Saturday, August 02, 2008

Pensamentos

Não ando definitivamente nos meus dias. Aprendi com uma frase escrita num muro de Paris em 68, "Sê realista, exige o impossivel", e é isso que exigo a mim próprio todos os dias. O impossivel.
Necessito de algum livro que me acalente o espirito, tem sido dificil encontra.lo nestes últimos tempos, a falta de perguntas preocupa-me mais do que a falta evidente de respostas.
As vidas de plástico que vivemos é demasiado visivel, os sorrisos, as casas, os objectos, tudo de plástico, tudo verdadeiro, tudo falso.
Como podemos nós estarmos zangados com a sociedade, se não estivermos zangados connosco, nós somos a sociedade. O mal que existe não é fruto da sociedade, mas sim fruto das nossas consciências apodrecidas.
O ódio é um privilégio. Movidos pelo ódio conseguimos fazer aquilo que nunca pensamos ser capazes de ter coragem de fazer, o ódio não é mau, é um dom. Toda a pessoa priviligiada é corrompida e acaba por se auto-destruir.
A verdadeira felicidade de viver não vem das relações com outras pessoas, vem sim da procura e da descoberta da aventura que a vida é, na qual se englobam essas relações. Seria muito limitativo atribuir toda a felicidade ás relações que temos com outros, seria uma visão deturpada.

3 comments:

Anonymous said...

Este texto está realmente bom. Faz pensar...

Anonymous said...

"Como podemos nós estarmos zangados com a sociedade, se não estivermos zangados connosco, nós somos a sociedade."

somos indivíduos cada um com a sua quota parte de responsabilidade. o industrial que polui o rio é mais censurável que o indivíduo que não tem meios para promover catástrofes de grande escala. a responsabilidade é sempre individual, certo?

Anonymous said...

sobre o que disseste no meu blog estamos de acordo. a história da responsabilidade ser individual e não colectiva parece mesmo evidente mas há muita gente que não pensa assim. olha o caso do racismo, o que um negro ou um cigano faz é usado para responsabilizar todos os negros ou ciganos colectivamente.

a ideia de que a responsabilidade pode ser colectiva fez doutrina

cumps