Nacionalismos de treta

Ainda ontem escrevi um email a um conhecido meu na Polónia sobre o ambiente politico em Portugal, segundo ele a ideia que tinha de Portugal era a de um estado com uma ditadura latina. Logo que pude respondi-lhe e dei-lhe a conhecer que Portugal neste momento até um dos países da Europa mais abertos a estrangeiros e um dos menos xénofobos e racistas, - tirando aquela minoria ridicula de mentalidade retrogade. Bem isto é algo que eu tomo como sendo a realidade pois até países como Itália e Espanha apesar da mentalidade não ser muito diferente, ainda têm largos preconceitos racistas. Livramo-nos desse flagelo que é o racismo e muito bem, expliquei-lhe a situação e espero que tenha ficado esclarecido quanto ás vivências portuguesas. Para além do total desconhecimento da parte dele quanto ao país que é Portugal fez-me acreditar que nós portugueses ainda somos dos países com a mentalidade mais aberta no que toca a adoptar outras culturas nas nossas raízes.

Mas tão rápido disse isto como no minuto a seguir me arrependi. Eu não tenho a certeza da maturidade destas pessoas, quer a nível intelectual, quer a nível social, mas a verdade é que basta-nos uma visita pelos principais fóruns de futebol do país onde podemos ler meia dúzia de comentários dignos de qualquer germânico dos anos 40 anti-semita. Parece que ofendem o PNR para umas coisas, mas para vão ao seu encontro noutras, porque frases de "portugal para os portugueses"; "vem agora este macaco brasileiro" não podem ser atribuidas a individuos muitos dignos de si. Mas quer dizer ou aquela merda está carregada de otários com a suástica tatuada no braço ou são simples putos sem noção da realidade.

Isto é tudo muito giro, ninguém é racista mas de um momento para outro cruxificamos o Pepe só por poder representar a selecção, li comentários de individuos que ficaram contentes por o rapaz se ter lesionado e assim não poder jogar contra a Sérvia ou a Polónia. Eu percebo o que esta gente quer dizer, nós portugueses temos uma coisa fantástica, que é nunca gostamos de esmagar os outros países, eles ainda por cima são os porreiraços, então pois, jogamos com a Sérvia um país que exterminou mais de metade da população dos balcãs e como tal nós também damos o ar da nossa graça ao assumirmos uma political altamente nacional. A Polónia, um país que virou para a extrema direita, mais uma vez não nos fazemos rogados: Alto lá!, vocês são extrema direita? mas olhem que nós também somos!!!
Parece ser isto que se passa em Portugal, uma cambada de ignorantes que não suportam tolerar seja o que for.

Bem, eu também não era a favor da chamada do Pepe á selecção, mas não por ele ser brasileiro porque isso a mim pouco me importa. Era contra a sua chamada devido ao facto de Portugal ter defesas centrais que bastem á sua disposição. Não estou a gostar das decisões do Mister Scolari? Não, não estou, acho absolutamente ridiculo ter jogadores de categoria mediana como o Raúl Meireles e o Maniche e nem sequer chamar o Miguel Veloso, que com muitas certezas é dos melhores médios defensivos na Europa. Agora o que me irrita são esses parvalhões que se recusam a ver o Pepe jogar e a cantar "A Portuguesa" porque é brasileiro, para mim como já disse é-me indiferente. Depois vêm com aquela treta de não sentir a camisola, pois como metade dos jogadores que lá estão suam a camisola com orgulho ( só dois nomes: Pauleta e Simão ), este é o caso de dois jogadores que nunca se esforçaram minimamente pela Selecção ao contrário do Deco, sim esse Brasileiro que nem português sabe falar que já muitas vezes nos vez gritar bem alto "GOOOOLO!"

Por isso deixem-se de merdas nacionalistas e ganhem juízo, só por isso apoio a 100% o Pepe na selecção. Mas que é o hino? A bandeira? Nada, são simbolos nacionais que em vez de unirem tendem a dividir povos.
As nações não são mais que espaços limitados por fronteiras burocráticamente impostas que dividem dois povos exactamente iguais, as fronteiras são obsoletas, a diferenciação de povos é ridicula. Estão-se a tornar tão idiotas como os nossos parentes primitivos.

