Monday, March 19, 2007

O Nome da Rosa: Umberto Eco


Europa, séculos XII e XIII, vive-se o auge das Inquisições no velho continente. Envolto num cenário gelado dos Alpes italianos, desenrola-se uma trama em volta de assassinios, um policial que se passa na época herética e anterior ao Gótico na Europa.


O Nome da Rosa é um romance, que no fundo acaba por não ter nada de romance, é um policial numa época em que ainda não existiam policiais. No fundo, Eco consegue-nos seduzir facilmente com a sua escrita, nada complexa, mas é um escritor que tem que ir até á 2ª Circular para ir ter a Barcelos. Desenvolve grandemente o enredo, de tal forma em que damos por nós a suspirar e a ir contar quantas páginas faltam para o final do capítulo. Um livro que surpreende, ao estilo de "Código DaVinci", Eco tem grandes conhecimentos da época medieval e começamos a perceber em maior profundidade está época, que foi vivida na Europa. Demorei muito tempo a ler o livro, porque em parte é um livro que não prende muito á sua leitura, mas não posso tirar todo o mérito a que este livro está circunscrito, é bom, mesmo muito bom, é preciso é gostar de ler para se conseguir alcançar a longinqua página 482.


O livro está envolvido nos tesouros das bibliotecas das ordens cristãs destes séculos, da forma como certos livros não podiam ser lidos e toda a conspiração de uma personagem. É um policial, mas desenganem-se, porque para se adivinhar quem é o culpado dos assassinios não é tarefa fácil, aqui não é o metodo Brown, onde dois mais dois são sempre quatro.


É um bom livro, aconselho quem pode a ler, mas é penoso e em certa parte somos impelidos para o acabarmos de ler rápidamente, porque já começamos a transpirar a época medieval por todos os nossos poros, uma pergunta que usualmente nos colecamos, é porque Eco não se despacha a contar as coisas? Eco é historiador, e como todos os seus semelhantes em oficio gostar de escrever e de engonhar até o cerébro estar seco, isto é o que ele faz, e de melhor. É para eu aprender, para ver o que os outros são obrigados a ler os meus textos. ;)

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