recua-se cada vez mais e deixa-se de poder avançar e tomar alguma decisão. Claro, que pelo menos a minha vida não é assim, feliz por isso, os avanços são dados, os periodos de estagnação são muitos e os recuos são poucos por que assim os obrigo a não recuarem.

Quando esse dia chegar talvez seja tarde de mais, podemos estar velhos de mais, lúcidez reduzida ou simplesmente o castelo desmoronou-se e não se tornou conveniente voltar a construír o castelo de novo. Ouvimos vozes que se levantam diáriamente contra nós, porque não damos tudo o que está ao nosso alcance para o atingir?! Talvez um dia nos apercebemos disso e afinal não somos os mais sábios, os mais correctos ou os menos errados. Talvez um dia poderemos admitir um erro, ou quem sabe pedir desculpa por alguma coisa. Talvez certo dia muito subitamente agarremos a mão que nos apoia a atiremos o nosso avião de papel sem medo. Talvez um dia compreendamos que fazemos muita coisa mal e nos arrependemos de tudo, quem sabe um dia acorde a sorrir e os dias passem com um "olá, tudo bem?" e seguidamente o castelo de areia se transforme em algum industrivel. Quem sabe, mas talvez nesse dia em que os erros se tornaram realidade seja demasiado tarde para salvar o que poderia ter sido feito.

( Sabe bem voltar aos textos )

  • Imagem do dia:

Rumores que por ai ouvi

Ao que tudo indica o inverno chegou, um grande aborrecimento diga-se. Devido á falta de gente disposta a ajudar-me nesta tarefa de actualizar o blog, eu sempre lá vou fazendo uns textos aqui e ali. Com o inverno chega a chuva, com os pés dentro das sapatilhas a nadarem em água, só o frio é que ainda não chegou.

- Fodasse, devo de ter desaprendido a escrever. Cada vez que leio os meus textos das férias fico abismado se fui mesmo eu que escrevi aquilo.

Sim, nessa época não haviam grandes preocupações, menos é claro aqueles de me deitar antes das cinco da manha e acordar antes do meio dia. Tirando esse pequeno senão as minhas preocupações eram razoavelmente nulas.

Muitos de vocês devessem perguntar que raio de merdas estou eu para aqui a escrever. Têm toda a razão e peço desculpa por isso, eu normalmente estou inspirado quando penso, durante o tempo de aulas não há tempo para pensar em nada de importante na vida. Só se pensar em escola, em testes, em empregos futuros, em gajas, em frio, em gajas, em testes, em gajas. Com esta metodologia de pensamento é obvio que as minhas capacidade de escrever se reduzem um bocado. Como escrevi em cima os meus textos são bem melhores quando estive de férias, agora é apenas um tipo a divagar á volta do seu egocentrismo que ninguém quer ler.

Este periodo de aulas é aquele periodo em que acontecem muitas coisas, mas pensas que nada é suficientemente bom para escrever no blog. Eu admito, os meus textos aqui no blog são um tanto distintos dos meus textos que não publico, têm que ser. Talvez algum dia aqueles textos, escritos em páginas de um caderno vejam a luz do dia, mas por agora não. Estes textos no blog não considero os supra-sumos dos meus textos, porque textos bons são aqueles em que se escreve sobre o que se tem receio de escrever. Por estes lados já escrevi assim um ou dois textos, mas deixei-me de tal coisas.

Há gajos que dizem que se só se escrever sobre nós o blog afunda, alta probabilidade de isso acontecer. Mas, eu também li as crónicas do Lobo Antunes e o fulano não fala em mais porra nenhuma se não a vida dele. Ok, até Lobo Antunes ainda tenho que caminhar muito, mas a ideia passou. Se eu não vou falar no blog sobre a minha vida que é o que melhor conheço, irei falar sobre o quê? Ao menos não corro o risco de dar calinadas, pois a minha vida conheço-a eu bem.

Tuesday, October 17, 2006

Parabens!

Primeiro dia de greve dos professores, só lhes desejo que o seu segundo dia de descanço ainda seja melhor que o primeiro. Até á data não me posso queixar!

Sunday, October 15, 2006

Recrutamento


Calma jovem!! Ainda não é desta que foste recrutado para morreres no Iraque, o Tio Sam é apenas uma analogia ao que a minha pessoa pretende. Vamos fazer um ponto de situação: Ultimamente não tenho tido muito tempo para actualizar os Ases Perdidos, para além do mais a minha falta de tempo prejudica a qualidade dos textos e consequentemente este blog começa a perder o brilho que deveria de ter. Gosto deste blog, contudo quando á cerca de um ano e tal me lancei a sério nesta aventura dos blogs não tinha muita percepção do que isto verdadeiramente era.

Agora deparo-me com um situação um tanto complicada, este blog teve sempre bem até ao dia em que começaram as aulas e o João so conseguio actualizar isto aos fins de semana, o pessoal não gostou e pensaram para eles : "Ohh vou mas é ver o João Baião a dançar com o Júlio Isidro de tanga". Para não falar dos textos esporádicos, sou obrigado a falar no template deste blog que já teve dias melhores, agora parece que andou na guerra e sofre de danos fisicos irreparáveis.