Projectos, ou falta deles

Porque tem havidos tão poucos textos publicados? Porque anda nisto numa éspecie de travessia no deserto? Bem há várias razões, entre as quais a minha imaginação ter tirado férias bem como grande parte do país no mês de Agosto, esperemos bem que volte no inicio do mês de Setembro para começar tudo de novo, uma coisa como costumava fazer. Segundo motivo: o mês de Agosto por si só é um autêntico tédio, para um estudante que nada faz na vida durante estes meses torna-se complicado arrancar algo da sua vida para transpor para o blog, muito dificil mesmo. Terceiro e muito mais importante está em fase de construcção um novo e revolucionário projecto não só na minha vida e será um irmão de outra mãe deste mesmo blog.



Até que tenha assunto....

Ignorância quebra barreiras

Quando se anda a passear pela internet por vezes conseguimos encontrar verdadeiras pérolas. Hoje este hino á estupidez norte-americana foi-me dando de bandeja a implorar para fazer parte deste blog. Aqui está em questão o site das sapatilhas mundialmente famosas "VANS", ok até aqui tudo bem, os rapazes têm boas sapatilhas e segundo um relatório das Nações Unidas não têm putos a serem escravizados em fábricas da Ásia, mas até uma das melhores empresas norte-americanas não escapa á ignorância que pairam sobre aqueles lados.

Se forem ao respectivo site VANS vão poder ver que na canto superior direito aparece algo como "find a dealer", ok queremos saber qual o sitio mais próximo em que podemos comprar uma bela sapatilha, se o vosso caso for Portugal torna-se ridiculamente cómico. Acompanhem de seguida clicam em "encontrar distribuidor no estrangeiro", vao com a setinha até ao respectivo sitio e ai escolhem o vosso país, se o caso for Portugal aparece-vos isto:



E eu a pensar que Portugal era na Ásia, estupidez minha

Nem para titulos surgem ideias

A verdade é que ando sem ideias há algum tempo, não consigo pensar em nada para aqui escrever. A vontade esmoreceu-se nestes últimos tempos, agora que é Agosto e tenho bastante tempo deveria de inundar isto com artigos, mas a verdade é que a vontade é pouca. Vou adiando os artigos, este fica para a semana, depois fica para a outra, a uma série de artigos que queria continuar a escrever ponho em questão a sua veracidade como sendo textos reais. Não se passa nada de relevante, não há nada neste momento que me dê vontade de escrever tirando a análise aos livros que tenho lido e aqui e além aparecem textos sobre futebol. Obviamente que gostava que fosse diferente, mas infelizmente não é, não sei sobre o que escrever, encontro-me num estado mental parado no que toca á escrita.

Brave New World

Sempre gostei mais do título em inglês, em português pode-se ler como "Admiravel Mundo Novo", livro e obra prima de Aldus Huxley. É verdade este é mais um espectacular artigo sobre os livros lidos por mim. Dentro do estilo de livros como "1984" ou "A Utupia" também "Admiravel Mundo Novo" representa uma sociedade futura, com os seus senãos. Esta distupia da realidade é algo admirável, porque foge da habitual sociedade totalitária onde o individuo é constantemente perseguido e escutado pelo estado. Este livro torna-se fascinante por esse mesmo motivo, ao contário da incessante procura pela liberdade individual no mundo dessa distupia criada por Orwell, nesta sociedade de N.F. ( apologia ao calendário de Huxley, significa Nosso Ford ) o individuo como ser individual nem sequer existe, conceitos como liberdade estão longe do seu conhecimento e nem sequer os consegue encarar, visto que os desconhece por completo.



Mas antes de chegar á obra em sim, falemos de Aldous Huxley: professor universitário, descrito pelos alunos como sendo um professor que não conseguia estabelecer a ordem na sala de aula. Durante os anos 40 entram num mundo de drogas psicadélicas que o levaram a escrever "As portas de percepção do céu e do inferno", tem uma longa caminhada pelo caminho das drogas como LSD e afins. Durante esse mesmo periodo entra em vários circulos espirituais, começando a vida para além da morta e a paranormalidade a fascina-lo.
Antes de ter ingressado neste mundo paralelo, era um re-conhecido intelectual tendo escrito vários livros, sendo "Admirável mundo novo" a sua obra prima. Quanto a mim, com todo o mérito do mundo. Huxley acaba por morrer em 1962, muito devido ás drogas alucinogénicas que consumiu por longos periodos de tempo.

