Sunday, April 22, 2007

Vale pelo que é

Um texto sem nada em concreto, mas faz parte de uma ideia mais que concreta e espero que seja o principio. Não esperem um texto de principio e fim, porque este é apenas o inicio.

"A sala ganhava uma atmosfera pouco acolhedora, intimidava que nem conhece-se os cantos á casa. Não era mais do que a reflexão da casa, também esta gasta pelo tempo, o pequeno jardim estava mal cuidado e não fixava olhares, no meio do jardim surgia um carreiro de cimento, rude e com um mau acabamento, dava para a porta de entrada, mal envernizada, a maçaneta despromovida de todo o acabemento dourado que em tempos teve. Não mais que quatro janelas, três delas plenamente uniforme, só uma, no primeiro andar do lado esquerdo entrava pela parede fora, uma descrepância que dava algum toque de classe, a parede exterior coberta por pequenos rectângulos de azuleijo vermelho, que podia fácilmente ser confundido com áspero tijolo. A casa interiormente parou no tempo em que foi vendida, comprada com os moveis e nada foi mudado, um papel de parede horrendo cobria todas as superficies verticais, pareciam em tempo serem flores, agora eram umas sombras pálidas e sem grande cor, manchas e sujidade cobria aqui e ali o mesmo papel. A cozinha era uma imundice pegada, os pratos desde que comprados com a casa nunca devem de ter sido lavados e como tal amontoavam-se, criavam pilhas de sujidade, no lavatório era frequente encontrarem-se baratas e insectos que tais. A sala também no primeiro andar era constituida por pesados móveis, sofás cobertos por lençois sujos, uma rude mesa de café encontrava-se no centro da sala rodeada pelos tais sofás, com um napron um dia branco, fotografias com retratos de pessoas desconhecidas eram vultos sobre o pano, -estas fotografias constituiam uma parte importante da sala, desde a tal mesa de café, e pela lareira elas lá se encontravam, eram pessoas desconhecidas, talvez os antigos proprietários da casa ou simplesmente pessoas que foram ali parar não sabendo muito bem como, - o televisor já demasiado velho para funcionar na perfeição não transmitia nenhum canal porque não se encontrava ligado a nada que permitisse tal efeito. O chão, de alcatifa, que cobria o rés do chão era absolutamente repugnante, apesar da velhota que lhe vendeu a casa se ter esforçado para tirar a sujidade não conseguio, apenas disfarçou, porque era visivel em alguns lugares pontos da alcatifa as manchas de vomitos e outras manifestações naturais demasiado repugnantes.

O primeiro andar era algo diferente, bastante mais pequeno, apenas com um quarto interior, uma casa de banho que tal como a cozinha era um local pouco desejável de se estar e um pequeno escritório do qual a maior janela fazia parte. Era uma casa feia, em que fora por demasiados anos o local de vida de um casal de idosos, quando ele faleceu a velhota decidiu vender a casa e com as poupanças que conseguiram amealhar ao longo da vida conjunta internou-se num lar da terceira idade. Não tinha esperanças que alguém a compra-se, porque apesar de a ter limpo e tentado dar-lhe um ar mais amigável continuava a ser uma casa estilo vitoriana horrivel. "

1 comment:

Anonymous said...

Espero que seja realmente o início de algo "grande"... Coragem!!!

Abraços

José Luís Pereira