O que eu quero?! Quero um indiviudo que podes ser tu, para me ajudar nesta tarefa hérculea de actualizar este blog sempre que possas e com textos de qualidade. Se tens mais de 5 anos, não vês Floribella e gostas de escrever, carrega no botão que diz 0 comments e deixa lá a tua marca para a posteriedade e tens alta probabilidade de fazer parte desta equipa gigantesca de uma pessoa.

A todos um bom final de semana e já agora uma boa semana de trabalho. ;)

Momentos que devem de ser vistos


Bem, uma semana em que não parei por aqui, não por vontade própria acreditem. Vocês já sabem como isto é, agora chegam os testes o que complica mais um bocado a actualização disto. Mas ainda hoje vou fazer mais uns textos para não vos deixar passado uma semana com um post de apenas tópicos . Vejamos o que se passou durante uma semana:


  • Sempre temos a "descoberta" de um dos blogs mais conhecidos da blogosfera portuguesa, mais tarde foi editado em livro. Não meus amigos, não é o Abrupto, mas sim um blog que cada vez que leio me parto a rir: O Meu Pipi .
  • Mais uma pérola encontrada nos anais do You Tube desta feita o ingrediente é: Coca Cola & Mentos. Aqui fica a verdadeira explosão.
  • Bem passando agora para uma das melhores séries de animação do memonto damos um saltinho até uma das pérolas em exibição na FOX portuguesa, Family Guy. Penso que possui uma das personagens mais geniais de sempre da história da televisão, aqui fica o genial Stewie .
  • Para o fim, mas não menos importante aqui fica um dos raros filões de ouro presentes no Video Google. Não posso garantir que seja romeno, ou ucraniano, o que sei é que o apresentador deve de ter sido despedido. Simplesmente genial, um dos melhores momentos de humor alguma vez presenciados pela natureza: O apresentador que não para de rir !!!

Sunday, October 08, 2006

Estás dentro?

1
Que bonito, aula de português, ouvir música, escrever na últimas páginas do caderno, olhar pela janela e não prestar atenção aos textos literários e não literários. Para quê? Nunca na vida se irá precisar de saber distinguir um texto literário de um texto não literário, á excepção dos números que vêem na pauta lá por altura do Natal. Obviamente que também me encontro numa posição priviligiada, nem todos se podem dar a este pequeno luxo de não quererem saber da literação. Se ainda ao menos ajuda-se a escrever, mas nem isso.
Torna-se a curto prazo engraçado ver tantas caras interessadas numa matéria que nunca lhes irá ser útil para o resto da vida, mais uma vez exceptuando o valor que se vai atingir, mas isso já explicado está. Passando agora uns trinta e sete minutos, mais coisa menos coisa, sendo neste momento aproximadamente quatro menos um quarto de uma sexta feira. Sexta feira essa que só me dá vontade de chegar a casa e ter o descanço como companheiro de sofá, tudo depois de um agradável intervalo. Como ia dizendo, passado uns trinta e muitos minutos depois da aula ter começado, consigo reparar que o som dos Soundgarden tem o seu encanto, louvado o cromo japonês que inventou os mp3, que fique aqui bem explicito nesta página de caderno que não existe melhor aliado nas aulas do que o mp3. Enquanto certo ente humano continua a tagarelar sobre as metáforas ninguém nota que o individuo de óculos, com cabelo desgredanhado sem ordenação conveniente escreve. Ainda bem que ninguém repara, que me deixem ficar no meu mundo dentro das aulas, não gosto de chamar atenções. Embora ninguém repare que os pensamentos de certo individuo estão a uma distância para lá do horizonte, poucos são aqueles que ouvem o que a senhora da voz esganiçada diz. Estes que olham mas não prestam o minimo de atenção, outros que deveriam de ser dignatários de um qualquer prémio Nobel envolvendo sacrificio e masoquismo, ultrapassam os limites da dor humana e conseguem prestar atenção ao que é dito pela "sô dotora" de cabelo curto á garçon, presa nos anos 40.
Apesar de estar um dia um tanto nublado e com um nivel de humidade perto do 0%, consigo gostar dele e considero-o como um amigo. Todos os dias são amigos, amigos que normalmente têm uma duração de umas dezassete horas que logo de seguida são substituídos por outros. A beleza de certos dias está nas próprias coisas ou objectos, como queiram, que normalmente passam despercebidos mas certo dia conseguem captar a nossa atenção. Claro, que também os nossos congéneres humanos têm influência na beleza de um dia, uns dias estes humanos tornam-nos o dia numa verdadeira dor de cabeça, em outros dias tornam os dias em algo até bastante agradável. Por exemplo, o ser com que eu irei realizar o trabalho de grupo, diga-se a pares, é um daqueles espiritos que conseguem estragar um bocadinho do nosso dia. Dúvido que consiga recuperar da tarefa hérculeana que se avizinha, que Deus esteja comigo.
2
Domingo, dia 8 de Outubro, o ano nem vale a pena dizer. Como era de prever não consegui mesmo recuperar de tal tarefa, seguida de uma aula de TIC, de um sábado especialmente inutil, consegui arranjar um domingo. Os domingos normalmente já quase que são dias uteis, pensa-se no que se vai fazer amanhã e nem se aproveita, este felizmente foi diferente. Não peguei no livro de MACS, - nem me vou dar ao trabalho de explicar o nome da disciplina, que alguém nos ajude!- , mas não me sinto com o coração pesado, para quê? Afinal esta transformou-se numa disciplina em que os livros praticamente deixaram de ser necessários e caso conste no calendário a tarde de segunda tem que ser ocupada com alguma coisa.
Cheguei ao blogger por volta das sete, primeiramente tive o castigo de Ptolomeu: a luz foi abaixo e o texto nem tempo teve para se despedir. Depois do estomâgo cheio voltei para completar e recomeçar de novo o texto, surpreendentemente vi-me singido á minha triste vida para conseguir escrever um texto. Verdade seja dita, a escola não tem qualquer interesse para escrever e a politica não interessa a ninguém, por exclusão de partes eu interesso-me pelo mundo e meus caros, sim existe um mundo novo e espectacular para além do Colégio da Barra e do Cajó que leva nele do Manel da telenovela da TVI -.
Esta deve de ser a quarta semana de aulas e pouco a pouco algo que parecia bom para se escrever deixa de o ser, logo um gajo é obrigado a recorrer á sua própria vida para conseguir escrever um texto que o deixe contente. Não pensem que é fácil escrever, podem ter muitas ideias mas passa-las para o papel torna-se mais dificil. Papel quando se escreve nos cadernos, magia quando aparecem as letras do outro lado do vidro do ecrã.
3
Raras são as ocasiões em que se consegue ter a cabeça no lugar e não a deixar fugir para qualquer paraíso, por vezes a abstração torna-se o melhor. Fugir da realidade não é tão mau como isso, todos nós no fundo gostamos ainda de ver desenhados animados e ainda existem alguns éspecimes que deliram com o Noddy apesar de não dizerem. Todos nós precisamos de fugir e encontrar a nossa gruta para nos refugiarmos do real, porque nem sempre este é tão bom como isso e normalmente a fuga é melhor do que dizem. Esperar para ver, hoje e amanhã e assim sucessivamente temos que ter paciência para viver, podemos não gostar mas nem todos os dias são amigos do peito. É pena, mas mimo a mais estraga as pessoas, mas quem é que quer mimos quando tem trabalhos de pares tão bons que os efeitos nos deixam afastados de escrever durante três dias?

