Friday, April 27, 2007
Ryan Adams em final de semana
Wednesday, April 25, 2007
25 de Abril
Tuesday, April 24, 2007
Post Nº. 100#
Sunday, April 22, 2007
Vale pelo que é
"A sala ganhava uma atmosfera pouco acolhedora, intimidava que nem conhece-se os cantos á casa. Não era mais do que a reflexão da casa, também esta gasta pelo tempo, o pequeno jardim estava mal cuidado e não fixava olhares, no meio do jardim surgia um carreiro de cimento, rude e com um mau acabamento, dava para a porta de entrada, mal envernizada, a maçaneta despromovida de todo o acabemento dourado que em tempos teve. Não mais que quatro janelas, três delas plenamente uniforme, só uma, no primeiro andar do lado esquerdo entrava pela parede fora, uma descrepância que dava algum toque de classe, a parede exterior coberta por pequenos rectângulos de azuleijo vermelho, que podia fácilmente ser confundido com áspero tijolo. A casa interiormente parou no tempo em que foi vendida, comprada com os moveis e nada foi mudado, um papel de parede horrendo cobria todas as superficies verticais, pareciam em tempo serem flores, agora eram umas sombras pálidas e sem grande cor, manchas e sujidade cobria aqui e ali o mesmo papel. A cozinha era uma imundice pegada, os pratos desde que comprados com a casa nunca devem de ter sido lavados e como tal amontoavam-se, criavam pilhas de sujidade, no lavatório era frequente encontrarem-se baratas e insectos que tais. A sala também no primeiro andar era constituida por pesados móveis, sofás cobertos por lençois sujos, uma rude mesa de café encontrava-se no centro da sala rodeada pelos tais sofás, com um napron um dia branco, fotografias com retratos de pessoas desconhecidas eram vultos sobre o pano, -estas fotografias constituiam uma parte importante da sala, desde a tal mesa de café, e pela lareira elas lá se encontravam, eram pessoas desconhecidas, talvez os antigos proprietários da casa ou simplesmente pessoas que foram ali parar não sabendo muito bem como, - o televisor já demasiado velho para funcionar na perfeição não transmitia nenhum canal porque não se encontrava ligado a nada que permitisse tal efeito. O chão, de alcatifa, que cobria o rés do chão era absolutamente repugnante, apesar da velhota que lhe vendeu a casa se ter esforçado para tirar a sujidade não conseguio, apenas disfarçou, porque era visivel em alguns lugares pontos da alcatifa as manchas de vomitos e outras manifestações naturais demasiado repugnantes.
O primeiro andar era algo diferente, bastante mais pequeno, apenas com um quarto interior, uma casa de banho que tal como a cozinha era um local pouco desejável de se estar e um pequeno escritório do qual a maior janela fazia parte. Era uma casa feia, em que fora por demasiados anos o local de vida de um casal de idosos, quando ele faleceu a velhota decidiu vender a casa e com as poupanças que conseguiram amealhar ao longo da vida conjunta internou-se num lar da terceira idade. Não tinha esperanças que alguém a compra-se, porque apesar de a ter limpo e tentado dar-lhe um ar mais amigável continuava a ser uma casa estilo vitoriana horrivel. "
Friday, April 20, 2007
The Simpsons, 20 anos...
Já foi há muito tempo, 20 anos, que a série foi criada por Matt Groening, obviamente que as personagens inicialmente eram algo, digamos, estranhas. Mas o tempo faz maravilhas ás pessoas, Homer Simpson com mais 20 anos até tem mais cabelo que inicialmente, a felicidade nos desenhos animados é que estes não evelhecem, Bart terá sempre 9 anos e Marge nunca ficará com o cabelo branco. Porque se também nesse mundo o tempo passa-se teriamos que acrescentar mais 2o anos, ou seja, Homer com 60 anos já estaria na reforma devido a acidentes no trabalho, ( mais concretamente trombose por se ter engasgado com um Donuts ), Marge estaria na meia-idade a fazer o que de melhor faz: limpar e gritar com Homer, Lisa com 27 anos estaria em alguma universidade e continuava sem amigos, Bart provavelmente tinha a sua própria empresa de demolição de edificios, Maggie...que dizer, talvez continua-se com a chupeta na boca. Quando a série foi comprada pela FOX duvido que algum dia Matt, Sam Simon e James Brooks tivessem a ideia de que a série tivesse pela frente 20 anos sem parar, são os Simpsons.