Sendo 1984 uma apologia ao estado comunista vivido nessa época pela União Sovietica, agora Huxley faz uma critica á sociedade contemporânea e á sua procura da felicidade, mesmo que implique um grande falta de liberdade. Poderemos dizer que A.H. já em 1932, data de quando o livro foi escrito, apresenta uma visão do mundo absolutamente fantástica. Isto é o que gosto nos livros, apesar de já lá irem mais de 6 décadas desde que o livro foi publicado continua a ser uma critica á sociedade actual. A procura da felicidade, algo que nem sequer sabemos defenir e que mesmo assim procuramos intensamente, quando se procura a felicidade e se fazem sacrificios para a atingir entramos em clara contradição porque a felicadade terá que ser algo presente, não se pode pedir felicidade a longo prazo. A sociedade de Huxley é feliz, todos são felizes tal como Lenina o diz, mas só o são pelo facto de nem sequer conhecerem o que felicidade é, hoje em dia passa-se o mesmo, aqui reside a genialidade de Huxley, apesar de não vivermos em liberdade muitos acreditam que sim, obviamente que são condicionados para acreditarem em tal coisa, o que não é mais que uma farsa. Também 400 anos depois de N.F. as pessoas são condicionadas a serem altamente eficazes e serem felizes desse modo, de acordo com as castas sociais todos são felizes, porque não conhecem mais nenhuma opção, nunca tiveram a porta aberta para poder destruir e corromper o sistema de castas, condicionados desde a nascença, sem familia, sem amor, sem conhecimento, todos estes elementos potencialmente mortiferos para uma sociedade de castas foram exterminados e já não existe o seu conhecimento.



Os padrões são altamente cerrados, mas de uma forma diferente do universo de "1984", enquanto que nessa realidade o governo toma a forma de uma pitão que estrangula e sufoca o ser individual até o levar á suplica, em "Admiravel Mundo Novo" o governo e a sociedade dividida por castas sociais transforma-se numa serpente venenosa, que nos corrompe os tecidos cerebrais até chegar ao ponto de os matar numa questão de segundos. É isso que acontece, desde o condicionamento, até ao estado de felicadade constante, das relações sexuais altamente promiscuas ás doses elevadas de soma ( droga, por outras palavras ). Esta é a sociedade de Nosso Ford.



Huxley com o seu estilo sheaksperiano é brilhante, com uma forma de dirigir a escrita fácil e consisa leva-nos a devorar dezenas de páginas num dia, o que faz com que o livro seja lido em pouco mais de que uma semana. Lido aprofundamente, como o fiz - por alguma razão o li duas vezes -, pode-se distinguir os pontos em que Huxley critica avidamente, com o seu estilo corrosivo, a sociedade torna a leitura e interpretacção deste livro fantástica. A par de 1984 torna-se dos livros que mais prazer me deu em ler e passa directamente para o patamar de um dos meus livros preferidos, aconselho a sua leitura a todos.

Padrão Estético, de novo

Bem esta é provavelmente a série de posts que os leitores do blog mais gostam, eu também gosto, só para desanuviar o ambiente de vez em quando.

E quem já se esqueceu do Euro 2004 e da festa que foi sentida nas bancadas? Eu não, são imagens marcantes.

Sombras

A luz do candeeiro é surpreendentemente fraca, mal ilumina o quarto. Cria sombras onde não costumavam existir, leva o quarto até um ambiente sombrio e que pode tornar-se facilmente afectuoso ao olhar. Pelas cortinas enturpecidas de pó já não entra mais luz, o sol já mudou de posição e agora lá fora a escuridão, negra e silenciosa reina. Quando desligo a lâmpada ainda se consegue ver umas luzinhas cor-de-laranja lá fora, ouve-se o som dos carros a trabalhar e as estrelas no céu já não são as que se poderia desejar para uma noite de Verão. Os ruídos próprios de uma cidade, a mesma que nos sufoca o cérebro, que nos mantêm acordados mas muito pouco vivos. As cidades deixaram de ser povoações em que todos conhecem todos, agora as cidades são inumeros blocos que se sobrepõem um sobre os outros na procura de espaço e nesses blocos que são pouco mais que uma gaiolas, cresce-se, vive-se. Vivemos sufocados uns pelos outros, vivemos a vida dos outros e a nossa muitas das vezes deixa de ter grande significado, alimentamo-nos de coisas pequenas, que vulgarmente não teriam qualquer utilidade, mas consomem-nos aos poucos, alimentam-se dos nossos pensamentos, e para o bem ou para o mal começam a controlar-nos.