Thursday, October 05, 2006

Comfortably Numb



Esta é uma das melhores músicas de sempre. Consegue-se acalmar o mais grotesco troll com esta balada. Sem dúvida mais uma obra prima dos Pink Floyd, se não a melhor ao lado de I Wish you were here, mas esta está fenomenal. Longa vida a Roger Waters, já que os Floyd já se dividiram.

Sistemas Trocados: II Parte

( Continuação )....

Apesar de existir uma barreira entre os letrados e os não-leitores, sendo os segundos mais vulgares, ainda existe um outro grupo que sinceramente os consideros como os mais irritantes. Nunca gostei da palavra "pseudo", pelo menos desde que a conheço, penso que uma pessoa ou é ou não é, não podendo aparentar o que não é. O restricto grupo do crachá colado á camisola de moda são intrinsecamente os "pseudo-culturais", - alta probabilidade de serem lambe botas de primeira -. Estes são estilo super-homens dos tempos contemporâneos, estes senhores não dizem palavras sujas, vestem o que esta em voga, dizem para os restantes pupilos se calarem quando se querem concentrar na sala de aula, gosta de de música verdadeiramente boa ( normalmente entre o "punk" e o "rock", como é caso de a grande cantora do punk mundial A. Lavigne ), estes tipos por norma também não gostam muito de socializar e tratam todas as criaturas á sua volta como uns "estupidos ignorantes".

Sempre que estou a assistir a tal espécie de arrogância parto-me todo por dentro a rir. Não censuro aqueles que tentam cuspir na perfeição, porque a perfeição não existe, não existindo assim tal perfeição nada os impede de cuspirem para o ar. São irritantes como um mosquito em noites muito quentes de verão e tão sábios como um jumento. Estes ao contrário dos "grandes senhores" não me passam ao lado, sempre gostei de provocar uma pequena discussão e existirá algo mais fácil do que irritir estes senhores, re-escrevo: super-homens dos tempos modernos que apenas um, "-Isso está mal, és mesmo um otário!".

Depois das ditas palavras tão fortes, estes seres criam um monstro em torno do "não sabes" e do "otário", porque alguém virtualmente perfeito nunca se engana. Há de tudo e tudo pode ser encontrado, desde super-homens, a cansados trabalhadores, passando pelos eruditos e dando um saltinho aos cabeças ocas. Gosto de todos á sua maneira, uns querem ser perfeitos e será que não o são, outro não querem saber porque não podem, outros nem se interessam por tal coisa. Não catalogo pessoas, cada uma sabe se estou certo ou errado, sei é que o melhor caminho, se tal caminho existe, é moldando com a nossa personalidade o nosso passeio pelo vida, mas sem o saber, sem a reflexão e a escrita não se consegue construir uma estrada sem enormes buracos.
Como uma qualquer madre Teresa disse: "No fundo todos diferentes, todos iguais". Boas filosofias, estas.