São os melhores desenhos animados de sempre, porque...são os Simpsons!!
Thursday, April 19, 2007
No holds to stop
Local do crime: Virginia
Sunday, April 15, 2007
Felicidade, onde?
Andava entretida a saltar em cima da cama e distribuir quadradinhos de papel branco ao ar.
Eu não pude evitar e comecei a rir-me, ela olhou muito séria para mim e de repente desmanchou-se também a rir.
Passou-lhe o riso, e a mim também, continuou a riscar uma folha em branca e a entregar os quadradinhos, desta vez a mim. Não lhe prestava muita atenção.
Se espera-se o momento não teria valor, mas como continuei na minha labuta electrónica por algo decente, ela surpreendeu-me.
- Sabes uma coisa João, tu és uma pessoa muito feliz. Toma! -, e deu-me um quadradinho de papel branco todo riscado.
Naquele momento não pude evitar de ser feliz...
( Hoje era capaz de passar o resto do dia a escrever estas coisinhas.... )
Contagens em revista
Wednesday, April 11, 2007
Espelhos distorcidos
Metro de Nova York
Estava um dia cinzento, as nuvens pintavam os céus recortados pelos prédios, vive-se na sombra, mas hoje toda a cidade não era mais que uma mancha de sombra gigante. As ruas, como é normal a qualquer hora do dia encontra-se cheia de pessoas de todos os géneros, correctores financeiros, homens de negócio, desde os mais altos cargos em empresas que dominam o mundo até varredores de rua e empregados de café, é assim que os passeios de N.Y. são pintados. No esfalto, a separar os dois passeios, filas intermináveis de carros, táxis e limusines matutinas, apesar de ainda estar a começar o dia, a cidade vibra de frenetismo, todos parecem ter bebido tanto café até não saberem o que pensar, apenas guiados pelos sapatos dirigem-se cada um até ao seu caminho. É assim que Nova York vive, todos os dias, sem excepção, ao contrário da sua irmã mais velha do outro lado do oceano, a pequena cidade de York.
Se algum dia estiver em Nova York não se admire ao pensar, que toda a cidade teve a mesma ideia que você, porque realmente estiveram, uma cidade sobrelotada, em que todos pensam da mesma forma, por exclusão de partes. Quer estejamos á espera dum táxi, ou na estação de metro dezenas de pessoas também lá estão, se temos a ideia de tomar café outras dezenas também o tiveram, e por consequência as filas são inevitáveis. Não vivi muito tempo em Nova York, apenas o suficiente para me aperceber da vida desta cidade, o único momento em estamos sozinho sem ninguém por perto é em casa. Pouco importa se é nas filas, no metro e raras as vezes nos elevadores, em que vamos a respirar o ar de outra pessoa, um sufoco, mas acabamos por nos habituar. No meio de tanto pensamento não pensado, mas puramente impulsionado sucede que não reparamos no que tem verdadeira beleza, porque simplesmente tentamos sobreviver e sermos mais rápidos que os outros.
Num certo dia, sem poder confirmar uma data precisa, fiz uma viagem a Boston. Nesta mesma cidade, as pessoas comportavam-se da mesma forma, ia a caminho do Symphony Hall de Boston para preparar um concerto, e tive uma ideia sem saber de onde tinha aparecido, - uma daquelas ideias que não surgem todos os dias e daí a sua beleza -, podia ver que nenhuma das pessoas no comboio do metro olhava umas para as outras, não olhavam para a cara, não se interessavam pelo ambiente que os rodeava. Decidi nesse momento fazer uma experiência mal chega-se a Nova York de novo.
Quando voltei á "grande maçã" pus o meu plano em prática, as 8:15, plena hora de ponta, em vez de me dirigir para a editora decidi criar um pequeno contra-tempo. Na mesma estação de habitual do meu embarque, encostei-me a uma das paredes, ao fundo das escadas, abri a caixa do violino, retirei-o, deixei a caixa aberta para ver se alguém se oferecia a depositar uma moeda a um pobre violinista sem sucesso, que a sorte lhe ditou as estações de metro. Comecei a tocar, ninguém deu grande atenção, á excepção das crianças, essa foram as únicas, agarravam os casacos dos pais a pedir para ficarem ali a ouvir, mas os pedidos eram redundantes, ninguém lhes concedia aquele desejo. Toquei até meio da manhã, por volta das 10 e pouco. Quando terminei foi impossivel não soltar uma gargalhada de riso, com uma camisa aberta a mostrar a t-shirt branca, um boné na cabeça e calças de ganga e sapatilhas dignas de qualquer adolescente consegui amealhar umas quantas moedas, as suficiêntes para tomar um café, com essa mesma roupa e com um violino não fiz mais que dois dólares. Pouco, demasiado pouco.
