Saturday, November 17, 2007

Pensamentos soltos

Finalmente, espero eu, chegou ao fim a demanda das viagens de finalistas. Eu sei, quem está por fora pensa que uma Associação de Estudantes só se preocupa com a viagem de finalistas, mas a verdade é que não é nada fácil organizar o trabalho de bastidores. Hoje passado 15 dias, assinei o belo do contracto, preço, hotel e extras para a malta do 12º ficar toda contente com a viagem de finalistas que lhes vamos dar. Cada agência quer fazer um preço melhor, comem-nos a cabeça com preços irrealistas e muitas vezes temos que aceitar a proposta mais cara, que normalmente também é a mais fiável, porque quando a esmola é muita até o pobre desconfia. Agora talvez possa dormir mais descançado, sem sobressaltos e com a vidinha mais tranquila.
Já não devo dormir umas belas 10 horas há mais de dois meses, fodasse, sinto falta disso, mas não sei se será estupidez ou só palermice, mas quando posso dormir umas valentes 12 horas, teimo em deitar-me por volta das duas da manhã a ver qualquer filme de categoria duvidosa, mas com sono transformamo-nos em criaturas estranhas. Contudo, não me arrependo, é cansativo e tira-nos parte da vida que conheciamos, mas ao mesmo tempo é uma experiência de vida, não das que vão decidir o meu futuro, mas é sempre alguma coisa engraçada para se fazer durante aquela fase da vida em que parece não se passar absolutamente nada. Quantas vezes tinha a sensação de ver a vida a passar por mim e eu sem nada para fazer, é facilmente evitável, basta seguirmos uma certa opção, tudo depende daquilo que queremos fazer na vida.
Gosto de ouvir a música alta, não posso porque há pessoas que querem dormir, é um meio de escape pessoal, nem todas as músicas que ouço são do meu agrado, mas tudo depende do estado de alma. Escuto as mesmas musicas demasiadas vezes, quando me apego a uma música é dificil deixa-la de ouvir até á exaustão.
Ando a ler o sermão do padre Antonio Vieira, não é mau, mas podia ser bem melhor, mas para um texto escrito há quinhentos anos bem se pode dizer que estamos parados no tempo desde é quinhentos anos atrás. Os indios de antigamente somos todos nós, que precisamos de alguém que nos salve das rotinas diárias, secantes e mortais, chupam-nos até ao osso, com o seu método repetitivo de imitação de vida. Não gosto de rotinas, todos os dias são diferentes, mas a maioria deles são muito iguais, nada que se possa fazer.
Estou a perder uma série de bons concertos que estão na praça do Marquês, na cidade não muito invicta do Porto. Sentido repetitivo, repetitivo, repetitivo, repetitivo, repetitivo, vira-se o disco e toca o mesmo, dias repetitivos, dias repetitivos dias repetitivos. Já parece uma música da Adriana Calcanhoto. Dias iguais, contudo diferentes, sendo exacto apenas parecidos. Parecidos e repetitivos, repetitivos, repetitivos, repetitivos, repetitivos...

Saturday, November 10, 2007

Um texto sem educação escolar

( Estou de volta )

Sinceramente existem certos actos que considero serem portadores de uma estupidez exercebada. Eu também tenho os meus actos menos inteligentes ocasionalmente, mas não falo do tipico acto estúpido que vemos todos os dias. Se bem que a barbaridade de um acto varia muito, o que podemos nós considerar um atentado á decencia humana, mais alguém há-de considerar perfeitamente normal. Por exemplo, o facto de os meus textos aqui escritos serem extremamente carentes em acentos e em incoenrência semântica é um verdadeiro atentado á natureza humana para a minha professora de Português. Mas, este facto é fácilmente explicável: simplesmente, não tenho paciência para ter que ir procurar onde andam o raio dos acentos, e diga-se mais acentos, menos acentos vai dar tudo ao mesmo. Isto sim, pode ser considerado estupido para certas pessoas, para mim não o é, porque em primeiro não gosto de acentos e em segundo gosto de usar vírgulas, pontos finais e outros tantos sinais de pontuação como muito bem me apetece e não como alguma pessoa que acaba um curso e só por isso é um verdadeiro dicionário de gramática portuguesa.

