Sunday, July 29, 2007

Quem são os nazis? - Parte 1

Pequena introdução:

O que pretendo com estes textos que irei publicar é mostrar o lado negro da América que nem sempre é conhecido. Este texto aqui a baixo é de longe o que pretendo como o resultado final. De facto, estou a fazer uma introdução a uma introdução, porque este primeiro texto só tem por objectivo deixar as pessoas mais identificadas com a história dos Estados Unidos do século XX. Porque por muito que possamos saber há sempre algo que nos escapa, e nem toda a gente conhece esta história tão bem como isso. Apercebi-me que seria necessário escrever isto antes de avançar para o principal objectivo, porque primeiro seria normal ter megalomanos em furia a atacarem-me por estar a falar do que não sei e segundo vejo agora que este primeiro capitulo é indispensável para a compreensão do resto dos textos. Quando puder logo irei publicar os próximos capitulos.
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Na manhã de 1929 começava a que seria a maior crise económica da história dos Estados Unidos, a "Sexta-feira Negra" como ficou conhecida. A crise de 1929 do crash da bolsa de Wall Street mergulhou a América na maior depressão de sempre na história deste país, tinham passado 11 anos do final da Primeira Grande Guerra e nunca na América se tinha vivido tão bem, o país lucrava dos juros dos empréstimos requisitados pelos países europeus para a reconstrucção. Durate a década de 20 bateu-se outro record, muito devido á riqueza que transbordava deste país, foi o período em que o consumismo se elevou a um novo nível, qualquer Smith teria que ter no seu lar o maior número de electrodomésticos possivel e não lhe poderia faltar o inevitável Ford T. Nunca se tinha produzido tanto e nunca tanto tinha sido consumido, mas já em 1927 o mercado avisava que estaria a chegar ao seu ponto de saturação, as familias americanas já tinham tudo o que se precisavam, apesar de todos os avisos os produtores ávidos de aumentar as suas fortunas recusaram atender o aviso em que se fazia notar que todo este poderio económico americano estava a terminar. Finalmente o fatídico dia surgiu, em 29 de Outubro de 1929 as acções da bolsa de Wall Street bateram no fundo, a grande depressão tinha chegado e os americanos não estavam prontos. As fábricas que empregavam 2000 trabalhadores passaram a necessitar de cada vez menos, pois as vendas começavam a descer a pique. Milhares de trabalhadores por toda a América encontravam-se desempregados, sem dinheiro para alimentarem as familias, muitos tentavam a todo o custo ganhar dinheiro ao vender os seus bens que tinham, sem grandes resultados. Foi o dia da humanidade em que mais suicidios foram registados, outros milhares que ganhavam a vida a comprar e vender acções estavam enterrados em dívidas, não tinham outra solução. Os produtos em excesso eram despejados em massa por não haver compradores, pela primeira vez na história existia uma crise não por falta, mas por excesso, os consumidores já não conseguiam escoar os produtos que se encontravam nas prateleiras.

Tempos dificeis


Toda a década de 30 foi uma altura de grandes sacrifícios para os americanos, grande parte dos habitantes da costa leste, super-povoada, migravam para o oeste á procura de novas opurtunidades tal como os pioneiros alguns séculos antes. Estalava também nesta altura a lei seca, surgiam enormes problemas com a máfia que dominava as ruas, a policia pouca ou nenhuma autoridade tinha perante os mafiosos, visto que os próprios governos locais eram controlados pela máfia. A grande nação americana vivia agora tempos dificeis como nunca antes tinha vivido, nada semelhante ocorria nas suas ruas desde a infame Guerra Cívil. Era um país que vivia em caos constante, um país onde os corruptos controlavam o governo, em que a mafia enriquecia graças ao contrabando de licores e bebidas alcoólicas. Tudo indicava que estavamos perto da ruptura de uma nação.