Tuesday, October 03, 2006

Sistemas Trocados


Escrito á coisa de uma semana atrás:

"Hoje já não chove, parece que todo o mundo que circunda a minha cabeça voltou ao normal. Apesar de tudo continuo a não perceber o que é o normal: poderá ser quando estamos bem, podemos entender isto como o normal. Já um outro qualquer individuo um pouco mais sizudo pode sub-entender o normal, como um dia em que acorda cedo, pega nos putos e espeta-os na escola, encafua-se no escritório até ser noite, vai buscar a petizada, volta para casa, dois beijos na mulher e senta-se no sofá a assistir a qualquer programa de terceira categoria que esteja a dar na caixinha mágica. No fundo se não o chatearem está tudo bem.

Uma normalidade para muitos, nem todos podemos levar o normal como aqueles dias em que nos sentimos felizes. Outros casos, como o de cima, aqui o "milagre" acontece quando os putos resmungam menos ou quando saí uns singelos cinco minutos mais cedo do estaminé. Perfeitamente compreensivel, a vida não é nem nunca irá ser igual para todos. Não estando eu nesse grupo, o normal são os dias em que não chove, em que não me aborreço com nada, os dias em que fico feliz e me rio perdidamente.

Apesar de criticar, faço-me rogado das minhas criticas, critico muito boa gente por não lerem textos até ao fim quanto mais livros, nem muito menos escreverem, sim é verdade. Esqueço-me de muitos destes coitados que trabalham que nem burros velhos e ao final do mês recebem um cheque esverdeado onde aparece um cinco e dois zeros. Estes trabalhadores não o fazem porque a paciência ao final de um dia extenuante, com certeza que não deve de ser muita. Por mais desculpas possiveis e imaginárias pelos senhores dos livros e das canetas, que eu muitas vezes faço parte, nem todos podemos ou deveriamos de ler, escrever e racicionar sobre o mundo.

Por agora usufruo o tempo livre que tenho de forma equilibrada, criando uma dupla personalidade de borgas e mais sério, tudo no seu devido lugar e tempo. Tendo acabado de desculpar os trabalhadores que se vêem gregos para chegar a casa, devido aquele horrivel trânsito na N120. Por estes homens de familia ainda vá lá que se arranje uma boa desculpa, agora não existe desculpa perfeitamente plausivel para tanto jovem que diz com o rei na barriga que nunca na sua existência lerem um apelidado "canhanho", vulgo livro.

Fim da 1ª Parte
( Continuação )

Friday, September 29, 2006

Aviões de papel

Sexta Feira, 29 de Setembro, 22:43

Duas semanas, duas semanas desde o dia que foi marco para começar tudo outra vez. Hoje foi um dia bom, acordar á hora de sempre, passar o dia na escola, treino, voltar a casa e escrever uma vez mais. A verdade é que agora que estamos de volta á escola, com 4 horas por dia, ter que estudar matéria, implicarem com os alunos á base da marretada, treinos e chegar a casa ao fim do dia, não são propriamente os melhores condimentos para a receita soberba de um texto em potência. Chega-se ao final de um dia e verdade seja dita, que ver uma séria de terceira categoria ou um jogo na "Station 2" sempre caíem melhor que ter que escrever. O estafermo cansaço é um dos motivos, mas outros como a falta de ideias também o é. Quer dizer, as ideias até surgem mas quando nos tentam limitar a imiganação ao máximo torna-se dificil chegar ao blogger.com e ter um tema em condições para se escrever.

Este ano não tive muita sorte nos "sô dotores" que me saíram na lotaria. Uma tem a mania que é um monte de cultura ambulante, quando no fundo apenas é...vocês sabem, uma outra criatura parece ter saído de uma daquelas sérias á lá "Beverly Hills 00974542". No fundo todas partilham uma coisa interessantissima, a arrogância que tanto geito dá em meter medo aos alunos atacando-os nos seus medos para se portarem que nem robots. É uma tristeza terem passado do famoso método de palmada no rabo para o control psicológico, diga-se que este último é bem mais eficaz. Ainda tive uns anitos de levar o famoso tau-tau, a mim nunca me aconteceu mas sou testemunha de alguns casos. Agora é a treta do já serem crescidos o suficientes para se portarem em condições se não cartinha para casa.

Eficaz? Sem dúvida, pois ataca o local onde a grande maioria dos estudantes são mais permeáveis: os pais e a escola. Não fosse o Zé Manel mais inteligente e passa-se a ir ver a caixa do correio todos os dias, por esta hora já fuzilado estaria pelos seus progenitores. Enquanto toda esta parfenália de conspirações nas costas do paizinhos o respectivo "sô dotor" aguarda pacientemente para "espancar" o miudo á frente do irado pai. Depois lá anda o Zé Manel muito aborrecido, agora já não pode ver Morangos com Açucar, nem passar horas agarrado á net em fotologs e pornografia, já para não falar dos almoços entre colegas e as saídas a meio da tarde com a sua mais que tudo, a Gisela.

Coitado do Zé Manel, os dotores bem lhe dão cabo da vida, tudo porque mandou uma piada para o ar. Politicas, educação, politicamente correcto, formalidades ou banalidades. Não dá para entender, quer dizer para muita gente é claro que assim é que é bom, para muitas PESSOAS enquanto não se entender que com este sistema não se ensina nada mas decora-se tudo nada será feito. Por isso mesmo é que nunca deixo a escola interferir com a minha educação e com a minha maneira de pensar. Abrir os olhos era um principio.