Em Portugal as cidades assumiram um padrão global, como não poderia deixar de ser, a costa é sobre-povoada, andamos aqui todos a ver qual consegue consumir maior quantidade de oxigénio, deixamos de ter identidade, somos mais um na multidão, mais uma cabeça que é arrastada pela multidão. O que se tornou a vida nas cidades? Uma futilidade, nascemos e já somos colocados ao lado de duzias de outros pequenos individuos, vivemos dentro de estações em hora de ponta, de filas de automóveis, de momentos solitários complementamente descabidos, porque não há tempo para pensar e logo não podem haver complicações de maior. Fazemos todos o mesmo, ás vezes ao mesmo tempo e da mesma forma, copiamo-nos e parecemo-nos iguais. Temos os mesmos vícios e os mesmos gostos, as mesmas paixões e os mesmos ideais. Penso que quando nascemos e põem os míudos naquelas salas cheia de alcofas sintéticas, alimentadas a ar também sintético somos fotocopiados por outro tipo qualquer.
Por essa mesma razão deixamos de ser pessoas, somos bases de dados, contas, informações com números e letras, o que somos nós sem os cartões, sem os números e sem a identidade que não passa do papel? Somos tudo e não somos nada, aparentemente felizes e todos revoltosos, demasiado cautelosos e bravos em palavras para connosco.

Não somos nada e somos tudo, não passamos de sombras e pó, tal como a sombra se move quando se desloca o candeeiro, também nós nos movemos. Somos pó á espera de sermos sacudidos, somos sombras á espera da mudança, tal como quando tudo se modifica quando apagamos a lâmpada também nós desaparecemos quando o punho autoritário do governo se fecha sobre nós e aí, sem gritarmos, sem protestarmos só somos sombras e pó.

Ideais

"Ideais são factores que erguem civilizaões. Os ideais criam revoluções. Há mais dinamite num ideal revolucionário do que em todas as bombas do mundo"

Bishop Vicent

De vir as lágrimas aos olhos

Esta bem que podia ser uma piada apresentada no Daily Show do Jon Stewart, infelizmente foi algo verídico que se passou em territórios palestinianos. Não, não foi nenhum homem bomba que se explodiu acidentalmente enquanto tomava banho. Verdade seja dita, esta história é do mais profundo que a estupidez humana consegue atingir, apesar de essa não ter limites, - este é um claro exemplo disso mesmo.

Tudo se passou numa alegre manhã de sábado, as manhãs de sabado como todos sabem é o horário mundial para a programação infantil. Desta vez na televisão palestiniana passa um programa sobre a vida selvagem, de modo a ir educando os Mohameds e os Ali-Hassabian´s que a natureza é nossa amiga e para não lhe fazermos mal devemos compreende-la.

Ora, é aqui que a estupidez propriamente dita começa - sim, porque dar nomes como Mohamed e Ali-Hassabian pela minha parte já é estupido o suficiente -. O programa desta semana é sobre as abelhas, é uma animal bonito sem dúvida, amerelo e preto, o polén e o mel, como a rainha não faz a ponta de um corno enquanto os seus amigalhaços andam de flor em flor a recolher o mel. Mas a abelha não é um animal muito bonzinho, pois não? Aqui começa a fantástica cena, um senhor ( não me atrevo a atribuir-lhe um nome ficticio ) veste um fato de abelha absolutamente gigantesco, entra na jaula de leões e de outros animais e com um arpão, supostamente para simular o ferrão, começa a espicaçar os leões e por aí fora.

Sinceramente não consigo encontrar melhor forma de explicar aos petizes como é que as abelhas utilizam o ferrão, uma ideia de génio a da destes senhores. Segundo o tratador dos animais " Eu não tinha conhecimento que ia maltratar os animais, só o vi a entrar com um arpão lá para dentro e presumi que fosse para auto-defesa", claro como que um gajo vestido de poliester e collants já não fosse assustador o suficiente é preciso levar um arpão como defesa. Mas adiante, o mesmo tratador afirma: "Já assisti a crianças a maltratarem os animais, a atirarem pedras e outros objectos, mas isso é fruto da sociedade em que vivemos"

Muito boa desculpa e nunca duvidem dos métodos de ensino da Faixa de Gaza, onde se passou o incidente.