Três dias antes no Symphony Hall de Boston, actuei perante 4 mil pessoas, com o mesmo Stradivarius de 1713 - que vale 3,5 milhões de dólares- com que actuei na estação de metro. Toquei as mesmas músicas que tinha tocado em Boston, mas ao contrário ninguém me bateu palmas, nem pagaram por cadeira 250 dólares, porque no fundo era apenas um puto a tocar violino. Três dias separam três das mais belas sinfonias em violino de umas músicas vulgares sem qualquer valor, apenas as mudei de ambiente e só os mais novos as reconheceram. Quantos passaram por ali e a tinham ouvido três dias antes e pensaram: "Magnifico! Eu adoro este violinista", mais tarde nem atenção deram, porque era apenas um puto sem emprego a tentar ganhar dinheiro. Hoje em dia as pessoas só dão valor ao que estiver dentro do meio e ao aspecto, se retirarem um quadro da Mona Lisa do Louvre, e o espetarem numa parede de restaurante, ninguém irá reconhecer, porque é mais uma daquelas imitações mal feitas. As sinfonias que toquei são o mesmo, dentro de uma casa de música são fantásticas, numa estação de metro apenas notas sem conecção.
Meus amigos prestem mais atenção ao vosso ambiente circundante, não se deixem ser induzidos em erros pelo senso comum que todos temos, diante do vosso nariz pode estar algo que sempre pretenderam, mas como não está escrito em letras garrafais ( ou ninguém pede 200 mocas para entrar ) não significa, que não é aquilo de que sempre estiveram á espera. A vida escreve-se direito, mas por linhas tortas, raramente temos aquilo que queremos exactamente desse modo, mas basta estar um pouco mais atento, que está lá"
Este texto é inspirado numa situação semelhante que se sucedeu no metro de Nova York com o violinista Joshua Bell, adaptei-a, claro está e acrescentei alguma magia. A verdadeira história encontra-se aqui.
Monday, April 09, 2007
Friday, April 06, 2007
Pensamentos, não são 17, mas há muito que ler ( ou viver )
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Já aprendi muitos ensinamentos em 17 anos, uns saíram mal entraram, outros hoje ainda lá permanecem. Mas, se existiu algo que aprende-se com a vida, foi a ter gosto por escrever e a sorrir, únicamente a sorrir, seja porque motivo for. Ninguém me ensinou, apenas aprendi, e agora é como uma filosofia de vida, rio nas situações mais desconfortáveis, quando estou pior e quando estou melhor. Rio, porque em 17 anos aprendi que ao contrário das lágrimas o sorriso só nos fortalece. Nestes 17 anos tive um episódio particularmente marcante, ainda há bem pouco tempo, 21 de Novembro, pontapeei os sofás, chorei e continha uma raiva desmedida dentro de mim, estava perante aquilo a que nenhum ser humano tem a capacidade de passar imune, á morte. Contudo, quando o mundo está contra nós, quando a esperança do que mais gostamos desapareceu tive que me rir, um sorriso ou algo com um esboço de tal semelhança que confundi. Agora ao escrever o texto tenho que me rir, para evitar as lágrimas.
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Este ano foi diferente, não disse a ninguém que fazia anos, porque seriamente que felicidade posso ter em receber um "Olá, Parabéns!" forçado e arrancado a arames? Nenhum, não digo que só aqueles que se lembram desta data é que eu significo algo para elas, logicamente há excepções, mas na maioria dos casos é verdade. Recebi umas quatro ou cinco felicitações, de quem queria e esperava receber já estão entregues. Em 17 anos não sou pessoa de grandes amigos, tenho poucos e nem todos se podem considerar tal, apenas uns dois ou três.
