Tuesday, October 31, 2006

A normal anormalidade

Não se torna dificil de recordar acontecimentos ocorridos á um ano atrás, principalmente se a memória for boa, salvo a modéstia. A nivel individual torna-se uma prerrogativa que as pessoas tenham mudado, de melhor para pior ou vice-versa, mas com certeza que mudaram. A nível social é que não me asseguro que tenha sido mudado tantas coisas como isso. Os sinais de crise vão longe, mas bem pelo contrário os riscos de uma guerra nuclear iminente e bem mais próxima de cada um de nós do que possamos imaginar tornaram-se mais real. Não que isso tenha um interesse especial para quem quer que seja, pois nós só damos conta do mal, se dermos, quando este está em cima de nós e pouco ou nada podemos fazer para mudar este mal.

Enquanto cerca de 1200 pessoas morrem todos os dias na Republica Democrática do Congo pode parecer e de facto é verdade que nós ocidentais temos uma vida previligiada comparativamente a estes individuos que vivem, re-escrevo: sobrevivem, em condições claramente sub-humanas. Não que a minha intenção seja alertar para tais problemas internacionais, pois estou certo que tais problemáticas como a guerra travada entre os sudaneses e os guerrilheiros de Darfur são vividas na terceira pessoa, por cada um de nós. Podemos sentirmo-nos previligiados, porque de facto muito egoistas teriamos que ser para não nos vermos numa situação quase paradisiaca comparativamente.

Mas, claro que para além dos problemas globais vividos á distância, - mas mesmo assim bem mais próximos do que imaginamos -, temos os nossos pequenos problemas citadinos. Podemos não estar contentes com o governo se de facto não existem razões para tal, podemos não aceitar certas regras escolares se pelo nosso ponto de vista forem altamente irrisórias para o cidadão comum. O que me preocupa hoje em dia, fora a globalidade crescente de forma assustadora, é a passividade com que se aceitam tantas medidas. Vivemos numa sociedade pouco democrática, pois os deveres que nos são auferidos são muitos e aqueles direitos que nos pertencem por direito são bastante poucos.

A sociedade, pelo menos a ocidental e alguns países orientais sob forte americanização, sofre deste sindrome de que nada se pode fazer para mudar. Não seremos nós apenas uns vegetais que habitam este planeta com o mesmo direito e deveres que uma planta?! De facto poucas diferenças existem, qual o resultado de uma manifestação contra certa medida governamental? Obviamente que será a repressão de forma mais ou menos violenta. A verdade é que este medo imposto pelas sociedades ditas "democráticas", já provem dos anais da oligarquia. No estado ateniense, sendo a primeira democracia conhecida o principal método para combater os opositores da democracia terratenense era o ostracismo. Hoje em dia, novas medidas foram adoptada, mas em muito pouco diferem da origem que se centra no controlo a partir do medo.

Eu pergunto-me porque terá medo o funcionário de se opor ás ideias do patronato? Porque terá receio o aluno que não concorda com medidas impostas dos professores?! - Quanto a estes senhores doutores ainda hei-de escrever um bom texto para re-pensarem todo aquele rei na barriga que ostentam. - Porque será necessário ter medo da vida em sociedade e não nos afirmarmos como cidadãos individuais sem medo?!

1 comment:

C. F. H. said...

Boas!
Bem sobre as manisfestações antigamente 3 eram uma revolução agora uma manisfestação com mil e tal pessoas nem sequer afecta a puta desde governo... E o melhor de tudo é que podemos ser uns miseráveis do caralho em relação aos ricos que, desde que os senhores ministros vivam bem o governo não faz nada... sei que somos previligiados em relação a povos africanos mas nós cada vez mais nos parecemos com a argentina... só falat que daqui a uns tempos, descobrirmos que o nosso governo levou o pais a uma probreza estupida por causa das suas opções estupidas e falta de preocupação com o povo...

Hasta man