Thursday, October 16, 2008

Visão impossivel

Conhecem aqueles dias, os dias que passam e nem damos por eles? Em que acordamos e continuamos a dormir, em que não nos lembramos se fechamos a porta de casa ou se deixamos a torradeira ligada? Tudo parece envolto em névoa, como num sonho que se vive acordado. Vive.se assim, queremos que a cidade nos ame, nos envolva nela até acordarmos nos braços acolhedores de uma manhã de sábado radioso com a energia que só conhecemos do nosso tempo de verão. Nós não falamos muito, observamos e vivemos juntos na clausura da imensidão dos dias, em que o sol parece não se cansar de se esconder atrás das nuvens, porque não ilumina ele as almas de tantos outros, que com certeza precisam mais dele do que eu. Como a noite sabe bem, com o cansaço nos olhos, a luz da lâmpada de 50W, a cabeça a pedir a almofada, a música como fundo. Ahh, a música, como uma droga que nos renasce a alma, que nos faz ter os olhos abertos, que nos faz olhar para o relógio e esquecer por uma vez, esta loucura rigida dos horários, das obrigações e manipulações. Vem comigo, vamos esquecer este irracionalismo em que mergulhas.te, vem comigo até ao infinito onde sonho e realidade é o mesmo. Onde nada é mais do que nada e em tudo se baseia a vida, cabe-te a ti e não a mim saber distinguir se te deixas guiar pelo sonho ou se é a tua vida que caminha através do sonho, e aí jamais o saberás distinguir.

1 comment:

Anonymous said...

Joao, escreves tão bem :'D