Figura 1.- O dia do Crash no Wall Street, milhares de pessoas acorreram ás ruas a confirmar a tragédia



A formação de novos governos comunistas pelo mundo abalava a segurança do estado americano. Ceitas como o Ku-Klux-Klan, já formados nos anos 20 ganhavam agora um poder nunca antes visto. O presidente Franklin Roosevelt estava em maus lençois, governava um país que vivia uma crise impar na sua história. Mas a sorte estava a mudar para os lados da terra do Tio Sam. No último ano da década de 30, O recém-eleito presidente alemão, Adolf Hitler põem em prática o seu plano de controlo da raca ariana sobre todas as outras raças inferiores, a 1 de Setembro de 1939 tem inicio a 2ª Guerra Mundial, as tropas nazis invadem a Polónia, Hitler pretende alargar este território de maneira a aproximar-se dos seus rivais soviéticos que seriam um alvo a abater num futuro próximo. Passado dois dias da invasão nazi, surgem os primeiros aliados que estão dispostos a travar a frente de Adolf. Inglaterra, França, Austrália e Nova Zelândia declaram guerra aberta ao estado alemão. Como resposta a esta aliança, o próximo passo segue para ocidente, Bélgica, Holanda e Luxemburgo são tomadas pelas SS. Este é o ínicio do terror despoletado por Hitler contra todos aqueles que ele considera serem seus inferiores.
Enquanto toda esta guerra explodia na Europa e norte de África, Roosevelt continuava embrenhado na sala oval da Casa Branca á procura de uma maneira para tirar a América da crise económica em que se encontrava alheio ao que se passava no resto do mundo. ( Não vos soa familiar?! )


Em 1943 a pedido de ajuda do seu homologo britânico Winston Churchill, o senado americano vê a opurtunidade perfeita para saír do marasmo económico em que se encontra, ao estilo do que se passou na 1ª Grande Guerra os E.U. apoiam os aliados com empréstimos bancários, que mais tarde dariam juros enormes. Estando nesta altura as tropas de Hitler ás portas de Berlim, é reunido o triângulo da aliança, Estaline, Roosevelt e Churchill reunem-se pedindo que a América ajude incondicionalmente, com homens no terreno, as tropas aliadas. Mas ao mesmo tempo que decorria esta cimeira, também a Alemanha e o Japão tinham conhecimento dos cheques passados por baixo da mesa dos Estados Unidos, os ecos de protesto logo se fizeram sentir e não muito mais tarde em 11 de Dezembro de 1941 a toda-poderosa Alemanha declara guerra aos Estados Unidos.

Daqui até 1945 é bem conhecida a história: foram 4 anos da guerra mais violenta que há, com espionagem de ambos os lados, americanos envolvidos na guerra na Europa mas apenas a meio-gás, isto porquê? Muito simplesmente, porque a América considerava que estava segura ao ser senhora soberana num continente isolado e bastante distânciado da guerra que eclodia na Europa. O primeiro momento em que a América é posta em alerta trata-se, obviamente, do fatídico dia em que os aviões-bombardeiros destruiram toda a frota naval americana estacionada no pacífico. Agora toda a América esta alerta e pronta para a guerra, em 22 de Junho de 1945 os Americanos invadem Okinawa. Neste momento já as tropas nazis estavam derrotadas, de Hitler desconhecia-se o paradeiro e já não restava esperança no povo alemão. Os aliados tinham ganho a guerra mais mortifera que a humanidade conheceu, agora não Roosevelt, que já descançava na sua campa, mas sim Henry S. Truman congratulava-se do sucesso e os Estados Unidos viviam agora de novo como a sociedade mais livre e mais próspera do mundo, retirando os dividendos da guerra travada á distância.





Fig 2 - Hiroshima depois de bombardeada pelo avião da força aérea norte-america "Enola Gay", toda a cidade foi arrasada.

