Sunday, March 11, 2007

The source is dry

Está um dia de sol, um raro dia de sol a meio de Março, tenho o comando da televisão a chamar por mim, o sinalzinho vermelho da playstation que indica o seu estado off grita insistentemente aos meus ouvidos, a possibilidade de ser de novo campeão europeu no mundo dos videojogos é bastante apelativo, mas contudo tenho que afastar estas ideias e continuar a ser prisioneiro. No meio de tanto tempo ocupado consigo escapar á realidade e vir aqui escrever, talvez ainda tenha meia hora disponível. Está complicado, tenho numa semana três testes, todos eles de disciplinas que tenho que estudar muito se não quero cavar a minha própria cova. É frustrante ter tantos apelativos a clamarem o meu nome e mesmo assim ter que viajar pela europa medieval do século XIII, ou ter que passar pela memória as pressões atmosféricas, matéria adorável diga-se.

Agora pouco tempo tenho para actualizar, pois diga sem mentiras que ao final de um dia de aulas e de estudo poucas são as forças e mesmo as ideias para escrever. Tenho uma infinidade de coisas para fazer, quero acabar de ler um livro, faltam-me menos de uma centena de páginas, mas por obra e graça do sistema de ensino depois de jantar pouca é a vontade de ler, a televisão ou as conversas de treta no Messenger sempre são mais apelativas á mente. Tenho todos os dias ideias para escrever e não consigo escreve-las, porque muito simplesmente não tenho opurtunidade para isso, quando me é possivel sempre escrevo durante as aulas, porque a vontade de escutar durante noventa minutos aquelas gentes não é muita. Esperançosamente, e pensado do modo mais optimista possivel, quinta feira posso voltar a ter uma vida mais sossegada e assim os artigos no blog vão ser mais, e esta monotonia de actualizar a minha vida dentro da blogosfera uma vez por semana terá que ser quebrada.

Quebrada tal como terei que acabar de ler este livro que já me faz doer a alma cada vez que abro as suas páginas, li-o aos soluços, uma ou duas dezenas de páginas por dia, o que faz com que seja extremamente doloroso. Durante dois meses, e á espreita tenho um outro livro que há muito anseio por o ler, a dor ainda mais forte é.

Na secretária, como é usual, encontra-se tudo desorganizado, copos de iogurte, cd´s variados, o livro que me faz doer o espirito, o telemovel que por motivo que nunca percebi é demasiado silencioso, o mp3 que já não muda de colectanea á uma série de meses, - também por falta de tempo, como é obvio -, o horrivel livro de matemática e sobreposto a este uns mapas das previsões metereológicas para um qualquer dia. Não me posso cansar, nem queixar da vida de estudante, mas sem dúvida que por vezes nos cansamos, tal como um pai se cansa de explicar tanta vez a mesma coisa ao filho, também eu me canso de ter que repetir sempre o mesmo mágico ritual de abrir o livro, ler durante umas poucas de horas até ficar com o cérebro feito em papa. Falta pouco, três testes que muito vou ter que marrar para não me afundar da linha de água dos 16, no fundo mais quatro dias até poder ter ideias e estas não serem atropeladas pela voz interna da cabeça que me diz "Estuda, estuda, estuda!", e depois destes quatro dias terem passado é só ter calma e esperar por mais uma semana até acabar o martírio de acordar cedo e cansado e voltar a deitar-me cansado.

A minha meia hora já passou, a minha massa cinzenta ainda não está liquifeita, mas falta pouco, espero que uma breve passagem de olhos pelas ordens eclesiásticas que pregavam a Inquisição tal George W. sejam suficientes para assistir ao meu Gato em sossego.

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