Disturbia

Hoje tive a opurtunidade de voltar a uma das muitas salas de cinema. Fui ver um tal filme chamado "Paranoia", não é que tivesse especialmente interessado em ver este filme, foi mais a questão de não haver mais nenhum para a hora desejada. Ser inspirado em Hitchcock também ajudou na escolha.


Ora, o filme até é bonzinho, mistura aquela comédia teenager com algum thriller lá pelo meio. Acaba por ter um resultado engraçado. Com muitas cenas de suspense, no entanto muito longe de nos querer fazer esconder atrás da cadeira, nem lá perto é capaz de chegar. Um dos factores um pouco mal trabalhados é a previsibilidade em certas situações, os thrillers por norma têm que ser imprevisiveis, o "Paranoia" não é muito, pode-nos surpreender em algumas situações mas não se torna díficil adivinhar o seguimento da história. Para ajudar a melhorar a situação contamos com a participação de Sarah Roemer, não a conhecem? Pois eu também não a conhecia até 5 horas atrás, mas afinal esta deve ter sido a maior supresa que tive do filme de D.J. Carus. Quanto ao actor principal, o tal que também entra nos "Transformers"? Passou-me completamente ao lado.

Comportamento comum

Amanha é feriado porque...

Ainda me pergunto que por alma de quem amanhã é feriado? Será que é por hoje fazer 664 anos da vitória portuguesa em Aljubarrota?, ohh claro que não, estupidez minha isso não é importante?

Adeus, adeus planeta terra

O Agosto deixou de ser Agosto, agora já não existem aqueles dias de calor asfixiante. As nuvens que cobrem o céu, fazem-nos lembrar que estamos a entrar no Outono, mas pelo relógio biológico da terra ainda falta mais de um mês. Já não existe Verão e a cantilena das 4 estações que ensinavamos ás futuras gerações agora já parece um pouco descabida, os 21 e 22 dos meses respectivos já não fale a pena serem decorados, a Primevera desapareceu, bem como o Inverno que conheciamos. Já não podemos dizer: "Ahh vês já entramos na Primavera, finalmente vamos arrumar os casacos no armário outra vez.", porque o relógio biológico da terra ficou desregulado de vez e não me parece que haja volta a dar. Agora os casacos servem para todo o ano, bem como as camisolas de manga curta têm que estar a postos seja em que mês for.

Na escola, ainda, me foi ensinado o que são pontos de ruptura na história. Como exemplo foi-me dado a queda do Império Romano, a Revolução Francesa e afins, ainda há não muitos anos passamos por um, que foi o lógico dia 11 de Setembro. Mas tal como a História tem os seus pontos de ruptura também a Ciência os apresenta: a Idade do Gelo, o grande Degelo, etc etc; por muito que possa não parecer nós estamos prestes a entrar numa dessas fases do planeta que ficará marcado para sempre, o modo como vivemos irá ser alterado para sempre e seguramente que as nossas futuras gerações não irão viver da mesma forma que nos habitamos este mundo.
Fizemos um sério golpe na face da Terra, podemos tentar transformar essa ferida numa cicatriz, mas será dificil e não será uma cicatriz bonita decerto.

Pergunto-me se estamos a agir demasiado tarde para salvar o planeta, com um medo aterrador penso que sim, é demasiado tarde para reparar os danos feitos. O que se está a fazer agora deveria de ter sido feito há pelo menos 20 anos, porque agora pouco há a fazer, podemos tentar reparar para que as consequências não sejam tão graves, mas duvido sériamente se conseguiremos até reparar o mal que já foi feito. Não me perguntem qual a minha teoria, não sei, não sei se isto se vai transformar num super-deserto ou se iremos entrar numa nova idade do gelo, o que me parece ridiculo é o tão pouco que fazemos para remediar o que está feito. Todos queremos viver, mas não se faz nada para mudar, todos tememos as possiveis - e quase certas - consquências mas nunca fazemos algo dástrico para mudar.

Temos que mudar, irreparávelmente e sejam as consequências que sejam, mas temos que mudar. Isto deixou de ser uma matéria com caracter da questão "Será que os meus filhos irão saber o que eram pinguins?", agora é uma questão de "Será que irá haver uma geração a seguir á minha, será que somos o último reduto?". Temos que mudar por isto, porque se nada fizermos estamos em muito maus lençois. O mal não vem de agora, começou com a Revolução Industrial do séc. XIX, mas a verdade é que nunca se estragou e se poluíu tanto como agora. Espero que algo seja feito por cada um de nós, espero que os governos do mundo façam alguma coisa quanto a isto, porque pela minha perspectiva parece-me ridiculo discutir-se de quem é o petroleo no Ártico quando o nosso problema é precisamente o oposto.