Estas aulas de português com a terrivel professora que me enchia as medidas cada vez que abria a enorme bocarra. Quantas horas ao longo do ano a olhar para as gaivotas, que devido a qualquer tempestade escolheram o refúgio de uma cidade bastante desinteressante denominada Ermesinde, aquela janela era a diferença entre a liberdade e a total prisão mental. Horas da minha vida desperdiçadas com falsas retóricas, o Camões isto e aquilo, o Eça isto o Eça não sei quê, não ouvia metade, ria-me das situações que me passavam pela cabeça, ouvia o Zé Tó a levar nas orelhas e ouvia a Maria a receber elogios. Deixei de ter paciência para aquela merda, as páginas do caderno eram riscadas a carvão com dizeres anti-fascistas, propagandas anarquistas, uns quantos fuck you Bush! e outros tantos para o animal que berrava lá na frente. Deus que sempre acreditei que existisse sob a forma de uma broca de perferução, desde o dia, em que interrompeu quase metade da aula com o barulho ensurcedor de estourar cimento, também nunca mais apereceu. Diga-se que é um Deus um pouco aquém das espectativas, para ele foi erguida quase uma duzia de civilizações e ele não faz mais do que partir cimento? Já vi este mesmo senhor de D grande... ( paregem de 5 minutos para ouvir uma musica )

Já não sei o que ia a escrever, continuando de alguma forma: apeticia.me gritar que era uma fascistas disfarçada, aquela professora, com os seus escárnios e retóricas de merda. Adora escritores, detesta ter que admitir que alguém é escritor, só porque ele escreve tão bem como uma criança dentro da placenta da sua mãe. Logo, qualquer aluno é um parvalhão que tem que respeitar as regras todas, acentos e pontos, e se a manda-se á merda? Bem o merecia...

Não se pode fazer isto, cumpre estas regras, olha os estatutos, direitos & deveres, regras e contra-regras, segue as outras ovelhas... ahh, fodasse! Raios partam a escola secundária, que durante três anos nos lava os cerebros, estropiam e atiram-nos dos portões fora a dizer "I love capitalism!!"
É esta merda que me deixa revoltado, todos acham o capitalismo uma merda, mas todos gostam, porque dá-lhes sonhos, que não passam disso mesmo ilusões. Um sistema corrompido de dentro para fora e vice-versa, com uma cambada de parvalhões que gostam de continuar adormecidos com as suas belas Nike e Converse, mais valia nosso senhor os levar. E somos nós dois ou três putos que lemos Bakhunin e Emma Goldman, contudo, o que lemos são contos de florizinhas impossiveis de serem semeadas nas mentes destes idiotas corrumpidos pelas propogandas de vidas felizes: com pedaços de papel assinados por qualquer filho da puta do banco central europeu. Continuem felizes á vossa maneira e eu á minha.

Sunday, November 04, 2007

Coisas de um individuo, mais ou menos parvas

Devar, muito devagarinho vou aperecendo por aqui. Agora não escrevo mais textos, escrevo cartas formais a lojas para nos darem mais uns cobres, para ver se é desta que melhoramos a escola que é de todos, mas ninguém quer saber. Agora já não tenho tempo para me por a pensar qual será o melhor texto, tenho que angariar pessoas para a viagem disto e tenho que me encontrar com aquele para aquilo, o que diga-se de passagem não é tao bom como parece. Passo por aqui ao fim de semana, porque é quando arranjo um bocadinho de tempo na minha vida para escrever sobre a falta de tempo etc etc, que lógicamente não interessa a ninguém.

Não prometo, mas vou ver se começo a actualizar isto mais regularmente. ;)

Saturday, November 03, 2007