Contudo todo o período prodigioso que poderia ter surgido após a II Guerra Mundial não foi mais que um futuro aparente. Pouco tempo depois do fim da guerra o verniz começava a estalar ao pouco entre soviéticos e americanos. Obviamente que a ajuda de Estaline na II Guerra foi apenas para proveito próprio, o chefe do Kremlin só se envolveu na guerra quando as tropas comandadas de Berlim invadiram os territórios da Ucrânia, toda a URSS ficou álerta, porque se Kiev tinha sido capturada pelos nazis era obvio que Moscovo seria a próxima capital europeia a caír. Como podem ver, Estaline nunca foi mais do que uma raposa astuciosa que apenas serviu os outros países para proveito próprio, porque um facto algo desconhecido é que Estaline aquando o declinio do Império germânico viu a opurtunidade perfeita para se apoderar de grande parte da Europa de Leste. E assim foi, com o final da guerra Estaline recusou a dar a independência aos estados recém re-capturados, grandes partes do território Polaco, a própria Checoslováquia e todos os países dos Carpatos. Obviamente que todo este alienamento de terras provocou a ira dos seus "aliados" Inglaterra e Estados Unidos não reagiram muito bem. Truman exigia que Estaline entrega-se a soberiania a todos estes estados, visto que nenhum país teria o poder de se apoderar de outro, ( hm hm, penso que G. W. Bush se esqueceu deste parâmetro de Truman ). Como tal Estaline deu a soberania a estes estados, mas a verdade é que nem tudo correu como planeado, em todos estes países rapidamente subiram ao poder lideres que partilhavam a mesma ideologia de Estaline e tornaram os seus países não mais que "satélites" a orbitar á volta de Moscovo. Um dos dados mais ou menos omitidos dos livros de história que convém acrescentar é que neste momento grande parte dos países do mundo caíam na mão de ditaduras, quer de comunistas ou de fascistas. Estes países também imperialistas estendiam rápidamente o seu poder através das colónias que possuíam. Os E.U.A. era neste momento um país democrático a lutar contra a emergente força ditatorial que se fazia sentir. - A história da Guerra Fria já aqui foi narrada e como tal deixarei aqui apenas um texto já anteriormente utilizado, até porque relatar o que já é sabido sobre a guerra no Vietnam e todos os pontos de conflito interno e externo que surgiram iria tornar-se obsoleto visto que é do conhecimento geral, espero eu.


Fig 3 - Estaline, Roosevelt e W. Churchill. Os homens mais poderosos do pós 2ª Guerra Mundial.



"A Guerra Fria foi uma disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e URSS após a II Guerra Mundial. É uma intensa guerra económica, diplomática e tecnológica pela conquista de zonas de influência. Ela divide o mundo em dois blocos, com sistemas económicos e políticos opostos: o chamado mundo capitalista, liderado pelos EUA, e o mundo comunista, encabeçado pela URSS. Provoca uma corrida ao armamento que se estende por 40 anos e coloca o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear. Após a II Guerra Mundial, os soviéticos controlam os países do Leste Europeu e os norte-americanos tentam manter o resto da Europa sob sua influência. Apoiado na Doutrina Truman – segundo a qual cabe aos EUA a defesa do mundo capitalista diante do avanço do comunismo –, o governo norte-americano presta ajuda militar e económica aos países que se opõem à expansão comunista e auxilia a instalação de ditaduras militares na América Latina. O Plano Marshall, por exemplo, resulta na injeção de US$ 13 bilhões na Europa. A URSS adota uma política isolacionista, a chamada Cortina de Ferro.Ajudada pelo Exército Vermelho, transforma os governos do Leste Europeu em satélites de Moscovo. Nos anos 50 e 60, a política norte-americana de contenção da expansão comunista leva à participação da nação na Guerra da Coreia e na Guerra do Vietname. A Guerra Fria teve repercussões na própria política interna dos EUA, com o chamado macarthismo (politica seguido pelo presidente Jimmy Carter), que desencadeia no país uma onda de perseguição a supostos simpatizantes comunistas. "

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