Marketing sensacional

Não é para elogiar o meu clube, nem para fazer publicidade á borla. Mas, fosse de que clube fosse ficava aqui registado, porque algumas campanhas de marketing são absolutamente fantásticas, e nesse aspecto o departamento do Sporting tem tido ideias que não lembram ningué, e esta não é excepção, sendo das campanhas de marketing mais bem feitas que eu até agora vi. Visitem esta página e surpreendam-se como fiquei.

E esperem a chamada do miester Paulo Bento.

Afinal sempre é nossa

Bem, lá ganhamos o primeiro caneco desta nova época. Não nos podemos queixar, 1 taça de Portugal e outra Super-taça, não está nada mal não senhor.

-Apesar de Paulo Bento continuar a não saber fazer substituições; Derlei ser o pior jogador á face da terra; o jogo em si ter sido fraco; aquela bola do Kaz á nossa baliza; á insistência de manter Derlei na frente de ataque; de Ronny se ter enganado e verdadeiramente ser avaçando e não defesa esquerdo e das desculpas esfarrapadas de um treinador que para quem nada fez tem um ego e arrogância desmedida - sim, porque ganhar um campeonato com a equipa construída por outro não é assim tão dificil.

- Do incansável Liedson; da excelência de Polga; de Veloso, Romagnoli terem estado 90 minutos apagados; de João Moutinho ter suado mas não ter resolvido nada; dos 7 minutos do Pedro Silva; da clara irritação por não meter Simon Vukcevic a jogar; do cartão amarelo que não foi mostrado a Hélton e de outro não ter sido mostrado a Tonel; do penalty que só o Jesualdo viu para não dar o mérito e os parabéns ao adversário, porque em Portugal isso parece mal. Do golo fenomenal do prodigio russo Marat Izmailov!!

No fim a taça foi nossa :D

Problema resolvido ( de novo )

Tive 3 dias e meio sem internet, os técnicos que vieram cá a casa verificar a fonte do problema também não sabiam o que fazer. Depois de uns poucos de uns telefonemas veio-se a saber que os engenheiros da TvCabo resolveram alterar as frequências todas. Desde já um muito obrigado á glândula de incompetência supra-desenvolvida que esses senhores engenheiros têm, pois graças a eles tive 4 dias sem internet com muita coisa em plano e com nada feito...

O pior serviço á face da terra

Se há algo que me dá formigueiro na sola dos pés são os fulanos que atendem os telefones da TvCabo. O facto de chegarmos a casa á noite e não termos internet já por si é enervante. Fazemos o modos operindi que estas coisas costumam ter, desligar e voltar a ligar o modem da corrente, mas mesmo assim o estupor da luz continua a piscar. Significado, por agora a situação está feia, muito feia. A paciência de um gajo começa a esgotar-se e perguntamo-nos se valerá a pena ligar para aqueles camelos. Normalmente, é o que acontece: perco a paciência de desligar e ligar tantas vezes que me sujeito a gramar com os fulanos.

Para tornar isto do modo mais realista que me é possivel fica aqui uma possivel conversa telefónica com um senhor de atendimento da TvCabo:

" Mal se digitam os números no telefone é irrompida pela nossa cabeça uma bonita melodia de uma voz metalica de senhora:
- Bem vindo ao serviço de apoio ao cliente NetCabo... Para serviços comerciais prima 1!... Para apoio técnico prima 2! ....

Sem pensar muito carrego logo na tecla 2. O que se passa de seguida a isto, é absolutamente maravilhoso!, a senhora afirma que a nossa chamada irá ser atendida BREVEMENTE por um assistente. Seguem-se uns fabulosos 6 minutos!! de música de Vivaldi a ser cuspida pelo auricular fora. O som dos violinos, se querem saber, não ajuda muito uma pessoa a acalmar-se, principalmente quando vê os minutos a passarem e o dinheiro a voar com as notas do músico italiano.

Passados 6 minutos:
- Boa noite o meu nome é fulano de tal, tenho o prazer de estar a falar com?

- Boa noite, João Fernandes.

- Como disse Julio Fernandes?

- Não não, é João.

- Ah, as minhas desculpas Sr. João, entao podia de seguida indicar o seu problema?