23:10, texto acabado. Alta probabilidade de existirem erros, visto eu não me dar ao trabalho de rever.

Tuesday, September 26, 2006

Pausa para almoço


Prometo que brevemente volto a actualizar isto a sério, com escola e aulas torna-se complicado e transforma-se num processo moroso quanto baste. Obrigado aqueles que visitam e fazem que uma parte da minha pessoa seja mais feliz. ;)

Até...

Friday, September 22, 2006

Alguém soube?


Terei sido eu o único a me ter apercebido que hoje dia 22 de Setembro foi o dia Europeu sem carros, porque ao que parece fui mesmo o único. Primeiro que chegue á escola 7 minutos preso no transito que atravessava a cidade de um lado ao outro, para saír da escola outros tantos que mais uma vez varria parte da área escolar. Enfim, não que eu tenha o meu veículo de quatro rodas, mas mesmo assim hoje entrei fortemente em contradição, o incrivel é que ninguem soube. Depois "ah e tal que o tempo anda alterado", olha muito obrigado mostras-te ser uma criatura precoce!! Não olhemos por este planeta que depois quero ver o que há-de ser de nós.

Wednesday, September 20, 2006

Não gostam? Azar, também não gosto e aturo-vos

Depois de passar alguns dias sem grande vontade de escrever, decidi que hoje era o dia. Agora isto para actualizar os Ases Perdidos com regularidade torna-se cada vez mais díficil, três horas por semana de instituto de inglês, dois dias de capoeira e outros tantos de ginásio, um horário ridiculamente repartido come-nos por dentro e ficamos sem grandes vontades de nos arrastarmos até aqui e dar a quem visita uns textos maneirinhos. Perguntem-me porquê mas sinceramente não sei o porquê de andar meio em baixo, a volta ás aulas é um hipotese bastante concreta que deve de ser analisada cuidadosamente.

Com as aulas cada vez temos menos tempo para procurar temas sobre que escrever, torna-se virtualmente impossivel devido ao pesado horário e quando um individuo chega a casa a vontade de escrever não é assim muito grande. Eu sempre disse que a vida era feita de altos e baixos, hoje está-se no topo com amanhã podes começar uma queda vertiginosa em direcção ao desconhecido. Sinto que me falta alguma coisa, o quê não sei mas não está tudo no seu devido lugar isso não. Uma pessoa torna-se mais ou menos virtuosa com o nivel de paciência que dela é exigido, eu por esta hora e seguindo esta lógico devo de ser das pessoas com mais paciência e mais passividade no que toca á sua vida que conheço.

Hoje em casa dos meus avós observei uma fotografia minha, deveria de ter os meus 4 anos, era um puto engraçado. Hoje olho e consigo me apereceber claramente que sempre um gajo metido para si mesmo, nunca confiei em muitas pessoas, não por ser desconfiado mas por instinto. Até aos meus 6 anos, ano em que entrei para a escola, passava os dias com o meu avô, raramente tinha relações de conhecimento com outros petits da minhas idade. Hoje sou uma pessoa diferente, mau era se assim não o fosse. Agora sei o que me rodeia, aprendi muita coisa á custa de erros, uns com grande impacto outros com pouco. Sinto falta desses dias em que tudo era inocente e era um mar de rosas em que não haviam sequer grandes preocupações se é que estas existiam. Hoje temos que saber as palavras que se diz para não se caír num potêncial erro, hoje temos que ter atenção ao que nos rodeia, temos que ter paciência e não saber se a perseverânça sempre escolhe os mais sagazes.

Mas, isto não é coisa recente, sempre foi assim. Na infância sempre foi muito bom, á medida de cada uma, - eu em particular não me posso queixar -, depois chega uma fase em que não sabemos bem o que fazemos, não damos contas dos erros e no fundo somos uns humanos com muito pouco disso mesmo. Mais tarde ou mais cedo chegamos ao ponto em que começamos a ter preocupações, começamos a ter que fazer pelas coisas se as quisermos e sem saber se as iremos alcançar. Isto é uma fase que era de bom tom que todos lá por lá passassem, uns não passam mas nem todos podemos ser iguais. As diferenças acontecem, podemos dar ou não conta destas, mas verdade é que elas acontecem e normalmente têm certos efeitos em nós que nem sempre são agradáveis.

Este assemelha-se a um tipico texto em fase de aulas, não tenho paciência para aturar metade das merdas que acontecem no nosso canteiro de felicidade estúpida, leia-se escola. Não tenho paciência para aturar eruditos sábios que não sabem a ponta de um corno para ensinar outros, isto porque não é com grandes notas que as pessoas se formam, a formação não pode ser imposta como ainda se teima em fazer. Não tenho paciência muito menos para grande parte das criaturas que deambulam nos intervalos sem saber o seu rumo, digo grande maioria para não dizer todos. Não sabem o que querem da vida, querem é ter os holofotes virados para as suas cabeças empastadas de cultura de casa de banho. Começo a perder a paciência em passar os intervalos de phones colocados nos ouvidos. Não quero parecer arrogante nem mal educado, coisa que não sou, mas cada vez que penso que vai ser este o futuro do mundo só me dá vontade de me encarcerar numa arca frigorifica e acordar daqui a uns milhares de anos para ver se certas criaturas alieginas já tem mais qualquer coisa sem ser o que todos os humanos querem, protagonismo.

