Sunday, August 12, 2007

Adeus, adeus planeta terra

O Agosto deixou de ser Agosto, agora já não existem aqueles dias de calor asfixiante. As nuvens que cobrem o céu, fazem-nos lembrar que estamos a entrar no Outono, mas pelo relógio biológico da terra ainda falta mais de um mês. Já não existe Verão e a cantilena das 4 estações que ensinavamos ás futuras gerações agora já parece um pouco descabida, os 21 e 22 dos meses respectivos já não fale a pena serem decorados, a Primevera desapareceu, bem como o Inverno que conheciamos. Já não podemos dizer: "Ahh vês já entramos na Primavera, finalmente vamos arrumar os casacos no armário outra vez.", porque o relógio biológico da terra ficou desregulado de vez e não me parece que haja volta a dar. Agora os casacos servem para todo o ano, bem como as camisolas de manga curta têm que estar a postos seja em que mês for.

Na escola, ainda, me foi ensinado o que são pontos de ruptura na história. Como exemplo foi-me dado a queda do Império Romano, a Revolução Francesa e afins, ainda há não muitos anos passamos por um, que foi o lógico dia 11 de Setembro. Mas tal como a História tem os seus pontos de ruptura também a Ciência os apresenta: a Idade do Gelo, o grande Degelo, etc etc; por muito que possa não parecer nós estamos prestes a entrar numa dessas fases do planeta que ficará marcado para sempre, o modo como vivemos irá ser alterado para sempre e seguramente que as nossas futuras gerações não irão viver da mesma forma que nos habitamos este mundo.
Fizemos um sério golpe na face da Terra, podemos tentar transformar essa ferida numa cicatriz, mas será dificil e não será uma cicatriz bonita decerto.

Pergunto-me se estamos a agir demasiado tarde para salvar o planeta, com um medo aterrador penso que sim, é demasiado tarde para reparar os danos feitos. O que se está a fazer agora deveria de ter sido feito há pelo menos 20 anos, porque agora pouco há a fazer, podemos tentar reparar para que as consequências não sejam tão graves, mas duvido sériamente se conseguiremos até reparar o mal que já foi feito. Não me perguntem qual a minha teoria, não sei, não sei se isto se vai transformar num super-deserto ou se iremos entrar numa nova idade do gelo, o que me parece ridiculo é o tão pouco que fazemos para remediar o que está feito. Todos queremos viver, mas não se faz nada para mudar, todos tememos as possiveis - e quase certas - consquências mas nunca fazemos algo dástrico para mudar.

Temos que mudar, irreparávelmente e sejam as consequências que sejam, mas temos que mudar. Isto deixou de ser uma matéria com caracter da questão "Será que os meus filhos irão saber o que eram pinguins?", agora é uma questão de "Será que irá haver uma geração a seguir á minha, será que somos o último reduto?". Temos que mudar por isto, porque se nada fizermos estamos em muito maus lençois. O mal não vem de agora, começou com a Revolução Industrial do séc. XIX, mas a verdade é que nunca se estragou e se poluíu tanto como agora. Espero que algo seja feito por cada um de nós, espero que os governos do mundo façam alguma coisa quanto a isto, porque pela minha perspectiva parece-me ridiculo discutir-se de quem é o petroleo no Ártico quando o nosso problema é precisamente o oposto.

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