( Eu respondo, com todo o meu conhecimento exercebado que tenho sobre material informático) :
- Bem, eu cheguei hoje á noite a casa, ia utilizar o computador e aceder á Internet e a verdade é que a luz do Status está intermitente e portanto não tenho acesso...

- Ok, Sr. João vou-lhe pedir que me indique o registo do seu aparelho e o numero MAC.
( depois de lhe ter dito os números com clara indiferença o senhor portentoso de toda a sua capacidade informática responde ) :
- Pois Sr. João de facto o seu aparelho está com ligeiras quebras

- ( Brilhante dedução )

- ... A verdade é que isto é devido ao seu aparelho não reconhecer o endereço que enviamos e portanto não consegue estabeler contacto. Fazemos assim, vou-lhe pedir que ligue e volte a ligar a corrente e desaperte e volte a apertar o cabo em rosca do modem...

- Ok, ok ( só me calham ursos, ´dasse. Realmente mandou-me fazer uma coisa inédita... )

- Sr. João já conseguio estabelecer ligação permanente?

- Hmmm, não me parece visto que a luz continua a piscar.

- Sr. João vou só averiguar a situação se me é permitido com um assistente técnico, pode aguardar uns momentos?

- Sim, sim... ( vai falar com um assistente técnico? fodasse, então eu estou a falar com quem? com o homem que vai encerar aí o chão á noite é? é pah fodasse, eu juro que reclamo destes gajos, um gajo telefona e leva com um brugesso que me diz para fazer aquilo que já fiz e depois diz isto com voz efemininada " Ah sabe sôr João, acho melhor ir falar com um assistente, porque eu sou só o empregado da limpeza que veio para aqui gozar com a sua cara...

- Sr João está aí?

- Sim sim, ainda estou aqui...

- O seu problema não pode ser resolvido no momento, eu vou enviar os dados para a equipa para lhe tratarem do problema e num espaço de 4 a 12 horas a ligação volta ao normal.

- FODASSE! Ó amigo!, eu chego a casa quero fazer as minhas coisas por aqui e diz que só tenho internet lá para as 4 da manhã? Mas você está a brincar com quem, acha que eu tenho vida para estar até ás 4 da manhã á espera que uns gorilas me resolvam a merda do problema? Sabe que mais? Sabe? Vou rescindir contracto e assinar com os gajos da Clix que parecem ser menos ingnorantes, cum caralho homem. Muito boa noite, ah fodasse andam aqui a brincar com um gajo...

Moral da história: Eu no final da conversa apenas disse: "Ah ok, obrigado... Boa Noite igualmente". Os gajos tratam-nos como atrasados e nós normalmente respondemos como tal.

Hibernação desregulada

Por mais que queira escrever, hoje não consigo sacar uma frase decente ao meu cérebro. Penso que estou a entrar em estado vegetativo. As férias põem-me assim, sou um enorme vegetal deitado, sentedo ou em pé. A preguiça apodera-se do nosso corpo, o cérebro para e começa a destilar devido ás altas temperaturas. É chato, bem sei que sim, mas que posso eu fazer, esta é a minha hibernação, durante umas semanas das férias hiberno e nada faço. As tentativas futeis de escrever algo decente deixam-me frustrado, mas essa frustração desaparece rápidamente, á certos dias que não dá para fazer nada, estes são uns desses dias.

D.A.R.F.U.R.

Passados 4 anos, depois de 400.000 pessoas mortas, de 2.000.000 de deslocados;

Os E.U.A. declaram a situação de Darfur como genocidio, mas nunca fizeram nada;

A ONU ignora durante 3 anos a situação; O governo sudanês apoia as milicias;

Por dia centenas de pessoas são torturadas, obrigadas a deslocarem-se, violadas, assassinadas e o mundo assiste serenamente a tudo isto;

Para encontrar-mos os culpados de tudo isto basta-nos olhar para o espelho, fomos nós que deixamos que tal acontecesse. Desde que não nos afecte tudo bem não é?

Milhões de refugiados; campos de refugiados atacados diariamente pela guerrilha, o governo do Sudão apoia-os, apoia-os, apoia-os!

Darfur não é um questão racial, não é uma questão religiosa, é um genocidio em larga escala e nunca ninguém fez nada. Foram precisos 400.000 mortos e 2 milhões de refugiados para a UNO fazer alguma coisa, deixa-me enojado.