Acontece cada uma...

Há certas coisas que acontecem mesmo uma vez na vida, a alguns esse momento é bom para outros é grandioso. Não sou muito uma pessoa que vive para o dinheiro, mas isto é algo de simplesmente fenomenal, para este australiano foi sem dúvida uma dádiva caída do céu. Depois ainda dizem que milagres não acontecem.

O que se passou foi que um determinado senhor australiano ganhou um carro num popular jogo da raspadinha versão australiana. Ora isto não acontece todos os dias e então uma televisão local decidiu fazer uma reportagem do acontecimento tão insólito. Eles tentaram recrear a cena do senhor a ir raspar a dita cuja e simular que lhe saíu o carro, eis que o imprevisto acontece!!

Monday, September 18, 2006

5 perguntas no inicio de aulas...

Hoje dia 18 de Setembro começaram as aulas e como bom cidadão que sou, ou tento ser, já tenho aqui umas perguntinhas para quem as conseguir responder:

1- Será por algúm motivo em concreto que meteram a minha turma a ter aulas nos pré-fabricados?

2- Será que a ministra da educação visitou o meu blog e para se vingar meteu a minha turma numa sala em condições precárias e com deficiências nas estruturas?

3- Porque raio me sinto completamente deslocado no meio de tanta criançada?

4- Alguma razão em especial para o inicio escolar ter começado mal?

5- Será que vai acontecer alguma coisa de especial que transforme um ano com potencialidade de ser um dos piores de sempre num ano "bom"?

Aqui estão as minhas dúvidas, aquela da Ministra se ter vingado de mim continua a ser a mais plausivel de todas as questões aqui levantadas.

Sunday, September 17, 2006

Eu, o ensino no Jornal de Noticias

Aqui está o meu momento na página do Jornal de Noticias, texto sobre o estado do Ensino em Portugal. No fundo qualquer gajo pode escrever para lá, mas sempre posso dizer que faço parto do "restrito" clube dos escritores do JN.

Não levem este post muito a sério, foi só para me inchar um bocadinho o ego.

http://jn2.sapo.pt/seccoes/mensagem.asp?99047

Saturday, September 16, 2006

Isto é para rir ou chorar?


Olhem que há coisas, quando já se pensava ter visto tudo e mais alguma coisa no futebol, Portugal volta a surpreender ( mais uma vez ). Depois de um apanha bolas ter marcado um golo nas terras de Vera Cruz, as terras camonianas voltam a ultrapassar tudo e todos e voltamos a bater o pé que ninguém é melhor que nós no que toca a fazer porcaria. Falo claro do golo do jogador do Paços: Roonie. Engraçado, este tipo deve-se julgar um grande jogador da bola, para deitar por terra o mitico golo de El Pibe, Maradona. Este fulano fez nem mais nem menos, do que "rematar" a bola com a mão para dentro da baliza e o senhor árbitro tudo bem.

Eu não acredito em "Apitos Dourados"! Eu nunca ouvi falar de corrupção em Portugal! Eu nunca sequer afirmo que o Sr. Vieira seja um vigaro de primeira, nem muito menos o Sr. da Costa! Eu nem acredito em cheques aos árbitro! Eu só sei é que vi um jogo que foi uma violação aos direitos humanos, porque caso eu saiba não é permitido violar a integridade fisica de uma pessoa depois de sermos obrigados a assistir a tal roubo.

Eu sei que este post não é lá grande coisa, mas nem os senhores do futebol português merecem um artigo decente sobre eles. Acreditem no que digo, ainda vão inventar um dossier do Filipe Vieira em que como o Dias da Cunha também esteve metido nisto. É triste! É degradante! É uma vergonha para todos os portugueses casos como estes ainda existirem, o pior de tudo é que passa-se tudo á frente dos nossos olhos, mas só porque o nosso presidente disse que era inocente nós tal como cordeirinhos num rebanho seguimos o senhor der para onde der, mesmo que se tenha que caír no ridiculo.

Friday, September 15, 2006

Olha lá que porra

Hoje dia 15 de Setembro começaram as "aulas" propriamente ditas, há mais de uma semana que não se fala de outra coisa se não no inicio das aulas. No meio de tantos dizeres e tantos "desta vez é que é" da senhora ministra da educação chegamos ao ponto de isto ainda estar pior que o ano passado. Qual é o meu espanto hoje quando a minha nova directora de turma me vem dizer que os horários ainda não estão prontos, o que só prova a eficácia dos organismos do estado neste aspecto. Agora gostaria que me respondessem a isto: " Que vão os estudantes fazer na segunda quando nem sequer ainda sabem os horários?". Penso que não é preciso ser-se um grande génio para adivinhar a resposta a pergunta tão estúpida, não vão fazer nada pois claro. Basicamente segunda feira vai ser um dia completamente perdido visto os horários só estarem disponiveis no próprio dia. No meio de tanta eficácia e tanto simplex lá pelo meio podemos constatar que nem todas as escolas são tão boas como aquelas que o "sôr" ministro visita.