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Dedico-me hoje, mais do que em qualquer outra época da minha vida, a escrever e a ler, só eu e a minha turma sabemos os sacrilégios que proferi contra a professora de Português por esta me cortar palavras ás frases, "Quem sabe o que a frase quer dizer sou eu, não tem qualquer direito em modificar aquilo que escrevi". Foi isto que disse de Setembro para cá. Afasto-me das tendências, tentei arcar com o que é a sub-cultura do saber. Gosto de fazer as minhas merdices, já se sabe, mas poucas coisas neste mundo me dão mais prazer do que chegar ás últimas páginas de um livro. Ultimamente deu-me para escrever sobre politica, enfim, pouco ou nada sei deste assunto mas gosto de mandar a minha opinião. No fundo eu tenho opinião sobre tudo, se não tenho invento, fui obrigado, quantas e quantas vezes nas aulas de Filosofia eu falava com a minha colega de mesa, bem simpática diga-se, e a prof. gostava de surpreender o melhor aluno da disciplina e espetar-lhe alí um sermão de quais as atitudes a ter e a não ter na vida fora do senso comum. Eu muito estupidamente, desenrascava-me, inventava citações de filósofos, destorcia a realidade a meu próprio prazer e dava voltas e voltas até já estar com a língua seca de tanto falar, ( poucas não eram as vezes que me encontrava em contradição, mas como ninguém notava também não dizia nada ). Ainda hoje o faço, perguntem-me qual a minha opinião sobre a Teoria Metafisica de Kafka que espera-vos umas quantas páginas de um universo criado por mim. Se tenho talento para alguma coisa, é mesmo para isto.
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Tento não me lembrar do que pensava e do que fiz de errado quando fui mais novo, se há lição a tirar da vida é a não repetir os erros do passado, mas também não é menos verdade se disser que se tivesse opurtunidade de mudar os meus erros não o faria, só dessa forma no futuro os evitarei, com os erros ganha-se a mais importante lição da vida.
Agora não peço muito mais, apenas o que peço desde sempre, aquilo que peço de mim para mim, porque se há algo que tenho mais orgulho na minha existência é a minha atitude para com os outros e para com a vida, não é perfeita mas é única, algo em falta no mundo de hoje.
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Isto não são mais que pensamentos, sem sentido de conecção, tão desordenados como eu levo a vida, com os mesmos erros ortográficos como aqueles que preenchem a minha vida, por isso não se admirem de verem algo deslocado do lugar. Desordenamente e ao sabor de marés e ritmos é a minha vida.
Um abraço a todos
Tuesday, April 03, 2007
Realidades....
Jean-Pierre Bemba é para a grande maioria um nome que não significa absolutamente nada, é um caso algo diferente de Idi Amin, um esteve no poder, o outro não teve hipótese de chegar ao trono. O grande problema destas ditaduras africanas é que a finalidade é só e apenas uma: ver os números da conta privada crescerem. África, terra de recursos inesgotáveis, onde tanto se pode ter tudo, como se pode não ter nada, desde palácios com torneiras em ouro até morrer á fome. Hoje as realidades vividas nos dois países são diferentes, ambos vêm de um passado governado por ditadores, Amin para o caso do Uganda e Mobuto para o Zaire ( ou Républica Democrática do Congo ). As guerras cívis são inevitáveis e certos países não conhecem á paz desde há muito tempo, este é o caso do Congo, Bemba resolve criar as suas milícias para ir melhor protegido para as Presidênciais, perde e não se contenta, fomenta o ódio, a aniquilação dos opositores.
O caso do Congo resolve-se agora por traços finos e díficeis de sustentar, Bemba está neutralizado e prepara-se para ser exportado para Portugal, irá viver na sua residência na Quinta do Lago, no Algarve. Não me compete a mim afirmar seja o que for, quer vir para cá as portas estão abertas, só tenho pena do facto que irá ter uma boa vida, ao contrário dos congolenses sem hipótese de saírem do país. Africa é um país demasiado rico, os países são demasiado grandes para serem dominados por um só homem e o sistema tribal ainda é usado. Demasiado sofrimento para um só continente, ficaram com a sina traçada a partir do momento em que dobramos o Cabo Bojador. Proclamam a vitória de um país, mas verdadeiramente o único vencedor de todas as tramas é quem está lá em cima, quem é imune e que nunca será alcançado pelo inimigo. Mobuto, Mugabe, José Eduardo dos Santos, Idi Amin,.... e a lista continua, será que algum dia terá fim? Porque com estes nomes está relacionado tudo de errado que existe numa sociedade, numa humanidade, onde alguns podem viver tão bem e outros no limiar da sobrevivência.