Saturday, March 17, 2007

Raros momentos

Neste Sábado acordei, abro a persiana e vejo um sol resplandescente, apesar de o sol nunca tocar na parede norte da minha casa. E também mal acordo, sinto que está um forte calor o que me faz ir á cozinha rápidamente para beber um copo de agua, - meu deus, como a água mal acordamos sabe mal -. Não que tivesse muito tempo para escrever, porque dentro de uma hora tinha que saír, mas era o minimo que poderia fazer, visto que voltei á calma rotina do dia, o cansaço já tinha evaporado com as largas horas de sono e naquele momento vendo bem as coisas não tinha muito que me queixar. Mas, o que não deixa de ser engraçado é ainda estarmos no Inverno e se eu tivesse acordado agora de um coma prolongado e não tivesse qualquer relógio, teria apostado que era Verão, e sinceramente se estes dias não são de Verão, então mal posso para esperar como vai ser o Verão. É estranho, no Inverno acordar com uma temperatura ambiente de vinte e muitos graus.

É preocupante, sem dúvida, nos últimos anos a temperatura da superficie terrestre tem vindo a aumentar como se não houvesse um próximo século. No caso pessoal de um português, não me importo muito com este aquecimento, está mais calor, começamos a ir para a praia mais cedo e, os últimos três meses de aulas são passados naquela pasmaceira em que o calor é demasiado para ser suportado. Felizmente, não vivo privado do conhecimento global, o que para nós será bom para os outros será catastrófico. Não vou estar aqui a enumerar as consquências, desde o derretimento das calotes polares, ao super deserto em que África se irá transformar, porque todos nós conhecemos estas consequências. Conhecemos as suas consequências, e em alguns casos somos muito ecológicos, mas é só de letra, porque na prática o comodismo é mais forte e não há grande vontade de mudar os nossos hábitos em proveito do bem estar dos outros. Já é tempo de mudança.

Quando acordei considerei este calor agradável, mas quando a minha caixa craniana despertou do nevoeiro sonolento em que estava envolvida senti uma forte vontade de escrever, e se me fosse permitido estaria aqui a escrever até me as ideias se extiguirem, mas infelizmente não posso. As ideias para outros textos passam a grande velocidade, consigo apanhar algumas ideias e se tiver a sorte necessária talvez possa ter a possibilidade de lhes dar vida. Tal como não posso passar aqui o resto do dia a escrever, por ter outras prioridades, também nos temos que passar a ter prioridades no que toca ao ambiente, e passarem definitivamente para a realidade, porque daqui a uns anos metade do globo terrestre não irá ser tão feliz como nós somos. Primeiro nós, depois os outros, será tão dificil mudar para uma existência colectiva e saudável?

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