Aqui há uns anitos atrás foi a surpresa geral, porque as aulas só começaram em meados de Outubro, foi uma grande porcaria sim senhor. Este ano no meio tanta perfeição podémos constatar que este governo também tem os grandes erros e não será certamente com escolas rechedas de computadores que ás duas por três vão é parar a casa dos senhores professores. Muito se tem falado sobre esta ministra que será esta senhora que vai mudar o sistema de educação em Portugal, errado! Ninguém melhor para falar do caso do que aqueles que estão dentro da barricada, com estes métodos não vamos a lado nenhum, não vai ser com 15 milhões de euros que os alunos vão começar a perceber matemática. Eu felizmente já não a tenho, mas sei que é complicado e enquanto não existirem profissionais que não estejam lá por obrigação não iremos saír da cepa torta.

Assim não iremos a lado nenhum, não nos podem exigir que entendamos uma disciplina quando somos obrigados a recorrer a explicações pagas a peso de ouro para termos um magrissimo 6. Não nos podemos queixar muito deste governo, mas aqueles que dizem que a ministra está a fazer um bom trabalho não deve de ter estudado muito bem a matéria.

Hoje foi turma nova, poucas caras conhecidas, mas na escola foram as mesmas caras de sempre, não muito agradável para ser sincero. 5 anos numa escola torna-nos uns veterano, mas eu apresento-me como um veterano pouco identificado pela maioria, a aura que emana daquela escola provoca-me nauseas. O ano passado tinha uma excelente turma que sempre amenizava o efeito nauzeador da escola, agora não sei. Para falar verdade não sei muita coisa, mas não será assim que se irão mudar mentalidades, antes pelo contrário. Todas as instituições requerem um trabalho indispensável, conhecida por poucos mas facilmente identificável. Pode-se chamar de lavagem cerebral, eu pelo menos gosto de chamar assim, todas as instituições têm esta vertente, é necessário para que tudo esteja dentro da ordem. A democracia e a ditadura são tão diferentes mas são quase gémeos separados á nascença, pode ser dificil de compreender, mas se for bem analisada torna-se clara como a água.

Se repararem o que acontece se um aluno numa escola discordar de uma opinião e se recusar a aceitá-la?, o que acontece se um aluno entra no direito de reunir um grupo de outros alunos para fazerem uma greve devido ás condições deficientes da escola? Pois claro o que haveria de acontecer?, são logos com um processo disciplinar em cima que bem se fodem. Isto é chamada lavagem cerebral para manterem os estudantes num sonambulismo em que não se manifestam contra nada, se não sofrem as consequências. Isto acontece um pouco por todos os lados, porque não pode um aluno formular uma piada dentro de uma aula?! Porque simplesmente os mortos-vivos não as fazem logo é digno de tal. Um pouco por todo o lado estão mensagens como estas sobre o controlo cerebral que começam a fazer aos nossos petizes logo na ida para os infantários.

Ninguém se apercebe disto ou serei só eu que abri os olhos enquanto estava numa sala em que escrito na porta tinha "Top Secret", devo de ser só mesmo eu. A educação tem que ser reformulada, pois claro que tem! Mas não será assim, enquanto persistirem que irá ser com auals de substituição a roçarem o ridiculo, enquanto insistirem que será com milhões de euros que isto mudará nada mudará. Só mudará quando entrarem com uma abordagem que vai de encontro aos alunos, que eles se sintam confortaveis naquelas situações, porque com aulas de substituição ninguém aproveitará tempo, os próprios profissionais estão-se nas tintas para as ditas cujas. Eu não concordo com este sistema e se este persistir eu irei a fazer algo significativo para o mudar, não concordo com as subsitituições logo não irei a estas aulas. Obviamente que terá uma consequência mas a ministra precisa de ver que nem todos somos cordeiros a andarem ás cegas atrás do cajado do seu pastor.

Monday, September 11, 2006

9/11 O dia que mudou o mundo


Há 5 anos não haviam tantos mortes em guerras que apelam a procura da liberdade e da justiça. Há 5 anos o barril do petróleo custava 20 dólares. Há 5 anos atrás ninguém conhecia a palavra terrorismo. Há 5 anos no dia 11 de Setembro não se faziam minutos de silêncio por milhares de inocentes que morreram num acto monstruoso. Há 5 anos o mundo não estava dividido entre bem e mal, entre terroristas e salvadores do mundo. Há 5 anos eu era um puto que quando vi as imagens na televisão não tive a noção do que acabei de ver, nem eu nem nenhum de nós.

É triste ter que relembrar aquele dia tão negro para a história da humanidade, é dificil de recordar os tempos anteriores ao atento contra as Torres Gémeas, porque tudo era bem mais barato. A grande e mais poderosa América renascia com uma grande onda de patriotismo, o tirano G. W. Bush ascendia á pouco tempo no poder e nada era melhor para a sua imagem do que dar numa de salvador dos justos e nobres. Seja quem foi que tenha feito os atentados é um monstro, porque nada justifica a matança de tantos inocentes. Foi um dia que irá ficar gravado a cores nos livros de História dos nossos mais pequenos, irá se abrir um capitulo logo a seguir á invasão ao Kwait: "O inicio do terrorismo". Irá se retratar tudo sendo os americanos os bons da fita e os muçulmanos os maus, sempre foi assim e sempre será, sempre se retratou a invasão ao Vietnam como a busca pela liberdade conta os tiranos, o que na realidade nunca assim foi. As guerras são assim, inocentes de todos os lados morrem, mas normalmente apenas os do "nosso" lado é que são lembrados.

