Saturday, December 30, 2006

Último do ano

" Se os factos não se encaixam na teoria, muda os factos" - Albert Einstein


Último texto do ano, deve ser o quinquagésimo e muitos deste blog. 5 meses de actividade, meses em que não me cansei de escrever e que pensei sempre qual seria um bom tema para transpor para texto. Os textos aqui públicados são cinquenta e tais, agora aqueles escritos e que foram apagados são centenas, aqueles que escrevi e já perdi paredeiro deles são verdadeiramente incontáveis. Este foi um ano de escrita, escrevi que me fartei, sempre á procura do caminho que me levasse ao próximo degrau da escrita, de modo a ir melhorando. Durante boa parte pensei que estava no meu pico da escrita, pensava que escrevia com uma qualidade do caraças. Ontem li uma data de textos, aqueles presos no caderno de capa preta, - que já aqui falei -, contudo, agora olho para aqueles textos e consigo ver que eram fracos, fluia-me bem e talvez de mais fácil leitura do que agora, mas os textos não tinham grande estrutura. Era na época das férias, dei por mim a ler Lobo Antunes, e penso que todos nós sabemos quando somos influênciados por um génio e nós não o somos. Vai dar a uns textos sem grande sentido, digamos.

Agora estamos a dois dias de um novo ano, ano novo uma treta! Afinal não é apenas o passar de mais um dia? Pois, bem me parecia que sim. Mas, claro que desde que se faça uma festa, seja feriado mundial, por mim tudo bem. Compra-se mais meia dúzia de bolos, os irmãos que estavam na Suíça aproveitam e passam cá mais uns dias e matam saudades da familia. Os foguetes rebetam quando finalmente o contador mostar o número 0 e todos nós fazemos uma grande festa, porque um ano acabou e outr está prestes a começar. Diz-se que é vida nova, tudo porque passou mais um dia, ou melhor, passaram-se 365 dias. Normalmente a vida muda, não porque se passaram tantos dias, mas muda porque nós algo fizemos para ela mudar. É inevitável a vida ter que mudar, se não mudar é porque somos ermitas e vivemos no nosso mundo em que estamos sozinhos e livres de qualquer contacto humano. Como eu parto do principio que qualquer pessoa que leia isto seja despromovida de qualquer atrofio cerebral, exclúo essa possibilidade.

Então torna-se lógico que a vida vai ter que mudar, a cada dia que passa a vida muda. Damos demasiada importância á mudança de ano, á mudança de vida, sempre na procura inglória de um novo ano cheio de surpresas e felicidades, mas óbvio que não pode assim ser. Não faço previsões para o novo ano, não faço planos e também não serei eu a fazer retroespéctivas do ano que agora acaba. Foi o ano de 2006, nunca mais haverá outro igual, parece-me sensato de dizer.

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