Todos nós mais ou menos activistas pro-americanos vimos os Estados Unidos a invadirem o Afeganistão, tudo na procura de um homem. O que á partida era impossivel, ir ao território inimigo e tentar capturar o seu rei nunca é uma tarefa humana. Todos nos vimos com bons olhos e perfeitamente justificável a invasão ao Iraque, eu como tantos outros pergunto quantos são necessários morrer para a captura de um homem encarcerado em Guantanamo, que vive melhor que os seus compatriotas. Tudo isto é triste mas nós europeus andamos sempre a mando dos norte-americanos, a própria ONU ainda não conseguio formular uma opinião devidamente fundamentada quanto ás invasões do Tio Sam.

A estupidez e arrogância americana é algo que nunca deve de ser sobrestimada, julgam-se imunes a tudo e nós baixamos a cabeça e concordamos com tudo o que é ditado pelo outro lado do Atlântico. É triste terem que morrer mais jovens americanos pela conquista utópica da liberdade mundial e para vingar a sua terra, quantos mais terão que nos deixar pelo caprixo de um homem? Enquanto o mundo se subjugar aos ideias americanas tudo continuará igual, o terror pela segurança irá continuara a existir, hoje todos vivemos com medo da morte porque assim nos foi dito há 5 anos atrás. Daqui a um ano irão existir as mesmas comemorações da irreal America, daqui a um ano os canais de televisão irão continuar a encherem os nossos ecrãs com teorias da conspiração, daqui a um ano iremos ter o senhor Bush a chorar a morte dos inocentes e estará tudo na mesma. Tudo não, irão morrer mais inocentes de ambos os lados, irá crescer o pavor ás comunidades islâmicas, irá continuar a mentalidade pró-americana.

Todos irei hastear mais uma vez a Star and Stripes e chorar ao som do hino americano, é triste e é pena que tenha sido preciso tantas mortes para existir uma razão para invadir outros povos.

Sunday, September 10, 2006

Isto não merece titulo


Haverá algo mais aborrecido que faltar uma semana para o começo das aulas? Não, não há. Tudo isto deixa o João extremamente aborrecido? Sim, deixa. Haverá melhor forma de deixar um gajo a pensar em aulas do que a semana anterior ás ditas cujas? Não, não há. O João vai pegar fogo á escola para não haver aulas? Não, não vai.

Depois de ter feito este pequeno inicio meio aparvalhadozito, penso que todos nós já percebemos ou estamos a perceber o quão chato é ter que voltar ás aulas. Depois de três meses em que era suposto existir grandes projectos, podemos verificar que a grande maioria deles nunca saíu mesmo do pensamento. E, assim se passam as férias de verão, com grandes objectivos mas no fundo nada é feito. Penso que é compreensivo visto que durante 9 meses anda um gajo a marrar, com a cabeça metida dentro de livros, a chegar a casa todo molhado e com uma dor de cabeça por causa da professora de matemática que grita em demasia, passado todo este tempo o que mais queremos é não fazer nenhum. Pode-se chamar a isto desperdicio, o que no fundo até é uma grande perca de tempo, mas que podemos nós fazer?, nada respondo eu.

Alguém que me diga que as férias não estão a acabar e que isto é apenas um sonho mau. Algo que sempre achei uma piada particular foi ao facto de tantos petizes tal como eu andarem as férias todas a suspirarem para o regresso antecipado das aulas. Depois quando começam as aulas já ninguém os atura que querem é férias. Falando por experiência própria passava era o resto da minha vida toda assim, a escrever quando me apatece, sem aulas, sem controlo mental, sem lavagem cerebral, tantas ( quase sempre ) vezes oculta e só á vista dos mais sagazes. Tudo isto é uma grande chatice, preferia levar com um concerto do Roberto Leal do que ter que voltar a 9 meses de puro cansaço, discussões e levar em cima com individuos sem conhecimento da palavra "sociabilidade".

Já acabou? Já acabou a praia? Já acabou o sol até as tantas? Já acabou as corridas pela praia até o sol se por? Já se acabaram as férias? Não, meu caro João não, tudo isso acabou, tudo menos as férias. Se tudo isso já acabou as férias deixaram de ser férias. Caro João, aproveita a semana que te resta e não te queixes! Claro que sim, nada melhor que passar uma semana sem nada do que faz as férias algo especial do resto do ano. Ainda pensei em hibernar e acordei em Junho do próximo ano, mas depois vi quer era chato, se me acordavam com a música da Floribella a meio da hibernação era capaz de haverem graves estragos. Já acabou o texto? Graças a Deus, sim.

Friday, September 08, 2006

Viver para ouvir James numa noite de sexta

"A gloria de um homem deverá ser sempre conhecida pelos meios que foram usados para a conseguir" - Francois de La Rochefoucauld

Porque raio eu entendo tão bem este avec, deverei ser dos raros que olham para os meios antes de olhar para a glória. Lá vamos nós para mais um dia, igual a todos os outros em que nada de especialmente bom irá acontecer, estou a precisar de um daqueles dias. Tardas em chegar...

"The strongest man in the world is the one that stands alone with is ideals even when everithing seems against him". Pura inspiração momentanea, vêmo-nos amanhã espero eu.